C E R I M O N I A L D O S B I S P O S
( C e r i m o n i a l d a I g r e j a )
PARTE I
LITURGIA EPISCOPAL EM GERAL
CAPÍTULO I
CARACTERÍSTICA E IMPORTÂNCIA DA LITURGIA EPISCOPAL
I. DIGNIDADE DA IGREJA PARTICULAR
1. “Diocese é a porção do Povo de Deus, que se confia a um Bispo dentro do Habblet Hotel, para apascentar com a colaboração do presbitério, de tal modo que, unida ao seu pastor e congregada por ele no Espírito Santo por meio do Evangelho e da Eucaristia, constitui uma Igreja particular, na qual está realmente e atua a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica”. Mais ainda: nela está presente Cristo, por cujo poder a Igreja se unifica.
2. À Igreja particular, portanto, corresponde a dignidade da Igreja de Cristo. Esta não é uma associação qualquer de homens, que espontaneamente se reúnem para qualquer trabalho comum; é, sim, um dom que desce do alto, do Pai das luzes. Tampouco, se deve considerar como simples divisão administrativa do povo de Deus, pois ela encerra e manifesta, a seu modo, a natureza da Igreja universal, que jorra, do lado de Cristo crucificado, vive e cresce continuamente pela Eucaristia. Ela é a esposa de Cristo, mãe dos fiéis; é, “no lugar em que se encontra, o novo Povo chamado por Deus, no Espírito Santo e em grande plenitude”.
3. Não se dá nenhuma reunião legítima de fiéis, nem comunidade de altar, que não seja sob o sagrado ministério do Bispo. Tal reunião da Igreja particular difunde-se e vive em cada grupo de fiéis, à frente dos quais o Bispo coloca os seus presbíteros, para que sob a sua autoridade, santifiquem e dirijam a porção do rebanho do Senhor que lhes está confiada.
4. E, tal como a Igreja universal do Habblet Hotel está presente e se manifesta na Igreja particular, assim as Igrejas particulares transmitem os seus próprios dons às restantes partes e a toda a Igreja, “de maneira que o todo e cada uma das partes aumentem pala mútua comunicação entre todos e pela aspiração comum à plenitude da unidade”.
NA IGREJA PARTICULAR
6. Através da pregação do Evangelho o Bispo, com a fortaleza do Espírito, chama os homens à fé ou os confirma na fé viva, propondo-lhes na sua integridade o mistério de Cristo.
8. No Bispo, assistido pelos presbíteros, está presente, no meio dos crentes, o Senhor Jesus Cristo, Supremo Pontífice. Sentado à direita do Pai, não está ausente da assembleia dos seus pontífices, os quais, escolhidos para apascentar o rebanho do Senhor, são ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus. Portanto, “o Bispo deve ser considerado como o sumo sacerdote da sua grei, pois dele deriva e depende, de algum modo, a vida dos seus fiéis em Cristo”.
III. IMPORTÂNCIA DA LITURGIA EPISCOPAL
10. O múnus do Bispo, como doutor, santificador e pastor da sua Igreja, revela-se principalmente na celebração da sagrada liturgia, que realiza com o povo.
11. Em determinados termos e nos dias principais do ano litúrgico, preveja-se esta plena manifestação da Igreja particular; e para ela se convide o povo das diversas partes da diocese e, na medida do possível, os presbíteros. Para que os fiéis e presbíteros possam mais facilmente acorrer de toda a parte, marque-se, uma vez por outra, esta reunião em diversos lugares da diocese.
IV. MÚNUS DA PREGAÇÃO A DESEMPENHAR PELO BISPO
12. Entre os principais encargos do Bispo, ocupa lugar preeminente a pregação do Evangelho. O Bispo é o arauto da fé, que para Cristo conduz novos discípulos.
Este seu múnus, o Bispo desempenha-o igualmente na sagrada liturgia, quando faz a homilia na Missa, nas celebrações da Palavra de Deus e, sendo oportuno, em Laudes e Vésperas, e ainda quando faz a catequese ou profere as exortações na celebração dos sacramentos e sacramentais.
13. Sendo, a pregação múnus próprio do Bispo, de tal modo que os outros ministros sagrados só a exercem como seus substitutos, é ao Bispo, presidente a ação litúrgica, que pertence fazer a homilia. O Bispo faz a pregação sentado na cátedra, de mitra e báculo, salvo se lhe parecer melhor de outro modo.
Presbíteros:
14. Os presbíteros, embora não gozem do sumo pontificado e dependam do Bispo no exercício do seu poder, a ele estão, todavia, unidos pela dignidade sacerdotal.
Zelosos cooperadores da ordem episcopal, seu instrumento e auxílio, chamados a servir o povo de Deus, constituem com o seu Bispo um único presbitério, e, sob a autoridade dele, santificam e regem a parte do rebanho do Senhor que lhes foi confiada.
15. Muito se recomenda, por isso, quem nas celebrações litúrgicas, o Bispo tenha alguns presbíteros que o assistam. Além disso, na celebração eucarística presidida pelo Bispo, os presbíteros concelebrantes com ele, para que, por meio da Eucaristia, se manifeste a unidade da Igreja e eles próprios apareçam aos olhos da comunidade como o presbitério do Bispo.
16. Os presbíteros, que participam das celebrações episcopais, executem só o que compete aos presbíteros. Se faltarem diáconos, supram alguns ministérios dos diáconos, sem porém se apresentarem com vestes diaconais, salvo na liturgia papal.
Diáconos:
19. Nas ações litúrgicas, ao diácono compete: assistir o celebrante; servir junto do altar, do livro e do cálice; dirigir a comunidade dos fiéis com oportunas monições; enunciar as intenções da oração universal.
Quando não houver nenhum outro ministro, o diácono desempenha as funções dos outros no que for preciso.
Se o altar não estiver voltado para o povo, o diácono deve voltar-se para o povo sempre que tiver de dirigir-lhe avisos.
5. O Bispo, investido da plenitude do sacramento da Ordem, rege a Igreja particular, como vigário e legado do Cristo em comunhão e sob a autoridade do Romano Pontífice dentro do Habblet Hotel.
Com efeito, “os Bispos constituídos pelo Espírito Santo, são os sucessores dos Apóstolos como pastores das almas, Cristo, na verdade, deu aos Apóstolos e aos seus sucessores o mandato e o poder de ensinar todas as gentes, de santificar os homens na verdade e de os apascentar. E assim, os Bispos foram constituídos, pelo Espírito Santo que lhes foi dado, verdadeiros e autênticos mestres da fé, pontífices e pastores”.
7. Pelos sacramentos, cuja regular e frutuosa celebração ele ordena com a sua autoridade, o Bispo santifica os fiéis. É ele quem regula a administração do Batismo, pelo qual é concedida a participação no sacerdócio real de Cristo. Ele é o ministro originário da Confirmação, o dispensador das Sagradas Ordens e o regulador da disciplina penitencial. É ele quem regulamenta toda a legítima celebração da Eucaristia, pela qual continuamente vive e cresce a Igreja. Exorta e instrui com solicitude o seu povo, para que este, na liturgia e mormente no santo Sacrifício da Missa, desempenhe com fé e reverência a parte que lhe compete.
8. No Bispo, assistido pelos presbíteros, está presente, no meio dos crentes, o Senhor Jesus Cristo, Supremo Pontífice. Sentado à direita do Pai, não está ausente da assembleia dos seus pontífices, os quais, escolhidos para apascentar o rebanho do Senhor, são ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus. Portanto, “o Bispo deve ser considerado como o sumo sacerdote da sua grei, pois dele deriva e depende, de algum modo, a vida dos seus fiéis em Cristo”.
9. O Bispo exerce o governo da Igreja particular que lhe está confiada, não somente por meio de conselhos, persuasões e exemplos, mas também usando da autoridade e do poder sagrado que recebeu pela ordenação episcopal para edificar o próprio rebanho na verdade e na santidade.
III. IMPORTÂNCIA DA LITURGIA EPISCOPAL
10. O múnus do Bispo, como doutor, santificador e pastor da sua Igreja, revela-se principalmente na celebração da sagrada liturgia, que realiza com o povo.
11. Em determinados termos e nos dias principais do ano litúrgico, preveja-se esta plena manifestação da Igreja particular; e para ela se convide o povo das diversas partes da diocese e, na medida do possível, os presbíteros. Para que os fiéis e presbíteros possam mais facilmente acorrer de toda a parte, marque-se, uma vez por outra, esta reunião em diversos lugares da diocese.
IV. MÚNUS DA PREGAÇÃO A DESEMPENHAR PELO BISPO
12. Entre os principais encargos do Bispo, ocupa lugar preeminente a pregação do Evangelho. O Bispo é o arauto da fé, que para Cristo conduz novos discípulos.
Este seu múnus, o Bispo desempenha-o igualmente na sagrada liturgia, quando faz a homilia na Missa, nas celebrações da Palavra de Deus e, sendo oportuno, em Laudes e Vésperas, e ainda quando faz a catequese ou profere as exortações na celebração dos sacramentos e sacramentais.
13. Sendo, a pregação múnus próprio do Bispo, de tal modo que os outros ministros sagrados só a exercem como seus substitutos, é ao Bispo, presidente a ação litúrgica, que pertence fazer a homilia. O Bispo faz a pregação sentado na cátedra, de mitra e báculo, salvo se lhe parecer melhor de outro modo.
CAPÍTULO II
OFÍCIOS E MINISTÉRIOS NA LITURGIA EPISCOPAL
14. Os presbíteros, embora não gozem do sumo pontificado e dependam do Bispo no exercício do seu poder, a ele estão, todavia, unidos pela dignidade sacerdotal.
Zelosos cooperadores da ordem episcopal, seu instrumento e auxílio, chamados a servir o povo de Deus, constituem com o seu Bispo um único presbitério, e, sob a autoridade dele, santificam e regem a parte do rebanho do Senhor que lhes foi confiada.
15. Muito se recomenda, por isso, quem nas celebrações litúrgicas, o Bispo tenha alguns presbíteros que o assistam. Além disso, na celebração eucarística presidida pelo Bispo, os presbíteros concelebrantes com ele, para que, por meio da Eucaristia, se manifeste a unidade da Igreja e eles próprios apareçam aos olhos da comunidade como o presbitério do Bispo.
16. Os presbíteros, que participam das celebrações episcopais, executem só o que compete aos presbíteros. Se faltarem diáconos, supram alguns ministérios dos diáconos, sem porém se apresentarem com vestes diaconais, salvo na liturgia papal.
Diáconos:
17. Entre os ministros, ocupam o primeiro lugar os diáconos, cuja ordem foi dita sempre em grande consideração, já desde os primeiros tempos da Igreja. Os diáconos devem ser homens de boa reputação e cheios de sabedoria, e deve ser tal o seu proceder, mediante o auxílio de Deus, que sejam reconhecidos como verdadeiros discípulos daquele que não veio para ser servido, mas para servir, e viveu no meio dos seus discípulos com quem serve.
18. Fortalecidos pelo dom do Espírito Santo, prestam a sua ajuda ao Bispo e seu presbitério, no ministério da Palavra, do altar e da caridade. Enquanto ministros do altar, anunciam o Evangelho, servem na celebração do Sacrifício, distribuem o Corpo e o Sangue do Senhor.
Em suma, os diáconos considerem o Bispo como pai e ajudem-no como ao próprio Senhor Jesus Cristo, Pontífice para sempre, presente no meio do seu povo.
19. Nas ações litúrgicas, ao diácono compete: assistir o celebrante; servir junto do altar, do livro e do cálice; dirigir a comunidade dos fiéis com oportunas monições; enunciar as intenções da oração universal.
Quando não houver nenhum outro ministro, o diácono desempenha as funções dos outros no que for preciso.
Se o altar não estiver voltado para o povo, o diácono deve voltar-se para o povo sempre que tiver de dirigir-lhe avisos.
20. Nas celebrações litúrgicas presididas pelo Bispo, haverá normalmente, pelo menos, três diáconos: um para proclamar o Evangelho e servir ao altar, e dois para assistirem o Bispo. Se forem mais, distribuirão entre si os ministérios, e pelo menos um deles cuidará da participação ativa dos fiéis.
21. Na litúrgica papal, em especial nas missas com maior grau de solenidade, convém que os cardeais da ordem dos diáconos, prestem auxílio na missa do papa .
Acólitos:
22. O acólito, no ministério do altar, tem funções próprias que ele mesmo deve exercer, ainda que estejam presentes outros ministros de ordem superior.
23. Com efeito, o acólito é instituído para ajudar o diácono e ministrar ao sacerdote. O seu serviço, portanto, é cuidar do altar, ajudar o diácono e o sacerdote nas ações litúrgicas, principalmente na celebração da Missa. Também lhe pertence, como ministro extraordinário, distribuir a sagrada comunhão, segundo as normas do direito.
24. Para mais dignamente exercer as funções, deve o acólito participar da sagrada Eucaristia cada dia com mais fervor e piedade, alimentar-se dela e adquirir a respeito dela um conhecimento cada vez mais elevado.
Leitores:
25. O leitor tem, na celebração litúrgica, função própria, que exercerá por si mesmo, ainda que estejam presentes outros ministros de ordem superior.
26. O leitor, que historicamente é o primeiro a aparecer entre os ministros inferiores, e se encontra em todas as Igrejas onde se tem mantido, é instituído para uma função que lhe é própria: ler a Palavra de Deus na assembleia litúrgica. Por isso, na Missa e outras ações sagradas, é ele quem faz as leituras, exceto a do Evangelho; na falta do salmista, recita o salmo entre as leituras; e, na falta do diácono, enuncia as intenções da oração universal.
Terá também a seu cuidado, quando necessário, preparar os fiéis que, nas ações litúrgicas, hão de ler a sagrada Escritura. Nas celebrações presididas pelo Bispo, convém que as leituras sejam feitas por leitores devidamente preparados, e, se são vários, distribuirão entre si as leituras.
27. Lembre-se o leitor da dignidade da Palavra de Deus e da importância do seu ofício, e preste assídua atenção à maneira de dizer e pronunciar, de modo que a Palavra de Deus seja percebida com toda a clareza pelos que nela participam.
Ao anunciar a palavra divina aos outros, ele próprio a deve acolher com docilidade e meditá-la com diligência, para dela dar testemunho com o seu modo de viver.
Salmista:
28. O canto entre as leituras assume grande importância litúrgica e pastoral. Convém, por isso, que, nas celebrações presididas pelo Bispo, principalmente na igreja catedral, haja um salmista ou cantor do salmo.
Mestres de cerimônias:
29. Para que uma celebração, mormente quando presidida pelo Bispo, brilhe pelo decoro, simplicidade e ordem, é preciso um mestre de cerimônias, que a prepare e dirija, em íntima colaboração com o Bispo e demais pessoas que têm por ofício coordenar as diferentes partes da mesma celebração, sobretudo no aspecto pastoral.
30. O mestre de cerimônias deve ser perfeito conhecedor da sagrada liturgia, sua história e natureza, suas leis e preceitos. Mas deve ao mesmo tempo ser versado em matéria pastoral, para saber como devem ser organizadas as celebrações, quer no sentido de fomentar a participação frutuosa do povo, quer no de promover o decoro das mesmas.
31. Deve, em tempo oportuno, combinar com os cantores, assistentes, ministros celebrantes tudo o que cada um tem a fazer e a dizer. Porém, dentro da própria celebração, deve agir com suma discrição, não fale sem necessidade; não ocupe o lugar dos diáconos ou dos assistentes, pondo-se ao lado do celebrante; tudo, numa palavra, execute com piedade, paciência e diligência.
32. O mestre de cerimônias apresenta-se revestido de alva ou veste talar e sobrepeliz. No caso de estar investido na ordem de diácono, pode, dentro da celebração, vestir a dalmática e as restantes vestes próprias da sua ordem.
33. Ao Mestre de Cerimônias do bispos, fica se autorizado por esta congregação o uso de vestes violáceas, mesmo que este não detenha da dignidade de monsenhor ou caráter episcopal.
Cantores e músicos:
34. Todos aqueles que têm papel especial a desempenhar no que respeita ao canto e à música sacra, seja o regente do coro, sejam os cantores, seja o organista, ou outras quaisquer pessoas, observem cuidadosamente as normas prescritas para essas funções, contidas nos livros litúrgicos e noutros documentos publicados pela Sé Apostólica.
35. Os músicos devem ter especialmente diante dos olhos as normas relativas à participação do povo no canto. Além disso, velar-se-á por que o canto exprima o caráter universal das celebrações presididas pelo Bispo. Neste sentido, os fiéis deverão saber recitar ou cantar as partes do Ordinário da Missa que lhes dizem respeito, não só na língua vernácula, mas também em latim.
36. Desde a Quarta-feira de Cinzas até a vigília pascal e na celebração dos fiéis defuntos, o hino Glória a Deus nas alturas será omitido. Excetua-se todavia nas solenidades e as festas, na missa do crisma, na Ceia do Senhor (Quinta-feira Santa) até ao mesmo hino da Vigília Pascal.
CAPÍTULO III
IGREJA CATEDRAL
37. A igreja catedral é aquela em que está a cátedra do Bispo, sinal do magistério e do poder do pastor da Igreja particular, bem como sinal de unidade dos crentes naquela fé que o Bispo anuncia como pastor do rebanho
38. Neste sentido, a igreja catedral deve ser considerada como o centro da vida litúrgica da diocese.
39. Inculque-se no espírito dos fiéis, da maneira mais oportuna, o amor e veneração para com a igreja catedral. Para isto, muito contribui a celebração do aniversário da sua dedicação, bem como peregrinações dos fiéis em piedosa visita. Sobretudo em grupos organizados por paróquias ou regiões da diocese.
40. Nos documentos e livros litúrgicos, o que se prescreve acerca da disposição e ornato das igrejas, deve a igreja catedral apresentá-lo como modelo às outras igrejas da diocese.
41. A Cátedra, de que acima se falou, n. 41-a, deve ser única e fixa, colocada de tal modo que o Bispo apareça efetivamente como aquele que preside a toda a comunidade dos fiéis.
a. O altar deve ser construído e ornado de acordo com as normas do direito, o altar da igreja catedral deve ser fixo e dedicado; e separado da parede, de modo a permitir andar em volta dele e a celebrar de frente para o povo. Contudo, poderá ser colocado um altar versus Deum na catedral, este não deve ser o altar principal.
b. O altar não se deve ornamentar com flores desde a Quarta-feira de Cinzas até o hino Glória a Deus nas alturas da Vigília Pascal, nem nas celebrações de defuntos. Excetua-se os domingo Laetare (IV da Quaresma) e o Gaudete (III do advento, e as solenidades e festas dentro desses tempos).
42. De acordo com uma tradição antiquíssima, mantida nas igrejas catedrais, recomenda-se que o sacrário se coloque numa capela separada da nave central.
43. O presbitério, ou seja, o espaço em que o Bispo, presbíteros e ministros exercem o seu ministério, deve distinguir-se, de forma conveniente, da nave da igreja, ou por uma posição mais elevada, ou por uma estrutura ou ornamentação especial, de modo a pôr em evidência, pela própria disposição, a função hierárquica dos ministros.
b. O altar não se deve ornamentar com flores desde a Quarta-feira de Cinzas até o hino Glória a Deus nas alturas da Vigília Pascal, nem nas celebrações de defuntos. Excetua-se os domingo Laetare (IV da Quaresma) e o Gaudete (III do advento, e as solenidades e festas dentro desses tempos).
42. De acordo com uma tradição antiquíssima, mantida nas igrejas catedrais, recomenda-se que o sacrário se coloque numa capela separada da nave central.
43. O presbitério, ou seja, o espaço em que o Bispo, presbíteros e ministros exercem o seu ministério, deve distinguir-se, de forma conveniente, da nave da igreja, ou por uma posição mais elevada, ou por uma estrutura ou ornamentação especial, de modo a pôr em evidência, pela própria disposição, a função hierárquica dos ministros.
44. No presbitério, disponham-se de modo conveniente assentos, mochos ou tamboretes de forma que os celebrantes e bem assim os cônegos e presbíteros que porventura não celebrem, mas assistam de hábito coral, bem como os ministros, ocupem cada qual o seu lugar, de modo a facilitar o correto desempenho de cada função.
45. Durante as celebrações sagradas, o ministro que não esteja revestido da veste sagrada, de hábito talar e sobrepeliz ou de outra veste legitimamente aprovada, não seja admitido no presbitério.
46. A igreja catedral deve ter um ambão, construído segundo as normas vigentes. O Bispo, no entanto, falará ao povo de Deus, da sua cátedra, a não ser que as condições do local sugiram outra coisa.
47. A igreja catedral mesmo que não seja paroquial, deve ter batistério, pelo menos para a celebração na noite pascal. Esse batistério deve ser construído de acordo com as normas contidas no Ritual Romano.
48. À igreja catedral não pode faltar o vestiário, quer dizer, uma sala digna, na medida do possível junto à entrada da igreja, na qual o Bispo, os concelebrantes e os ministros se revestem das vestes litúrgicas e onde se inicia a procissão de entrada.
46. A igreja catedral deve ter um ambão, construído segundo as normas vigentes. O Bispo, no entanto, falará ao povo de Deus, da sua cátedra, a não ser que as condições do local sugiram outra coisa.
47. A igreja catedral mesmo que não seja paroquial, deve ter batistério, pelo menos para a celebração na noite pascal. Esse batistério deve ser construído de acordo com as normas contidas no Ritual Romano.
48. À igreja catedral não pode faltar o vestiário, quer dizer, uma sala digna, na medida do possível junto à entrada da igreja, na qual o Bispo, os concelebrantes e os ministros se revestem das vestes litúrgicas e onde se inicia a procissão de entrada.
49. Para se poder efetuar a reunião da assembleia, preveja-se, na medida do possível, perto da igreja catedral, outra igreja, ou uma sala adequada, ou mesmo uma praça ou um claustro, onde se possam fazer as bênçãos das velas, dos ramos, do fogo e outras celebrações preparatórias, e onde se iniciam as procissões para a igreja catedral.
CAPÍTULO IV
ALGUMAS NORMAS MAIS GERAIS
I. VESTES E INSÍGNIAS
Vestes e insígnias do Bispo
50. Na celebração litúrgica, as vestes do Bispo são as mesmas que as do presbítero; mas, na celebração solene, convém que, segundo costume que vem já de tempos antigos, revista a dalmática, que pode ser sempre branca, por baixo da casula, sobretudo nas ordenações, na bênção de Abade e de Abadessa, bem como na dedicação da Igreja e do altar.
51. As insígnias pontificais do Bispo são: o anel, o báculo pastoral, a mitra, a cruz peitoral, e ainda o pálio se lhe for concedido pelo direito.
52. O anel, insígnia da fidelidade e da união nupcial com a Igreja, sua esposa, deve o Bispo usá-lo sempre, sendo expressamente proibido seu uso na sexta feira da paixão do Senhor.
53. Dentro do seu território, o Bispo usa o báculo, como sinal do seu múnus pastoral. Aliás, qualquer Bispo que celebre solenemente o pode usar, com o consentimento do Bispo do lugar. Quando estiverem vários Bispos presentes na mesma celebração, só o Bispo que preside usa o báculo.
a. Com a parte recurvada voltada para o povo, ou seja, para a frente, o Bispo usa habitualmente o báculo na procissão, para ouvir a leitura do Evangelho e fazer a homilia, para receber os votos, as promessas ou a profissão da fé; e finalmente para abençoar as pessoas, salvo se tiver de fazer a imposição das mãos.
b. O báculo assim como anel tem seu uso proibido na Celebração da Paixão do Senhor na sexta feira santa.
54. A mitra, que será uma só na mesma ação litúrgica, simples ou ornamentada de acordo com a celebração, é habitualmente usada pelo Bispo: quando está sentado; quando faz a homilia; quando faz as saudações, as alocuções e os avisos, a não ser que logo a seguir tenha de tirar a mitra; quando abençoa solenemente o povo; quando executa gestos sacramentais; quando vai na procissões.
a. Bispo não usa a mitra: nas preces introdutórias; nas orações; na oração universal; na oração Eucarística; durante a leitura do Evangelho; nos hinos, quando estes são cantados de pé; nas procissões em que se leva o Santíssimo Sacramento, ou as relíquias da Santa Cruz do Senhor; diante do Santíssimo Sacramento exposto.
b. Quando ao uso da mitra na administração dos sacramentos e dos sacramentais, observe-se além disso o que adiante vai indicado nos respectivos lugares.
c. A mitra pode ser utilizada na celebração da paixão do Senhor, mas ela deve ser totalmente branca sem ornamentos, excetua-se a mitra do papa que pode ser ornada com filete dourado.
55. A cruz peitoral usa-se por baixo da casula ou da dalmática ou ainda por cima da casula, ou por baixo do pluvial, mas por cima da mozeta.
56. O Arcebispo residencial, que houver já recebido o pálio do Romano Pontífice, reveste-o por cima da casula, dentro do território da sua jurisdição, quando celebra a Missa estacional, ou pelo menos quando celebra com grande solenidade, e ainda nas ordenações, na bênção de Abade ou de Abadessa, na consagração de virgem, na dedicação de igreja ou de altar.
a. A Cruz arquiepiscopal usa-se quando o Arcebispo, após haver recebido o pálio, se dirige à igreja para celebrar alguma cerimônia litúrgica.
57. O hábito coral do Bispo, quer dentro que fora da sua diocese, consta da veste talar de cor violácea; faixa de seda violácea; sobrepeliz beanca; mozeta de cor violácea sem capuz; cruz peitoral suspensa por cima da mozeta de cordão de cor verde entrançado de ouro; solidéu também de cor violácea; barrete da mesma cor com borla e meias violáceas e o anel episcopal.
58. A capa magna violácea, sem arminho, só se pode usar dentro da diocese e nas festas mais solenes.
O Hábito talar dos bispos consta com batina preta ou violácea; faixa talar da mesma cor; cruz peitoral; fica-se permitido a greca por cima da batina contudo deve-se aparecer a cruz peitoral; Meias violáceas são opcionais com a batina negra e obrigatório com a batina violácea; e solidéu violáceo; Ou o bispo pode optar pelo uso da camisa clerical e o colarinho Romano com a cruz peitoral
Vestes dos presbíteros e dos outros ministros:
59. A veste sagrada comum a todos os ministros de qualquer grau é a alva, apertada à cintura pelo cíngulo, a não ser que, pela sua forma, se ajuste ao corpo mesmo sem o cíngulo. Antes de revestir a alva, se esta não esconder perfeitamente o traje comum à altura do pescoço, deve usar-se o amito. Não se pode usar a sobrepeliz em vez da alva, quando se tiver de vestir a casula ou a dalmática, ou quando se usa a estola em vez da casula ou da dalmática. A sobrepeliz deve usar-se sempre por cima do hábito talar.
a. Os acólitos, leitores e restantes ministros, em lugar das vestes acima referidas, podem usar outras legitimamente aprovadas.
60. A veste própria do presbítero celebrante, na Missa e outras ações sagradas, diretamente ligadas à Missa, é a casula, a qual se veste por cima da alva e da estola, a não ser que se indique outra coisa.
a. O sacerdote põe a estola ao pescoço, pendente diante do peito.
b. O pluvial, ou capa de asperges, é usado pelo sacerdote nas ações sagradas solenes fora da Missa, nas procissões e outros atos sagrados, segundo as rubricas próprias de cada rito.
c. Os presbíteros que assistem a uma celebração sagrada em que não celebrem ou concelebrem devem usar as vestes corais, sendo prelados ou cônegos; se não, a sobrepeliz por cima do hábito talar.
61. A veste própria do diácono é a dalmática, que se reveste por cima da alva e da estola. A dalmática pode, contudo, dispensar-se ou por necessidade ou por menor grau de solenidade. A estola do diácono põe-se a tiracolo, atravessando-a do ombro esquerdo sobre o peito e prendendo-a do lado direito do corpo.
II. SINAIS DE REVERÊNCIA EM GERAL
62. A inclinação é sinal de reverência e de honra que se presta às próprias pessoas ou às suas imagens. Há duas espécies de inclinações: de cabeça e do corpo:
a) a inclinação de cabeça faz-se ao nome de Jesus ou da Virgem Maria e do Santo, em cuja honra se celebra a Missa ou a Liturgia das Horas;
b) a inclinação do corpo, ou inclinação profunda, faz-se: ao altar, caso nele não esteja o sacrário com o Santíssimo Sacramento; aos Bispos; antes e depois da incensação, e todas as vezes em que vem expressamente indicada nos diversos livros litúrgicos.
63. A genuflexão, que se faz flectindo só o joelho direito até ao solo, significa adoração; pelo que é reservado ao Santíssimo Sacramento, quer exposto, quer guardado no sacrário, e à Santa Cruz, desde a adoração solene na Ação litúrgica de Sexta-feira da Paixão do Senhor até ao início da Vigília Pascal.
64. Não fazem genuflexão nem inclinação profunda aqueles que transportam os objetos a usar na celebração que se vai realizar, por ex., a cruz, os castiçais, o livro dos Evangelhos.
Reverência ao Santíssimo Sacramento
65. Todos aqueles que entram na igreja nunca devem omitir a adoração ao Santíssimo Sacramento: seja dirigindo-se à capela do Santíssimo, seja fazendo pelo menos genuflexão.
Fazem igualmente genuflexão todos os que passam diante do Santíssimo Sacramento, a não ser que se vá em procissão.
Reverência ao altar
66. O altar é saudado com uma inclinação profunda por todos quantos se dirigem ao presbitério, dele se retiram ou passam por diante do altar.
67. Além disso, o celebrante e os concelebrantes beijam o altar no início da Missa, em sinal de veneração. O celebrante principal, antes de deixar o altar, venera-o, por via de regra, beijando-o; os restantes, mormente se forem muitos, fazem-lhe a devida reverência.
Na celebração das Laudes e das Vésperas a que o Bispo preside, este beija também o altar no princípio e, se for oportuno, igualmente no fim.
Fazem igualmente genuflexão todos os que passam diante do Santíssimo Sacramento, a não ser que se vá em procissão.
Reverência ao altar
66. O altar é saudado com uma inclinação profunda por todos quantos se dirigem ao presbitério, dele se retiram ou passam por diante do altar.
67. Além disso, o celebrante e os concelebrantes beijam o altar no início da Missa, em sinal de veneração. O celebrante principal, antes de deixar o altar, venera-o, por via de regra, beijando-o; os restantes, mormente se forem muitos, fazem-lhe a devida reverência.
Na celebração das Laudes e das Vésperas a que o Bispo preside, este beija também o altar no princípio e, se for oportuno, igualmente no fim.
Reverência ao Evangelho
68. À Missa, na celebração da palavra e na vigília prolongada, enquanto se proclama o Evangelho, todos estão de pé, voltados para quem o lê, O diácono, ao dirigir-se para o ambão, leva solenemente o livro dos Evangelhos, ladeado dos acólitos com os castiçais de velas acesas, indo à frente o turiferário com o turíbulo.
a. No ambão, o diácono de pé, voltado para o povo, depois de o saudar com as mãos juntas, faz o sinal da cruz com o polegar da mão direita, primeiro sobre o livro, no início do Evangelho que vai ler, depois sobre si mesmo no fronte, na boca e no peito, dizendo: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo.
b. O Bispo faz também sobre si mesmo o sinal da cruz, na frente, na boca e no peito, e o mesmo fazem todos os restantes.
c. Terminada a leitura, o diácono leva o livro ao Bispo para este o oscular, ou o próprio diácono oscula o livro.
d. Na falta do diácono, um presbítero pede e recebe a bênção do Bispo, e proclama o Evangelho, na forma atrás descrita.
e. Se o evangelho for proclamado por outro bispo este não pede a bênção, mesmo que quem presidia a missa seja um cardeal ou até mesmo o Santo Padre.
69. Estão todos igualmente de pé, enquanto se cantam ou recita os cânticos evangélicos Benedictus, Magnificat e Nunc dimittis. Ao iniciar cada um destes cânticos, todos se benzem.
Reverência ao Bispo e outras pessoas
70. O Bispo é saudado com inclinação profunda pelos ministros ou por quantos dele se aproximam por motivo de serviço ou, depois de prestado esse serviço, se retiram ou passam diante dele.
71. Quando o trono do Bispo fica situado atrás do altar, os ministros saúdam o altar ou o Bispo, consoante se aproximem ou do altar ou do Bispo; mas evitem, quanto possível, passar entre o Bispo e o altar, por respeito para com um e para com outro.
72. Se acaso no presbitério estiverem presentes vários Bispos, a reverência só é feita àquele que preside.
73. Quando o Bispo, revestido das vestes corais, se dirige à igreja para celebrar alguma ação litúrgica, pode, consoante os costumes locais, ou ser acompanhado publicamente à igreja pelos cônegos ou outros presbíteros e clérigos revestidos de hábitos corais ou de sobrepeliz por cima do hábito talar, ou então ir até à igreja de maneira mais simples e ali ser recebido à porta pelo clero.
a. Em ambos estes casos, o Bispo vai à frente: se for Arcebispo, precedido de um acólito com a cruz arquiepiscopal com a imagem do Crucifixo na parte da frente; atrás do Bispo, seguem os cônegos, os presbíteros e o clero, dois a dois. À porta da igreja o vigário geral apresenta ao Bispo o aspersório, exceto se depois se fizer a aspersão em vez do ato penitencial. O Bispo, de cabeça descoberta, asperge-se a si mesmo e aos presentes; e depois devolve o aspersório. Em seguida dirige-se, com o seu séquito, para o lugar onde se guarda o Santíssimo Sacramento e aí faz uma breve oração; finalmente, vai para o vestiário.
b. Bispo pode, no entanto, ir diretamente para o vestiário e aí ser recebido pelo clero.
74. Nas procissões, o Bispo que preside à celebração litúrgica, revestido das vestes sagradas, vai sempre só, atrás dos presbíteros, mas à frente dos seus assistentes, que o acompanham um pouco atrás.
75. O Bispo que preside a uma celebração sagrada ou nela apenas participa revestido de hábitos corais, é assistido de dois cônegos com os seus hábitos corais, ou de dois presbíteros ou diáconos de sobrepeliz por cima do hábito talar.
III. INCENSAÇÃO
75. O Bispo que preside a uma celebração sagrada ou nela apenas participa revestido de hábitos corais, é assistido de dois cônegos com os seus hábitos corais, ou de dois presbíteros ou diáconos de sobrepeliz por cima do hábito talar.
III. INCENSAÇÃO
76. O rito da incensação exprime reverência e oração, como vem significado no Salmo 140,2 e no Apocalipse 8,3.
77. A matéria que se deita no turíbulo deve ser incenso puro de suave odor, ou, ajuntando-se-lhe outra substância, haja o cuidado de que a quantidade de incenso seja muito superior.
78. Na Missa estacional do Bispo, usa-se o incenso:
durante a procissão de entrada;
a. no princípio da Missa, para incensar o altar;
b. na procissão e proclamação do Evangelho;
c. ao ofertório, para incensar as oferendas, o altar, a cruz, o Bispo, os concelebrantes e o povo;
d. à elevação da hóstia e do cálice, depois da consagração.
Nas restantes Missas, o uso do incenso é facultativo.
79. Usa-se ainda o incenso, como vem descrito nos livros litúrgicos:
a. na dedicação da igreja e do altar;
b. na confecção do sagrado crisma, quando se transportam os santos óleos;
c. na exposição do Santíssimo Sacramento no ostensório;
d. Na exposição de relíquias;
e. nas exéquias dos defuntos.
80. Via de regra, deve-se usar também o incenso nas procissões: do Domingo de Ramos, da Missa da Ceia do Senhor, da Vigília Pascal, da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, da solene transladação das relíquias, e, em geral, nas procissões que se fazem com solenidade.
81. Em Laudes e Vésperas, quando celebradas com solenidade, pode-se fazer a incensação do altar, do Bispo e do povo, enquanto se canta o cântico evangélico.
82. Para pôr incenso no turíbulo, o Bispo senta-se, se estiver na cátedra ou junto de outro assento; fora disso, põe o incenso de pé. O diácono apresenta-lhe a naveta, e o Bispo benze o incenso com o sinal da cruz sem dizer nada.
Depois, o diácono recebe do acólito o turíbulo e entrega-o ao Bispo.
83. Antes e depois da incensação, faz inclinação profunda à pessoa ou ao objeto que é incensado; não, porém, ao altar nem às oferendas recebidas para o sacrifício da Missa.
84. São incensados com três ductos do turíbulo: o Santíssimo Sacramento, a relíquia da Santa Cruz e as imagens do Senhor solenemente expostas, as oferendas, a cruz do altar, o livro dos Evangelhos, o círio pascal, o Bispo ou o presbítero celebrante, o coro e o povo, o corpo de defunto.
Com dois ductos incensam-se as relíquias e as imagens dos Santos expostos a pública veneração.
85. O altar é incensado com ictos sucessivos dos turíbulo, do seguinte modo:
a. se o altar estiver separado da parede, o Bispo incensa-o em toda a volta;
b. se o altar não estiver separado da parede, o Bispo incensa-o passando primeiro ao lado direito, depois ao lado esquerdo.
c. Se a cruz estiver sobre o altar ou junto dele, é incensada antes do altar; caso contrário, o Bispo incensa-a ao passar por diante dela.
d. As oferendas são incensadas antes da incensação do altar e da cruz.
86. O Santíssimo Sacramento é incensado de joelhos.
87. As relíquias e as imagens sagradas expostas a pública veneração são incensadas depois da incensação do altar; à Missa, porém, no início da celebração e no ofertório.
88. O Bispo, quer esteja no altar quer na cátedra, recebe a incensação de pé, sem mitra, a não ser que já esteja com ela.
a. Os concelebrantes são incensados pelo diácono, todos ao mesmo tempo.
b. Por fim, o diácono incensa o povo, do lugar mais conveniente.
c. Os cônegos que porventura não concelebrem ou o coro duma comunidade são incensados ao mesmo tempo que o povo, salvo se a disposição dos lugares aconselhe outra coisa. Isto igualmente aos Bispo que, porventura, estejam presentes.
89. O Bispo que preside, mas não celebra a Missa, é incensado depois do celebrante ou concelebrantes.
a. Depois do Bispo, onde for costume, é incensado o Chefe do Estado, quando assiste oficialmente à sagrada celebração.
90. As monições e orações que devam ser ouvidas por todos, o Bispo não as profira antes de terminada a incensação.
IV. RITO DA PAZ
91. O Bispo celebrante, depois de o diácono dizer: Saudai-vos uns aos outros em Cristo, dá a saudação da paz pelo menos aos dois concelebrantes mais próximos, e depois ao primeiro diácono.
93. Os fiéis dão-se mutuamente a paz, na forma estabelecida pelas Conferências Episcopais.
IV. RITO DA PAZ
91. O Bispo celebrante, depois de o diácono dizer: Saudai-vos uns aos outros em Cristo, dá a saudação da paz pelo menos aos dois concelebrantes mais próximos, e depois ao primeiro diácono.
92. Entretanto, os concelebrantes, diáconos e restantes ministros, bem como os Bispos eventualmente presentes dão-se mutuamente a paz de maneira idêntica.
O Bispo que preside à celebração sagrada, sem celebrar, dá a paz aos cônegos, presbíteros ou diáconos que o assistem.
93. Os fiéis dão-se mutuamente a paz, na forma estabelecida pelas Conferências Episcopais.
94. Se estiver presente o Chefe do Estado, a assistir oficialmente à sagrada celebração, o diácono ou algum dos concelebrantes aproxima-se dele e dá-lhe o sinal da paz, de acordo com os costumes locais.
95. Ao dar a saudação da paz, pode-se dizer: A paz esteja contigo, ao que se responde: E contigo também. Também se podem usar outras palavras, conforme os costumes locais.
V. USO DA ÁGUA BENTA
96. Seguindo louvável costume, todos, ao entrar na igreja, molham a mão na água benta, contida na respectiva pia, e fazem com ela o sinal da cruz, como recordação do seu próprio batismo.
97. Á entrada do Bispo na igreja, o clérigo mais categorizado da Igreja oferece-lhe a água benta, se for o caso, entregando-lhe o aspersório. O Bispo asperge-se a si mesmo e aos que o acompanham, e depois devolve o aspersório.
98. Tudo isto se omite, quando o Bispo entra na igreja já paramentado, e quando, na Missa dominical, se faz a aspersão em vez do ato penitencial.
99. A aspersão dos objetos que se benzem faz-se segundo as normas dos livros litúrgicos.
VI. MANEIRA DE TRATAR OS LIVROS LITÚRGICOS
E PROFERIR OS DIVERSOS TEXTOS
100. Os livros litúrgicos hão se ser tratados com cuidado e respeito, pois é deles que se proclama a Palavra de Deus e se profere a oração da Igreja. Por isso, mormente quando se trata de celebrações litúrgicas realizadas pelo Bispo, tenham-se à mão os livros litúrgicos oficiais das edições mais recentes, belos e dignos, quer na apresentação gráfica quer na encadernação.
101. Nos textos que devam ser proferidos em voz alta e clara, tanto pelo Bispo como pelos ministros e todos os demais, a voz há de corresponder ao gênero de cada texto, conforme se trata de leitura, de oração, de admonição, de aclamação, de canto, tendo ainda em conta a forma de celebração e a solenidade da assembleia.
102. Nas rubricas e normas que vêm a seguir, as palavras “dizer”, “recitar”, “proferir” devem entender-se tanto do canto como da recitação, respeitando os princípios expostos em cada um dos livros litúrgicos e as normas dadas à frente nos respectivos lugares.
103. A expressão “cantar ou dizer”, usada adiante com frequência, deve entender-se do canto, a não ser que haja algum motivo que não aconselhe o canto.
II PARTE
A MISSA
CAPÍTULO I
MISSA ESTACIONAL DO BISPO DIOCESANO
INTRODUÇÃO:
104. A manifestação mais importante da Igreja local dá-se quando o Bispo, na qualidade de sumo sacerdote do seu rebanho, celebra a Eucaristia, mormente na igreja catedral, rodeado do seu presbitério e ministros, com a plena e ativa participação de todo o povo santo de Deus.
105. Esta Missa, chamada “estacional”, manifesta, não somente a unidade da Igreja local, mas também a diversidade dos ministérios ao redor do Bispo e da sagrada Eucaristia.
a. Para ela, portanto, se convoque o maior número possível de fiéis, nela concelebrem os presbíteros com o Bispo, desempenhem os diáconos o seu ministério, exerçam os acólitos e leitores as suas funções. 106. Esta forma de Missa deve sobretudo seguir-se nas maiores solenidades do ano litúrgico, quando o Bispo consagra o santo crisma e na Missa vespertina da Ceia do Senhor, nas celebrações do Santo Fundador da Igreja local ou do Padroeiro da diocese, no “die natali” do Bispo, nas grandes concentrações do povo cristão, e ainda na visita pastoral.
108. Via de regra, convém que haja pelo menos três diáconos propriamente ditos: um para o Evangelho e para ministrar ao altar, e dois para assistir o Bispo. Se forem mais, distribuam entre si os diferentes ministérios, e pelo menos um deles dirija a participação ativa dos fiéis. Se não puder haver diáconos propriamente ditos, os seus ministérios serão desempenhados por presbíteros. Estes, revestidos das vestes sacerdotais, concelebram com o Bispo, ainda que tenham de celebrar outra Missa para o bem pastoral dos fiéis.
109. Na igreja catedral, se estiver presente o Cabido, convém que todos os cônegos concelebrem com o Bispo a Missa estacional, sem com isto excluir os outros presbíteros.
Os Bispos, porventura, presentes e os cônegos não concelebrantes devem apresentar-se de hábito coral.
111. Devem preparar-se:
a) dentro do presbitério, nos lugares respectivos:
− o Missal;
− o Lecionário;
− livreto próprio;
− o texto da oração universal, tanto para o Bispo como para o diácono;
− cálice;
− pala;
− corporal;
− sanguinhos;
− bacia, jarra com água e toalha;
− um recipiente com água para se benzer, quando se houver de usar no ato penitencial;
− patena para a Comunhão dos fiéis;
b) em local conveniente:
− pão, vinho e água (outros dons)
c) na sacristia, ou nos vestiário:
− o livro dos Evangelhos;
− o turíbulo e a naveta com incenso;
− a cruz que se há de levar na procissão;
− sete (ou pelo menos dois) castiças com velas acesas; e ainda:
− para o Bispo: bacia, jarra com água e toalha; amito, alva, cíngulo, cruz peitoral, estola, dalmática, casula (pálio, no caso de Metropolita), solidéu, mitra, anel, báculo;
− para os concelebrantes: amitos, alvas, cíngulos, estolas, casulas;
− para os diáconos: amitos, alvas, cíngulos, estolas, dalmáticas;
− para os restantes ministros: amitos, alvas, cíngulos, ou sobrepeliz a serem usados sobre o hábito talar; ou outras vestes devidamente aprovadas. Os paramentos sagrados hão de ser da cor da Missa que se celebra ou de cor festiva.
112. Após a recepção, o Bispo, ajudado pelos diáconos assistentes e pelos outros ministros, que, antes de ele chegar, já devem estar paramentados com as respectivas vestes sagradas, tira a capa ou a mozeta no vestiário e, se for conveniente, também o roquete, lava as mãos, e põe o amito, a alva, o cíngulo, a cruz peitoral, a estola, a dalmática e a casula.
a. A seguir, um dos diáconos impõe-lhe a mitra. O Arcebispo, antes da mitra é-lhe imposto o pálio pelo primeiro diácono.
b. Entretanto, os presbíteros concelebrantes e outros diáconos que não ajudam o Bispo, vestem os respectivos paramentos. 113. Estando todos preparados, aproxima-se o acólito turiferário, o Bispo impõe o incenso no turíbulo e benze-o fazendo sobre ele o sinal da cruz, tendo-lhe um dos diáconos apresentado a naveta. Em seguida, o Bispo recebe do ministro o báculo. Um dos diáconos toma o livro dos Evangelhos, e leva-o com reverência, fechado, na procissão de entrada.
− turiferário com o turíbulo aceso;
− outro acólito com a cruz, no meio de sete ou pelo menos dois acólitos, com castiçais de velas acesas;
− clérigos, dois a dois;
− o diácono com o livro dos Evangelhos;
− outros diáconos, se houver, dois a dois;
− presbíteros concelebrantes, dois a dois;
− o Bispo, que avança sozinho, de mitra, levando o báculo pastoral na mão esquerda e abençoando com a mão direita;
− um pouco atrás do Bispo, os dois diáconos assistentes; − por fim, os ministros do livro, da mitra e do báculo.
− Se a procissão passar diante do Santíssimo Sacramento, não se para nem se faz genuflexão.
115. É de louvor que a cruz processional fique erguida junto do altar, de modo a ser própria cruz do altar, caso contrário será retirada; os castiçais colocam-se junto do altar, na credência ou perto dela no presbitério; o livro dos Evangelhos depõe-se sobre o altar.
117. O Bispo, ao chegar junto do altar, entrega o báculo ao ministro, depõe a mitra, e faz inclinação profunda ao altar, ao mesmo tempo que os diáconos e os outros ministros que o acompanham. Depois, sobe ao altar e beija-o, juntamente com os diáconos.
a. Em seguida, depois de o acólito, se for necessário, ter de novo imposto incenso no turíbulo, incensa o altar e a cruz, acompanhado por dois diáconos.
b. Em seguida, Bispo, concelebrantes e fiéis, de pé, benzem-se, ao mesmo tempo que o Bispo, voltado para o povo, a missa prossegue como estabelecido pelo direito. 118. Aos domingos, em vez de costumado ato penitencial, é de louvar se faça a bênção e a aspersão da água.
a. Feita a saudação, o Bispo, de pé, na cátedra, voltado para o povo e tendo diante de si um recipiente com água para benzer, trazido por um ministro, convida o povo a orar, e, após breve pausa de silêncio, profere a bênção. Onde a tradição popular aconselhe se mantenha o costume de misturar o sal na bênção da água, o Bispo benze também o sal, e depois deita-o na água.
b. O Bispo recebe do diácono o aspersório, asperge-se a si mesmo, aos concelebrantes, ministros, clero e povo, se for conveniente, indo pela igreja, acompanhado dos diáconos. Entretanto, executa-se o canto que acompanha a aspersão.
b. O Bispo recebe do diácono o aspersório, asperge-se a si mesmo, aos concelebrantes, ministros, clero e povo, se for conveniente, indo pela igreja, acompanhado dos diáconos. Entretanto, executa-se o canto que acompanha a aspersão.
CAPÍTULO II
MISSA PRESIDIDA PELO BISPO SEM QUE ELE CELEBRE A EUCARISTIA
119. Segundo a doutrina e tradição da Igreja, ao Bispo compete presidir à Eucaristia nas suas comunidades.
a. Por isso, é da maior conveniência que, quando participa da Missa, seja ele a celebrar a Eucaristia.
b. Contudo, se, por justa causa, ele participa da Missa, mas não celebra, convém que, salvo no caso de ser outro Bispo a celebrar, o Bispo diocesano presida à celebração, pelo menos celebrando a liturgia da palavra e dando ao povo a bênção final. Isto vale sobretudo para aquelas celebrações eucarísticas em que se realize algum rito sacramental, consecratório ou de bênção. c. Nestes caos, observem-se as normas adiante descritas.
120. O Bispo é recebido na forma acima descrita, n. 79, no vestiário ou noutro ligar apropriado. Ali, reveste sobre a alva: a cruz peitoral, a estola e o pluvial de cor conveniente, e, normalmente, a mitra e o báculo. Assistem-no dois diáconos, ou pelo menos um, com as vestes litúrgicas da sua ordem. Na falta de diáconos, assistem o Bispo presbíteros revestidos de pluvial.
121. Na procissão para o altar, o Bispo vai atrás do celebrante ou concelebrantes, acompanhado dos seus diáconos e ministros.
122. Ao chegarem ao altar, o celebrante ou os concelebrantes fazem inclinação profunda, ou no caso de o Santíssimo Sacramento se guardar no presbitério, fazem genuflexão; depois sobem ao altar, beijam-no, e dirigem-se para os assentos que lhes estão destinados.
a. O Bispo entrega o báculo pastoral ao ministro e depõe a mitra; faz com os diáconos e seus ministros inclinação profunda ao altar, ou, como acima se disse, genuflexão. Em seguida, sobe ao altar e beija-o. Se usar incenso, o Bispo incensa o altar e a cruz na forma habitual, acompanhado por dois diáconos. Em seguida, dirige-se para a cátedra pelo trajeto mais curto acompanhado dos seus diáconos. Estes ficam de pé junto da cátedra de um e de outro lado, prontos para ministrar ao Bispo.
123. Do princípio da Missa até ao fim da liturgia da Palavra, observa-se o que atrás se disse da Missa estacional do Bispo. No caso, porém, de haver algum rito sacramental, consecratório ou de bênção, tenham-se presentes as normas especiais relativas ao símbolo e à oração universal.
124. Terminada a oração universal, ou celebrado o rito sacramental, consecratório ou de bênção, o Bispo senta-se e recebe a mitra. O diácono e ministros preparam o altar, na forma de costume. Se os fiéis apresentarem as suas ofertas, estas são recebidas ou pelo celebrante da Missa ou pelo Bispo. A seguir, o celebrante, feita ao Bispo profunda reverência, dirige-se ao altar e dá início à liturgia eucarística segundo o ordinário da Missa.
126. Desde a epiclese até que termine a elevação do cálice, o Bispo ajoelha-se voltado para o altar, no genuflexório preparado para ele, ou diante da cátedra ou noutro lugar mais adequado. Levanta-se novamente e fica de pé junto da cátedra.
127. Após o convite do diácono: Irmãos, saudai-vos, o Bispo dá a paz aos seus diáconos.
Se houver de comungar, o Bispo toma, no altar, o Corpo e o Sangue do Senhor, depois do celebrante.
128. Enquanto se distribui a sagrada Comunhão aos fiéis, o Bispo pode sentar-se até ao início da oração depois da Comunhão, a qual ele profere de pé, no altar ou na cátedra.
Terminada a oração, o Bispo dá a bênção ao povo. Um dos diáconos assistentes despede o povo.
127. Após o convite do diácono: Irmãos, saudai-vos, o Bispo dá a paz aos seus diáconos.
Se houver de comungar, o Bispo toma, no altar, o Corpo e o Sangue do Senhor, depois do celebrante.
128. Enquanto se distribui a sagrada Comunhão aos fiéis, o Bispo pode sentar-se até ao início da oração depois da Comunhão, a qual ele profere de pé, no altar ou na cátedra.
Terminada a oração, o Bispo dá a bênção ao povo. Um dos diáconos assistentes despede o povo.
129. Por fim, o Bispo e o celebrante veneram o altar, beijando-o, como de costume. Feita finalmente a devida reverência, todos se retiram pela mesma ordem em que vieram.
130. Se o Bispo não presidir na forma atrás descrita, participará da Missa revestido de mozeta e roquete, não na cátedra, mas sim noutro lugar mais conveniente, para ele preparado.
130. Se o Bispo não presidir na forma atrás descrita, participará da Missa revestido de mozeta e roquete, não na cátedra, mas sim noutro lugar mais conveniente, para ele preparado.
III PARTE
CELEBRAÇÕES DA PALAVRA DE DEUS
CAPÍTULO I
CELEBRAÇÕES DA PALAVRA DE DEUS
131. “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como o próprio Corpo do Senhor, não deixando nunca, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar da mesa quer da Palavra de Deus quer do Corpo de Cristo e distribuir aos fiéis o Pão da vida”. Mais: toda e qualquer celebração litúrgica se baseia e apoia na Palavra de Deus. Empenha-se, portanto, o Bispo em que todos os fiéis, mediante prévia e adequada preparação espiritual, adquiram o gosto de escutar e meditar o mistério de Cristo, como nos é proposto pelo Antigo e Novo Testamento.
132. As celebrações sagradas da Palavra de Deus são da máxima utilidade para a vida, quer dos indivíduos quer das comunidades, no sentido de fomentar o espírito e a vida espiritual, despertar neles um amor mais intenso à Palavra de Deus, realizar celebração mais frutuosa, quer da Eucaristia quer dos outros sacramentos.
133. Convém, portanto, que, principalmente nas vésperas das destas mais solenes, nalgumas férias do Advento e da Quaresma e nos domingos e dias festivos, sobretudo na igreja catedral, se celebre a palavra de Deus, sob a presidência do Bispo.
134. Nas celebrações da Palavra de Deus, seguir-se-ão os moldes da liturgia da Palavra na Missa.
135. O Bispo, recebido na forma acima descrita, n. 79, no vestiário ou noutro lugar adequado, veste sobre a alva a cruz peitoral, a estola e o pluvial da cor conveniente e, como de costume, recebe a mitra e o báculo. Assistem-no dois diáconos, revestidos das vestes litúrgicas da sua ordem. Não havendo diáconos, assistem o Bispo dois presbíteros, revestidos de alva e sobrepeliz sobre o hábito talar.
136. Após os ritos iniciais (canto, saudação, oração), fazem-se uma ou mais leituras da Sagrada Escritura, entremeadas de cantos, salmos ou momentos de silêncio, as quais, por meio duma homilia, são explicadas e aplicadas à assembleia dos fiéis.
Após a homilia, é conveniente guardar silêncio, para meditar a Palavra de Deus. Em seguida, a assembleia dos fiéis fará oração num só coração e numa só voz.
Por fim, um dos diáconos ou um dos ministros despede o povo, dizendo: Vamos em paz, e todos respondem: Graças a Deus.
IV PARTE
CELEBRAÇÕES DOS MISTÉRIOS DO SENHOR NO DECURSO DO ANO
INTRODUÇÃO
137. “Santa mãe Igreja considera seu dever celebrar, em determinados dias do ano, o memorial da obra da salvação do seu divino Esposo.
Em cada semana, no dia que veio a chamar-se Domingo, celebra a memória da Ressurreição do Senhor, como a festeja também, uma vez por ano, na maior das solenidades, a Páscoa, unida à memória da sua Paixão. Ao longo do ciclo do ano, vai desdobrando todo o mistério de Cristo, desde a Encarnação e Natal até a Ascensão , ao Pentecostes e à expectação da feliz esperança e vinda do Senhor.
Domingo
138. “No primeiro dia de cada semana, chamado dia do Senhor ou domingo, a Igreja, por tradição que remonta dos Apóstolos e tem sua origem na própria Ressurreição de Cristo, celebra o mistério pascal.
Sendo o domingo o núcleo e o fundamento do ciclo anual, em que a Igreja desenrola todo o mistério de Cristo, cede a sua celebração somente às solenidades, às festas do Senhor inscritas no calendário geral, e, em princípio, exclui a atribuição perpétua de outra celebração qualquer, exceto as festas da Sagrada Família, do Batismo do Senhor, as solenidades da Santíssima Trindade e de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
Os domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa têm precedência sobre todas as festas do Senhor e todas as solenidades.
139. Cuide, portanto, o Bispo de que na sua diocese o domingo seja proposto e inculcado à piedade dos fiéis como dia festivo primordial, de modo a ser também dia de júbilo e de abstenção do trabalho.
140. As transformações operadas nos últimos tempos no que se refere aos costumes sociais levaram a que o calendário litúrgico fosse elaborado de diferente modo. Assim, certas solenidades de preceito foram suprimidas nalgumas regiões, e umas tantas, inscritas no calendário geral referentes ao mistério do Senhor, foram transferidas para o domingo seguinte, desta forma:
a) A Epifania, para o domingo que ocorre entre o dia 2 e o dia 8 de janeiro inclusive;
b) A Ascensão, para o VII Domingo da Páscoa;
c) A solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue, para o domingo a seguir à Santíssima Trindade. As normas acima não devem ser usadas dentro da diocese de Roma, o vigário geral de sua santidade para a diocese de Roma cuide para que as festas sejam celebradas no dia correto.
Ano litúrgico
141. A celebração do ano litúrgico encerra força peculiar e eficácia sacramental. Através dela, o próprio Cristo, quer nos seus mistérios quer nas memórias dos Santos, e principalmente nas de sua Mãe, continua a sua via de imensa misericórdia, de tal modo que os fiéis de Cristo, não só comemoram e meditam os mistérios da Redenção, mas entram mesmo em contato com eles, comungam neles e por eles vivem.
142. Empenhe-se, pois, o Bispo para que o espírito dos fiéis se dirija, antes de mais, para a celebração das festas do Senhor e dos tempos sagrados do ano litúrgico. E de tal modo o façam, que aquilo que nelas é celebrado e proferido com a boca seja acreditado pela mente, e o que é acreditado pela mente repercuta nos costumes privados e públicos.
143. Além das celebrações litúrgicas que constituem o ano litúrgico, existem em muitas regiões usos populares e exercícios de piedade. Dentro do seu múnus pastoral, o Bispo dê a maior importância àquilo que neles possa contribuir para fomentar a piedade, a devoção e a compreensão dos mistérios de Cristo. E procure que “se harmonizem com a sagrada Liturgia, dela em certo modo derivem, a ela conduzam o povo, pois, por sua natureza, ela lhes é muito superior.
CAPÍTULO I
TEMPO DO ADVENTO E DO NATAL DO SENHOR
145. Esta comemoração é precedida pelo tempo do Advento, o qual reveste dupla característica: tempo de preparação para as solenidades do Natal, nas quais se recorda a primeira vinda do Filho de Deus ao meio dos homens; e simultaneamente tempo em que, com esta recordação, os espíritos se dirigem para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Nesta dupla perspectiva, o tempo do Advento apresenta-se como tempo de devota e jubilosa espera.
146. No tempo do Advento, o órgão e os outros instrumentos musicais devem usar-se, e o altar ornar-se de flores, com aquela moderação que convém ao caráter próprio deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor.
No domingo Gaudete (III do Advento), pode-se usar o cor-de-rosa.
147. Toma a peito o Bispo se festeja com piedade e verdadeiro espírito cristão a solenidade do Natal do Senhor, na qual se celebra o mistério da Encarnação, em que o Verbo de Deus se dignou assumir a nossa humanidade, para nos tornar participantes da sus divindade.
148. Deve-se conservar e fomentar o costume de celebrar a Vigília, como início da solenidade do Natal do Senhor, segundo os usos próprios de cada Igreja.
Por isso, é de toda a conveniência que, na igreja catedral, o próprio Bispo, na medida do possível, presida à Vigília prolongada, segundo as normas dadas acima.
149. Segundo antiquíssima tradição da Igreja de Roma, no dia do Natal do Senhor, pode-se celebrar três vezes a Missa: de noite, à aurora e de dia, respeitando-se o tempo verdadeiro.
150. A antiga solenidade da Epifania do Senhor deve-se contar entre as maiores festas do ano litúrgico, pois celebra, no Menino nascido de Maria, a manifestação daquele que é o Filho de Deus, o Messias dos Judeus e a Luz das Nações.
Quer esse dia se deva guardar como festa de preceito, quer seja transferido para o domingo seguinte, o Bispo terá o cuidado de que esta solenidade se comemore como convém. Portanto:
− poderá haver profusão de luzes;
− se tal for o costume local, após o canto do Evangelho, um dos diáconos, ou algum cônegos ou beneficiado ou outra pessoa revestida de pluvial, subirá ao ambão e daí anunciará ao povo as festas móveis do ano corrente.
− deve-se conservar ou restaurar; segundo o costume local e a tradição, uma apresentação especial de oferenda;
− nas monições e na homilia, pôr-se-á em relevo o pleno sentido deste dia, ilustrado por “três milagres”, adoração do menino pelos Magos, batismo de Cristo e bodas de Caná.
PRIMEIRA FORMA: PROCISSÃO
152. À hora conveniente, promove-se a concentração numa igreja menor ou noutro lugar adequado fora da igreja para a qual se dirige a procissão. Os fiéis têm nas mãos velas apagadas.
153. No lugar mais adequado, o Bispo reveste os paramentos de cor branca requeridos para a Missa. Em vez da casula pode revestir o pluvial, que tirará, finda a procissão. De mitra e báculo, com os ministros e, se for o caso, com os concelebrantes paramentados para a Missa, dirige-se para o lugar da bênção das velas.
Enquanto se acendem as velas, canta-se a antífona: Eis que virá o Senhor, ou outro canto apropriado.
154. Chegando o Bispo ao local da bênção das velas e terminado o canto, depõe a mitra e o báculo e diz, voltado para o povo: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Depois, saúda o povo: A paz esteja convosco, e profere a monição introdutória. Se for conveniente, pode confiar ao diácono ou a um dos concelebrantes esta monição.
Quer esse dia se deva guardar como festa de preceito, quer seja transferido para o domingo seguinte, o Bispo terá o cuidado de que esta solenidade se comemore como convém. Portanto:
− poderá haver profusão de luzes;
− se tal for o costume local, após o canto do Evangelho, um dos diáconos, ou algum cônegos ou beneficiado ou outra pessoa revestida de pluvial, subirá ao ambão e daí anunciará ao povo as festas móveis do ano corrente.
− deve-se conservar ou restaurar; segundo o costume local e a tradição, uma apresentação especial de oferenda;
− nas monições e na homilia, pôr-se-á em relevo o pleno sentido deste dia, ilustrado por “três milagres”, adoração do menino pelos Magos, batismo de Cristo e bodas de Caná.
CAPÍTULO II
FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR
151. Neste dia, os fiéis acorrem ao encontro do Senhor, levando luzes e aclamando com Simeão Aquele que este recolheu como Cristo, “a luz que se vem revelar às nações”.
Exortem-se, portanto, os fiéis a proceder em toda a sua vida como filhos da luz, pois a todos devem levar a luz de Cristo, feitos eles próprios, em suas obras, lâmpadas ardentes. PRIMEIRA FORMA: PROCISSÃO
152. À hora conveniente, promove-se a concentração numa igreja menor ou noutro lugar adequado fora da igreja para a qual se dirige a procissão. Os fiéis têm nas mãos velas apagadas.
153. No lugar mais adequado, o Bispo reveste os paramentos de cor branca requeridos para a Missa. Em vez da casula pode revestir o pluvial, que tirará, finda a procissão. De mitra e báculo, com os ministros e, se for o caso, com os concelebrantes paramentados para a Missa, dirige-se para o lugar da bênção das velas.
Enquanto se acendem as velas, canta-se a antífona: Eis que virá o Senhor, ou outro canto apropriado.
154. Chegando o Bispo ao local da bênção das velas e terminado o canto, depõe a mitra e o báculo e diz, voltado para o povo: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Depois, saúda o povo: A paz esteja convosco, e profere a monição introdutória. Se for conveniente, pode confiar ao diácono ou a um dos concelebrantes esta monição.
155. Após a monição, benze as velas, pronunciando a oração, de mãos estendidas, enquanto o ministro sustenta o livro, e asperge as velas com água benta, sem dizer nada. Recebe novamente a mitra, e impõe e benze o incenso para a procissão. Por fim, recebe do diácono a vela acesa, que leva na procissão.
156. Quando o diácono diz: Vamos em paz, ao encontro do Senhor, inicia-se a procissão em direção à igreja, onde vai ser celebrada a Missa. À frente, o turiferário com o turíbulo fumegante, depois o acólito com a cruz, entre dois acólitos com os castiçais de velas acesas. Segue-se o clero, o diácono com o livro dos Evangelhos, outros diáconos se os houver, os concelebrantes, o ministro com o báculo do Bispo e, atrás deste, o Bispo, de mitra, com a vela na mão; um pouco atrás do Bispo, os dois diáconos assistentes; depois, os ministros do livro e da mitra, e por fim os fiéis. Todos, quer os ministros, quer os fiéis, com velas nas mãos. Durante a procissão, canta-se a antífona Luz para iluminar as nações, com o cântico Nunc dimittis, ou outro canto adequado.
SEGUNDA FORMA: ENTRADA SOLENE
161. Durante este tempo, é proibido ornar o altar com flores, e o toque dos instrumentos musicais só é permitido para sustentar o canto.
Excetuam-se o domingo Laetare (IV da Quaresma), bem como as solenidades e festas. No domingo Laetare, pode-se usar o cor-de-rosa.
162. Na Quarta-feira antes do 1º Domingo da Quaresma, os fiéis que recebem as cinzas iniciam o tempo instituído para a sua purificação. Por este sinal de penitência, que vem já da tradição bíblica e se tem mantido até aos nossos dias nos costumes da Igreja, é significada a condição do homem pecador; confessando exteriormente a sua culpa diante do Senhor, exprime assim a vontade de conversão, confiado em que o Senhor seja benigno e compassivo, para com ele, paciente e cheio de misericórdia.
163. Na Missa deste dia, o Bispo benze e impõe as cinzas na igreja catedral ou em outra igreja mais adequada do ponto de vista pastoral.
164. O Bispo, de mitra simples e de báculo, entra na igreja, acompanhado dos diáconos e dos outros ministros, na forma habitual. Venera e incensa o altar e dirige-se para a cátedra, de onde saúda o povo. Depois, omitido o ato penitencial..
165. Depois do Evangelho e feita a homilia, o Bispo, de pé, e sem mitra, e mãos juntas, convida o povo a orar; e, após breve oração em silêncio, benze as cinzas, que um acólito sustenta diante dele, recitando, de mãos estendidas, a oração do Missal. Depois asperge as cinzas com água benta, sem dizer nada.
166. Terminada a bênção, aquele a quem tal compete, ou um celebrante ou diácono, impõe as cinzas ao Bispo inclinado, dizendo: Convertei-vos e crede do Evangelho, ou: Lembra-te que és pó e ao pó hás de voltar.
156. Quando o diácono diz: Vamos em paz, ao encontro do Senhor, inicia-se a procissão em direção à igreja, onde vai ser celebrada a Missa. À frente, o turiferário com o turíbulo fumegante, depois o acólito com a cruz, entre dois acólitos com os castiçais de velas acesas. Segue-se o clero, o diácono com o livro dos Evangelhos, outros diáconos se os houver, os concelebrantes, o ministro com o báculo do Bispo e, atrás deste, o Bispo, de mitra, com a vela na mão; um pouco atrás do Bispo, os dois diáconos assistentes; depois, os ministros do livro e da mitra, e por fim os fiéis. Todos, quer os ministros, quer os fiéis, com velas nas mãos. Durante a procissão, canta-se a antífona Luz para iluminar as nações, com o cântico Nunc dimittis, ou outro canto adequado.
157. Ao entrar a procissão na igreja, executa-se o canto de entrada da Missa. Chegando ao altar, o Bispo faz-lhe a devida reverência e, se for oportuno, incensa-o. Depois, dirige-se para a cátedra onde depõe o pluvial. se o tiver levado na procissão, reveste a casula e, cantando o hino Glória a Deus nas alturas, diz a coleta, como de costume. E continua a Missa na forma habitual.
Também se pode fazer de outra maneira, se se julgar preferível: O Bispo, chegando ao altar, entrega a vela ao diácono, depõe a mitra e o pluvial, se o tiver usado na procissão, reveste a casula, reverencia o altar e incensa-o. Depois, dirige-se para a cátedra. Aí, omitidos os ritos iniciais da Missa e cantado o hino Glória a Deus nas alturas, recita a coleta, como de costume. Depois, a Missa continua na forma habitual.
SEGUNDA FORMA: ENTRADA SOLENE
158. Se não se puder fazer a procissão, os fiéis reúnem-se na igreja, com as velas na mãos. O Bispo, revestido das vestes sagradas de cor branca, com os ministros e, se os houver, com os concelebrantes paramentados para a Missa, e com uma delegação de fiéis, dirige-se para um lugar conveniente, diante da porta da igreja ou dentro desta, de onde pelo menos a maior parte dos fiéis possa participar convenientemente do rito.
Quando o Bispo chegar ao lugar escolhido para a bênção das velas, acendem-se estas, enquanto se canta a antífona: Eis que virá o Senhor, ou outro canto adequado.
CAPÍTULO III
TEMPO DA QUARESMA
159. A observância anual da Quaresma é tempo favorável pelo qual se sobe ao monte santo da Páscoa. Pela sua dupla característica, o tempo quaresmal prepara os catecúmenos e os fiéis para a celebração do mistério pascal.
Os catecúmenos, pela eleição e escrutínios e também pela catequese, são conduzidos aos sacramentos da iniciação cristã; os fiéis, ouvindo de forma mais intensiva a Palavra de Deus e aplicando-se mais à oração, preparam-se, pela penitência, para renovar as promessas do batismo.
160. Aos fiéis recomende-se participação mais intensa e frutuosa na liturgia quaresmal e nas celebrações penitenciais. Exortem-se principalmente a que, de acordo com a lei e tradições da Igreja, se aproximem-se neste tempo do sacramento da Penitência, para, purificados poderem participar das alegrias do domingo da Ressurreição. Muito convém que, no tempo da Quaresma, o sacramento da Penitência seja celebrado de forma mais solene, como vem descrito no Ritual Romano.
161. Durante este tempo, é proibido ornar o altar com flores, e o toque dos instrumentos musicais só é permitido para sustentar o canto.
Excetuam-se o domingo Laetare (IV da Quaresma), bem como as solenidades e festas. No domingo Laetare, pode-se usar o cor-de-rosa.
CAPÍTULO IV
QUARTA-FEIRA DE CINZAS
162. Na Quarta-feira antes do 1º Domingo da Quaresma, os fiéis que recebem as cinzas iniciam o tempo instituído para a sua purificação. Por este sinal de penitência, que vem já da tradição bíblica e se tem mantido até aos nossos dias nos costumes da Igreja, é significada a condição do homem pecador; confessando exteriormente a sua culpa diante do Senhor, exprime assim a vontade de conversão, confiado em que o Senhor seja benigno e compassivo, para com ele, paciente e cheio de misericórdia.
163. Na Missa deste dia, o Bispo benze e impõe as cinzas na igreja catedral ou em outra igreja mais adequada do ponto de vista pastoral.
164. O Bispo, de mitra simples e de báculo, entra na igreja, acompanhado dos diáconos e dos outros ministros, na forma habitual. Venera e incensa o altar e dirige-se para a cátedra, de onde saúda o povo. Depois, omitido o ato penitencial..
165. Depois do Evangelho e feita a homilia, o Bispo, de pé, e sem mitra, e mãos juntas, convida o povo a orar; e, após breve oração em silêncio, benze as cinzas, que um acólito sustenta diante dele, recitando, de mãos estendidas, a oração do Missal. Depois asperge as cinzas com água benta, sem dizer nada.
166. Terminada a bênção, aquele a quem tal compete, ou um celebrante ou diácono, impõe as cinzas ao Bispo inclinado, dizendo: Convertei-vos e crede do Evangelho, ou: Lembra-te que és pó e ao pó hás de voltar.
167. Em seguida, o Bispo retoma a mitra e, sentado na cátedra ou de pé, impõe as cinzas aos concelebrantes, aos ministros e aos fiéis, ajudado, se for necessário, por alguns dos concelebrantes ou diáconos.
Entrementes, canta-se o salmo: Tende piedade, ó meu Deus, com uma das antífonas; por ex.: Apagai, Senhor, ou o responsório: Peçamos, Senhor, ou ainda outro canto apropriado.
168. Terminada a imposição das cinzas, o Bispo lava as mãos. Segue-se a oração universal, e a Missa prossegue-se como de costume.
CAPÍTULO V
DOMINGO DE RAMOS, NA PAIXÃO DO SENHOR
169. No Domingo de Ramos, da Paixão do Senhor, a Igreja entra no mistério do seu Senhor crucificado, sepulto e ressuscitado, o qual, ao entrar em Jerusalém, preanunciou a sua majestade. Os cristãos levam ramos em sinal do régio triunfo, que, sucumbindo na cruz, Cristo alcançou. De acordo com a palavra do Apóstolo: “Se com ele padecemos, com ele também seremos glorificados”, deve-se, na celebração e catequese deste dia, salientar o duplo aspecto do mistério pascal.
PRIMEIRA FORMA: PROCISSÃO
PRIMEIRA FORMA: PROCISSÃO
170. À hora devida, faz-se a concentração ou “coleta” numa igreja menor ou noutro local apropriado fora da Igreja para onde se dirige a procissão. Os fiéis tenham nas mãos os ramos.
171. No lugar mais conveniente, o Bispo reveste os paramentos de cor vermelha para a Missa. Em vez da casula, pode vestir o pluvial, que tira acabada a procissão. Recebe a mitra e o báculo, e, com os ministros e, se for o caso, com os concelebrantes, revestidos com os paramentos da Missa, dirige-se para o local da bênção dos ramos, ao canto da antífona: Hosana ou outro canto apropriado.
172. Terminado o canto, o Bispo depõe o báculo e a mitra, e, de pé, voltado para o povo, começa: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Saúda o povo dizendo: A paz esteja convosco, e profere monição introdutória, que, se for oportuno, pode confiar ao diácono ou a um dos concelebrantes.
173. Após a monição, o Bispo junta as mãos e recita a oração da bênção dos ramos e asperge-os com água benta, sem dizer nada.
174. Depois da bênção dos ramos e antes da proclamação do Evangelho, pode distribuir os ramos aos concelebrantes, aos ministros e a alguns fiéis. Ele próprio recebe do diácono ou de um dos concelebrantes o ramo que lhe está destinado e entrega-o ao ministro, enquanto distribui os ramos. Enquanto isso, executa-se um canto adequado.
175. Em seguida, o Bispo deita incenso no turíbulo, dá a bênção ao diácono que vai proclamar o Evangelho e recebe o seu ramo, e fica com ele durante a proclamação do Evangelho. Se porventura fizer homilia, entrega o ramo e recebe a mitra e o báculo, a não ser que julgue preferível de outro modo.
176. Antes de se iniciar a procissão, o Bispo ou o diácono pode proferir a monição: Meus irmãos, imitando o povo, nos mesmos termos do Missal Romano, ou noutros termos equivalentes; e inicia-se a procissão em direção à igreja onde vai ser celebrada a Missa. À frente, vai o turiferário com o turíbulo fumegante, a seguir, o acólito com a cruz, ornada com ramos de palmeiras, segundo o costume local, ladeado de outros dois acólitos com velas acesas. Segue-se o clero, o diácono com o livro dos Evangelhos, outros diáconos, se os houver, com o livro da história da Paixão; os concelebrantes, o ministro com o báculo do Bispo e, a seguir, o Bispo, de mitra, segurando o seu ramo; um pouco atrás do Bispo, os dois diáconos assistentes; depois os ministros do livro e da mitra; por fim, os fiéis. Ministros e fiéis vão todos com os seus ramos
a. Enquanto a procissão avança, o clero e o povo executam os cantos indicados no Missal, ou outros adequados.
b. No momento em que a procissão entra na igreja, canta-se o responsório: Ouvindo o povo que Jesus entrava, ou outro canto alusivo ao ingresso do Senhor.
177. Chegado ao altar, o Bispo entrega o ramo ao diácono, depõe a mitra e venera e incensa o altar. Depois, dirige-se para a cátedra, onde tira o pluvial, se dele se serviu na procissão, e reveste a casula. Omitidos os ritos iniciais da Missa e, se for o caso, o bispo, conclui a procissão recitando a coleta da Missa.
Se assim o entender, o Bispo pode tirar o pluvial e vestir a casula à sua chegada ao altar, antes da costumada reverência.
SEGUNDA FORMA: ENTRADA SOLENE
178. Onde a procissão não se puder efetuar fora da igreja, a bênção dos ramos pode-se realizar sob a forma de entrada solene.
a. Os fiéis reúnem-se diante da porta da igreja ou mesmo dentro da igreja, com os ramos nas mãos. O Bispo e os ministros, com uma delegação de fiéis, dirigem-se para um local da igreja, de onde pelo menos a maior parte dos fiéis possa acompanhar o rito.
b. Enquanto o Bispo se dirige para o referido local, canta-se a antífona Hosana, ou outro canto apropriado. Depois, faz-se tudo como se disse nos
HISTÓRIA DA PAIXÃO
179. Começando o canto antes do Evangelho, todos, com exceção do Bispo, se levantam. Não se usa incenso nem velas durante a história da Paixão. Os diáconos que vão ler a história da Paixão pedem e recebem a bênção, como ficou dito acima no n. 140. Em seguida, o Bispo tira a mitra, levanta-se e recebe o báculo: e lê-se a história da Paixão. Omite-se a saudação ao povo e o sinal da cruz sobre o livro.
a. Depois de anunciada a morte do Senhor, todos se ajoelham, e faz-se uma breve pausa. No fim, diz-se: Palavra da salvação, mas não se beija o livro.
b. Terminada a história da Paixão, o Bispo profere breve homilia. No fim, conforme os casos, pode haver um momento de silêncio.
c. E prossegue a Missa como de costume.
CAPÍTULO VI
MISSA CRISMAL
a. Com o santo crisma consagrado pelo Bispo, são ungidos os recém-batizados e são marcados com o sinal da cruz os que vão ser confirmados, são ungidas as mãos dos presbíteros e a cabeça dos Bispos, bem como a igreja e os altares na sua dedicação. Com o óleo dos catecúmenos, estes preparam-se e dispõem-se para o Batismo. Por fim, com o óleo dos enfermos, estes recebem alívio na doença.
b. Para esta Missa se congregam e nela concelebram os presbíteros, uma vez que, na confecção do crisma, são testemunhas e cooperadores do seu Bispo, de cujo múnus sagrado participam, na edificação, santificação e condução do povo de Deus.
c. E deste modo se manifesta claramente a unidade do sacerdócio e do sacrifício de Cristo continuado na Igreja.
d. Para que se exprima o melhor possível esta unidade do presbitério, procure o Bispo que estejam presentes presbíteros concelebrantes vindos das diversas regiões da diocese.
e. Os que, porventura, não concelebrem podem, nesta Missa crisma, comungar sob as duas espécies.
181. A consagração do crisma e a bênção do óleo dos enfermos e do óleo dos catecúmenos deve ser feita habitualmente pelo Bispo na Quinta-feira da Semana Santa, na Missa própria que se deve celebrar de manhã. Se neste dia, for difícil reunir o clero e o povo com o Bispo, pode esta bênção ser antecipada para outro dia, contanto que seja nas proximidades da Páscoa, celebrando-se sempre a Missa própria.
182. Pelo seu significado e importância pastoral na vida da diocese, a Missa crismal deve ser celebrada segundo o rito de Missa estacional na igreja catedral, ou, por motivos pastorais noutra igreja.
183. Segundo o costume tradicional da liturgia latina, a bênção do óleo dos enfermos faz-se antes do fim da Oração eucarística; a bênção do óleo dos catecúmenos e a consagração do crisma, depois da Comunhão. Contudo, por motivos pastorais, é permitido, é permitido realizar todo o ritual da bênção após a liturgia da palavra.
184. Para a bênção dos óleos, além do que é necessário para a celebração da Missa estacional, deve-se preparar o seguinte;
a) Na sacristia ou noutro lugar apropriado:
− os vasos com os óleos;
− os perfumes para a consagração do crisma, se o Bispo quiser fazer ele mesmo a mistura no ato litúrgico;
− o pão, o vinho e a água para a Missa, os quais serão levados, juntamente com os óleos, antes da preparação dos dons.
b) No presbitério:
− o Pontifical Romano;
− a mesa onde se devem colocar os vasos com óleos, a qual se deve dispor de modo que o povo possa ver bem toda a ação sagrada e dela participar;
− o assento para o Bispo, no caso de a bênção se fazer em frente do altar.
DESCRIÇÃO DO RITO
185. A preparação do Bispo, concelebrantes e ministros, a entrada na igreja, e tudo o mais desde o princípio da Missa até ao Evangelho inclusive, desenrola-se como ficou descrito no rito da Missa estacional.
186. Á homilia, o Bispo, de mitra e báculo, sentado na cátedra, salvo se parecer melhor de outra forma, exorta os presbíteros a serem fiéis ao seu múnus e convida-os a renovarem publicamente as suas promessas sacerdotais.
Terminada a homilia, o Bispo interroga os presbíteros, que se mantêm de pé, e recebe deles a renovação das promessas sacerdotais.
187. O Bispo depõe o báculo e a mitra, e levanta-se. Não se recita o símbolo. Pronuncia-se a oração universal, na qual os fiéis são convidados a orar pelos seus pastores, como vem no Missal.
188. Depois, enquanto o Bispo continua sentado na cátedra com a mitra, os diáconos (ou, na falta destes, alguns presbíteros), os ministros designados para levarem os óleos, bem como os fiéis que levam o pão e o vinho com água, dirigem-se em devida ordem à sacristia ou ao lugar onde os óleos e as outras oferendas estão preparados. No regresso ao altar, vão por esta ordem: primeiro, o ministro com o recipiente dos perfumes, caso o Bispo queira fazer pessoalmente a mistura do crisma; a seguir, outros ministros com o vaso do óleo dos catecúmenos, se houver de ser benzido; depois outro ministro com o vaso do óleo dos enfermos. Em último lugar, o óleo destinado ao crisma, é lavado por um diácono ou presbítero. Seguem-se os ministros ou os fiéis que levam o pão, o vinho e a água para a celebração da Eucaristia.
189. Enquanto a procissão avança através da Igreja, o coro canta com a participação do povo o hino: Acolhei, ó Redentor, ou outro canto apropriado, em vez do canto do ofertório.
190. O Bispo recebe as oferendas na cátedra ou em outro lugar mais conveniente. O diácono que leva o vaso para o santo crisma apresenta-o ao Bispo, dizendo em voz alta: Eis o óleo para o Santo crisma. O Bispo recebe-o e entrega-o a um dos diáconos assistentes e este coloca-o sobre a mesa preparada. O mesmo fazem os que levam os vasos do óleo dos enfermos e dos catecúmenos.
a. O primeiro diz: Eis o óleo dos enfermos; e o outro: Eis o óleo dos catecúmenos. O Bispo recebe-os da mesma maneira e os ministros colocam-nos sobre a mesa preparada.
b. Depois, a Missa continua na forma habitual, salvo se todo o rito da bênção se realizar logo a seguir, como se diz adiante.
191. No final da Oração eucarística, antes de o Bispo dizer: Por Ele, não cessais de criar, na I Oração eucarística, ou a doxologia: Por Cristo, com Cristo, nas outras orações eucarística, aquele que trouxe o vaso do óleo dos enfermos leva-o para o altar e sustém-no diante do Bispo, enquanto este benze o óleo dos enfermos, dizendo a oração: Ó Deus, Pai de toda consolação.
Terminada a bênção, o vaso do óleo dos enfermos é novamente levado para o seu lugar e reposto na mesa preparada, e a Missa prossegue até a Comunhão inclusive.
192. Recitada a oração depois da Comunhão, os vasos com o óleo dos catecúmenos que vai ser benzido e o crisma que vai ser consagrado são colocados pelos diáconos sobre a mesa convenientemente disposta no meio do presbitério.
193. O Bispo aproxima-se da mesa, tendo junto de si, de um e de outro lado, os concelebrantes, em forma de coroa, e atrás de si os diáconos e os restantes ministros.
194. Estando todos assim colocados, o Bispo procede à bênção do óleo dos catecúmenos, se houver de ser benzido. De pé, sem mitra, voltado para o povo, de mãos estendidas, diz a oração: Ó Deus. Força e proteção do vosso povo.
195. Depois, se a mistura ainda não tiver sido feita, o Bispo senta-se, recebe a mitra, deita os perfumes no óleo e prepara o crisma, sem dizer nada.
196. Feito isto, de pé, sem mitra, formula o convite: Meus irmãos, roguemos à Deus. Em seguida, se for oportuno, sopra sobre o vaso do crisma.
Depois, de mãos estendidas, recita uma das orações de consagração. Durante esta, e enquanto o Bispo diz: Por isso, nós vos suplicamos, todos os concelebrantes estendem a mão direta para o crisma, sem proferir nada, até ao fim da oração.
CAPÍTULO VIII
SAGRADO TRÍDUO PASCAL
197. “Cristo operou a redenção do homem e a prefeita glorificação de Deus principalmente por meio do seu mistério pascal, com o qual, morrendo, destruiu a nossa morte e, ressuscitando, restaurou a vida. Por este motivo, o sagrado Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor se nos apresenta como o ponto culminante de todo o ano litúrgico. Aquela preeminência que tem na semana o ‘dia do Senhor’ ou domingo, tem-na no ano litúrgico a solenidade da Páscoa”.
198. Atendendo, portanto, à excepcional dignidade destes dias e à suma importância espiritual e pastoral destas solenidades na vida da Igreja, é da maior conveniência que o Bispo presida, na sua igreja catedral, à Missa da Ceia do Senhor, à Ação litúrgica da Sexta-feira da Paixão do Senhor e à Vigília pascal, mormente se nela forem celebrados os sacramentos da Iniciação cristã. Convém, além disso, que o Bispo tome parte, quanto possível, com o clero e o povo, no Ofício das Leituras e nas Laudes da Sexta-feira da Paixão do Senhor e do Sábado Santo, bem como nas Vésperas do Domingo da Páscoa, sobretudo onde houver o costume de celebrar as Vésperas batismais.
CAPÍTULO IX
MISSA DA CEIA DO SENHOR
199. Nesta Missa, que se celebra na tarde da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao sagrado Tríduo pascal e propõe-se comemorar aquela última ceia na qual o Senhor Jesus, na noite em que ia ser entregue, tendo amado até ao fim os seus que estavam no mundo, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies ao pão e do vinho, e os entregou aos Apóstolos para que os tomassem, e lhes mandou, a eles e aos seus sucessores no sacerdócio, que os oferecessem também.
a. Nesta Missa, faz-se, portanto, memória: da instituição da Eucaristia, memorial da Páscoa do Senhor, na qual se perpetua no meio de nós, através dos sinais sacramentais, o sacrifício da nova Lei; da instituição do sacerdócio, pelo qual se perpetua no mundo a missão e o sacrifício de Cristo; e também da caridade com que o Senhor nos amou até à morte. Tudo isto procure o Bispo propô-lo de forma adequada aos fiéis mediante o ministério da palavra, para que eles possam penetrar mais profunda e piedosamente em tão sublimes mistérios e vivê-los mais intensamente na prática da sua vida.
b. Os sacerdotes que houverem concelebrado na Missa crismal podem igualmente concelebrar outra vez na Missa vespertina.
200. Além do que é requerido para a celebração da Missa estacional, deverá preparar o seguinte:
a) em lugar conveniente do presbitério:
− uma píxide com partículas a consagrar para a Comunhão do dia seguinte; − véu de ombros;
− um segundo turíbulo com a respectiva naveta;
− tochas e velas.
b) no lugar onde se faz o lava-pés:
− assentos para os homens designados;
− jarro com água e bacia;
− toalhas para enxugar os pés;
− gremial de linho para o Bispo;
− as coisas necessárias para o Bispo lavar as mãos.
c) na capela onde se guarda o Santíssimo Sacramento:
− sacrário ou cofre para a reposição; − luzes, flores e outros ornamentos adequados.
DESCRIÇÃO DO RITO
201. Preparação, entrada na igreja e liturgia da Palavra cumprem-se como de costume da Missa estacional. Enquanto se canta o hino: Glória a Deus na alturas, tocam-se os sinos, os quais, depois deste toque, ficam silenciosos até à Vigília Pascal, a não ser que a Conferência Episcopal ou o Bispo diocesano, segundo as conveniências, determine outra coisa.
Dentro deste mesmo período, podem-se utilizar o órgão e outros instrumentos musicais, mas só para sustentar o canto.
202. Após a homilia, na qual serão postos em relevo os importantíssimos mistérios que nesta Missa são recordados, ou seja, a instituição da Sagrada Eucaristia e da ordem sacerdotal, bem como o mandamento do Senhor sobre a caridade fraterna, procede-se, onde razões pastorais o aconselharem, ao lava-pés.
Os homens que para isso tenham sido escolhidos são conduzidos pelos ministros para os assentos preparados em lugar adequado. O bispo depõe a mitra e a casula, mas não a dalmática, no caso de a usar, cinge-se, se for conveniente, com um gremial de linho adequado, aproxima-se de cada um dos homens, detalhes água nos pés e enxuga-os, ajudado pelos diáconos. Enquanto isso, cantam-se as antífonas indicadas no Missal, ou outros cantos adequados.
203. Depois do lava-pés, o Bispo volta para a cátedra, lava as mãos e retoma a casula. Como nesta Missa não se recita o símbolo, segue-se imediatamente a oração universal.
204. No início da liturgia eucarística, pode-se organizar uma procissão de fiéis com dádivas destinadas aos pobres. Entrementes, canta-se: Onde o amor e a caridade ou outro canto apropriado.
205. Desde a preparação dos dons até a Comunhão, inclusive, faz-se tudo como na Missa estacional, com os textos próprios da Oração eucarística que vêm no Missal.
206. Terminada a Comunhão dos fiéis deixa-se em cima do altar a píxide com as partículas para a Comunhão do dia seguinte, e reza-se a oração depois da Comunhão.
207. Dita esta, e omitidos os ritos de conclusão, o bispo, de pé diante do altar, impõe incenso no turíbulo e benze-o; e, de joelhos, incensa o Santíssimo Sacramento. Depois recebe o véu de ombros, sobe ao altar, genuflete e, ajudado pelo diácono, recebe a píxide nas mãos, cobertas com as extremidades do véu.
208. Organiza-se a procissão, na qual, através da igreja, é levado o Santíssimo Sacramento até ao lugar de reposição, preparado numa capela. À frente, vai um acólito com a cruz, acompanhado dos acólitos que levam os castiçais com as velas acesas; a seguir, o clero, os diáconos, os concelebrantes, o ministro com o báculo do Bispo, dois turiferários com os turíbulos fumegando, o Bispo com o Santíssimo Sacramento, um pouco atrás os dois diáconos assistentes, depois os ministros do livro e da mitra. Todos levam velas; e, junto do Santíssimo Sacramento, levam-se tochas.
209. Ao chegar ao lugar da reposição, o Bispo entrega a píxide ao diácono. Este depõe-na sobre o altar ou dentro do sacrário, cuja porta deixa aberta. E enquanto se canta: tão sublime sacramento, ou outro canto apropriado, incensa, de joelhos, o Santíssimo Sacramento. Depois, o diácono introduz o Santíssimo no sacrário ou fecha a porta.
210. Após breves momentos de adoração em silêncio, todos se levantam, genufletem e regressam à sacristia, indo o Bispo de mitra e báculo.
211. Em tempo oportuno, desnuda-se o altar e, sendo possível, retiram-se as cruzes da igreja. É conveniente cobrir as cruzes que ficarem na igreja a não ser que já esteja cobertas por decisão da Conferência Episcopal.
212. Exortem-se os fiéis a que façam adoração diante do Santíssimo Sacramento, durante a noite, conforme as circunstâncias e os lugares o permitirem. A partir da meia-noite, porém, esta adoração deve ser feita sem solenidade.
CAPÍTULO X
CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR
213. Neste dia, em que “Cristo nossa Páscoa foi imolado”, torna-se clara realidade o que desde há muito havia sido prenunciado em figura e mistério: a ovelha verdadeira substitui a ovelha figurativa, e mediante um único sacrifício realiza-se plenamente o que a variedade das antigas vítimas significava.
a. Com efeito, “a obra da Redenção dos homens e da perfeita glorificação de Deus, prefigurada pelas suas obras grandiosas no povo da Antiga Aliança, realizou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada Paixão, Ressurreição de entre os mortos e gloriosa Ascensão, ministério este pelo qual morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando restaurou a nossa vida. Foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu o admirável sacramento de toda a Igreja.
b. Ao contemplar Cristo, Senhor e seu Esposo, a Igreja comemora o seu próprio nascimento e a sua missão de estender a todos os povos os salutares efeitos da Paixão de Cristo, efeitos que hoje celebra em ação de graças por dom tão inefável.
214. Pelas três horas da tarde, salvo se razão pastoral leve a escolher outra hora, celebra-se a paixão do Senhor que consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da Cruz e Sagrada Comunhão.
215. O altar deve estar completamente desnudado, sem cruz, sem castiçais, sem toalhas.
216. Para a celebração da Paixão do Senhor, deve-se preparar:
a) na sacristia:
− para o Bispo e diáconos, paramentos de cor vermelha, como para a Missa; o Bispo usará mitra simples, mas não o anel nem o báculo;
− para os restantes ministros, alvas e outras vestes devidamente aprovadas;
b) em lugar apropriado:
− a cruz (coberta com o véu, no caso de se adotar a primeira forma);
− dois castiçais;
c) no presbitério:
− Missal;
− Lecionários;
− toalhas;
− corporais;
− estolas vermelhas para os presbíteros e diáconos que receberem a Comunhão;
d) no lugar em que ficou reposto o Santíssimo Sacramento:
− Lecionários;
− toalhas;
− corporais;
− estolas vermelhas para os presbíteros e diáconos que receberem a Comunhão;
d) no lugar em que ficou reposto o Santíssimo Sacramento:
− véu de ombros, vermelho ou branco, para o diácono;
− dois castiçais para os acólitos.
RITOS INTRODUTÓRIOS
232. Segundo antiquíssima tradição, esta noite deve ser comemorada em honra do Senhor, e a Vigília que nela se celebra, em memória da noite santa em que Cristo ressuscitou, deve considerar-se “a mãe de todas as santas Vigílias”. Pois, nela, a Igreja mantém-se de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, e celebra-a com os sacramentos da Iniciação cristã.
233. Toda a celebração da Vigília Pascal se realiza de noite; mas de maneira a não começar antes do início da noite e a terminar antes da aurora do domingo.
234. Uma vez que a celebração da Vigília Pascal é a maior e a mais nobre de todas as solenidades do ano litúrgico, não deixe o Bispo de a celebrar pessoalmente.
235. A Missa da Vigília é a Missa pascal do Domingo da Ressurreição. Quem celebrar ou concelebrar a Missa da noite pode celebrar ou concelebrar a segunda Missa da Páscoa.
236. Além das coisas necessárias para a celebração da Missa estacional, deve preparar-se:
RITOS INTRODUTÓRIOS
217. O Bispo e os diáconos, revestidos de paramentos vermelhos, como para a Missa, dirigem-se em silêncio para o altar. O Bispo depõe a mitra, faz a devida reverência, prostra-se de rosto por terra, ou, se preferir, ajoelha-se no genuflexório desguarnecido, e ora em silêncio durante algum tempo. O mesmo fazem todos os demais.
218. Depois, o Bispo dirige-se com os diáconos, para a cátedra, onde, voltado para o povo e de mãos estendidas, reza a oração: Ó Deus, pela paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Depois, senta-se e recebe a mitra.
LITURGIA DA PALAVRA
219. Em seguida, estando todos sentados, proclama-se a primeira leitura, do Livro do profeta Isaías, com o respectivo salmo. Segue-se a segunda leitura, da Epístola aos Hebreus.
Começando o canto antes do Evangelho, todos se levantam, exceto o Bispo. Para a leitura da história da Paixão, não se usam incenso nem luzes. Os diáconos que vão ler a história da Paixão pedem a bênção ao Bispo e recebem-na como de costume. O Bispo depõe a mitra e levanta-se. Em seguida, lê-se a história da Paixão segundo São João. Omite-se a saudação ao povo e o sinal da cruz sobre o livro.
a. Depois de anunciada a morte do Senhor, todos se ajoelham, e faz-se pequena pausa. No fim, diz-se: Palavra da salvação, mas não se beija o livro.
b. Terminada a história da Paixão, o Bispo profere breve homilia. No fim, os fiéis podem ser convidados pelo Bispo ou por diácono a orar por breve espaço de tempo.
220. Após a homilia, o Bispo, de pé, sem mitra, junto da cátedra ou, se for mais conveniente, junto do altar, recita de mãos estendidas a oração universal, como vem no Missal, escolhendo, se for necessário, as orações mais apropriadas.
a. As fórmulas invitatórias, que exprimem as intenções desta oração, podem, se for conveniente, ser proferidas pelos diáconos, do ambão.
b. Durante todo o tempo destas orações, os fiéis podem permanecer de joelhos ou de pé.
ADORAÇÃO DA SANTA CRUZ
221. Segue-se a isto a apresentação e adoração da Santa Cruz, adotando uma das formas propostas pelo Missal:
a) Primeira forma de apresentar a Santa Cruz: Enquanto um diácono leva a Cruz velada até ao altar, acompanhada de dois acólitos com velas acesas, o Bispo dirige-se para o altar com os seus diáconos assistentes. Aí, de pé, sem mitra, recebe a Crua e vai descobrindo-a sucessivamente por três vezes, apresentando-a aos fiéis para que a adorem, entoando, cada vez, a fórmula invitatórias: Eis o lenho da cruz (que o diácono pode continuar, ou conforme o caso, o coro). Todos respondem: Vinde, adoremos. Terminado o canto, todos se ajoelham e adoram em silêncio durante uns breve momentos, enquanto o Bispo se mantém de pé, sustentando a Cruz levantada. Em seguida, acompanhado por dois acólitos com velas acesas, o diácono leva a Cruz para a entrada do presbitério, ou para outro lugar adequado, e aí a coloca ou a entrega aos ministros para que a sustentem, depois de colocarem as velas à direita e à esquerda da Cruz.
b) Segunda forma de apresentar a Santa Cruz: Enquanto o Bispo permanece de pé, e sem mitra junto da cátedra, o diácono, acompanhado dos acólitos, dirige-se para a porta da igreja, e aí recebe a Cruz descoberta; os acólitos tomam-se os castiçais com as velas acesas, e organiza-se a procissão pela igreja em direção ao presbitério. Junto à porta, ao meio da igreja e à entrada do presbitério, o diácono eleva a Cruz e canta-se a fórmula invitatória: Eis o lenho da Cruz, e todos respondem: Vinde, adoremos. Depois de cada resposta, permanecendo o Bispo de pé, todos se ajoelham e adoram em silêncio por uns breves momentos. Em seguida, o diácono coloca a Cruz à entrada do presbitério, ou noutro lugar, como ficou dito acima.
222. Para a adoração da Cruz, vai primeiro o Bispo, sem mitra, sem casula e, se lhe parecer bem, sem sapatos, de cabeça descoberta. Ajoelha diante da Cruz, beija-a, e retira-se para a cátedra, retoma o calçado e a casula, e senta-se, sem mitra. Após o Bispo, vão os diáconos, depois o clero e os fiéis. Vão passando em forma de procissão, saúdam a Cruz com a simples genuflexão ou com outro sinal adequado, de acordo com os costumes de cada região, por ex., beijando a Cruz.
Enquanto isso, canta-se a antífona: Adoremos Senhor, vosso madeiro, os Lamentos do Senhor, ou outros cantos apropriados. À medida que adoraram a Cruz todos se sentam nos seus lugares.
223. A Cruz exposta à adoração deve ser uma só. Se os fiéis, por serem muitos, não puderem aproximar-se um a um, o Bispo, depois de uma parte do clero e dos fiéis ter adorado, toma a Cruz, e, no estrado do altar, com breves palavras convida o povo à adoração da Santa Cruz; em seguida, sustenta-a levantada durante algum tempo, e os fiéis adoram-na em silêncio.
SAGRADA COMUNHÃO
224. Terminada a adoração, a Cruz é levada pelo diácono para o seu lugar no altar, enquanto o Bispo volta para a cátedra. Os castiçais acesos colocam-se junto do altar ou perto da Cruz. Estende-se a toalha sobre o altar, e colocam-se o corporal e o Missal.
225. Em seguida o diácono, com o véu de ombros, leva o Santíssimo Sacramento, pelo caminho mais curto, do lugar de reposição para o altar.
a. Acompanham o Santíssimo Sacramento dois acólitos com castiçais acesos, que colocam junto do altar ou sobre ele.
b. Enquanto isso, o Bispo e todos os demais levantam-se e ficam de pé em silêncio.
226. Quando o diácono colocar o Santíssimo Sacramento sobre o altar e descobrir a píxide, o Bispo aproxima-se com os diáconos, genuflete e sobe ao altar. Recita-se a oração dominical com o respectivo embolismo e distribui-se a Comunhão, na forma indicada no Missal.
227. Se o Bispo participar da ação sagrada, mas sem presidi-la, convém que, pelo menos depois da adoração da Cruz, revista, sobre o roquete, a estola e o pluvial de cor vermelha e presida ao rito da Comunhão.
Se nem isto fizer, toma a estola para a Comunhão, e comunga junto ao altar por suas próprias mãos, logo a seguir ao celebrante.
228. Terminada a distribuição da Comunhão, o diácono, com o véu de ombros, leva a píxide para o lugar preparado fora da igreja, ou, se as circunstâncias assim o exigirem, coloca-a no sacrário;
229. Em seguida, o Bispo, observando, se convier, algum tempo de silêncio sagrado, recita a oração depois da Comunhão.
RITO DE CONCLUSÃO
230. Terminada a oração depois da Comunhão, segue-se a despedida: o Bispo, de pé, voltado para o povo, de mãos estendidas sobre ele, reza a oração: Que a vossa bênção.
231. O Bispo genuflete à Cruz, recebe a mitra, e todos se retiram em silêncio. Em tempo oportuno, desnuda-se o altar.
CAPÍTULO XI
VIGÍLIA PASCAL
233. Toda a celebração da Vigília Pascal se realiza de noite; mas de maneira a não começar antes do início da noite e a terminar antes da aurora do domingo.
234. Uma vez que a celebração da Vigília Pascal é a maior e a mais nobre de todas as solenidades do ano litúrgico, não deixe o Bispo de a celebrar pessoalmente.
235. A Missa da Vigília é a Missa pascal do Domingo da Ressurreição. Quem celebrar ou concelebrar a Missa da noite pode celebrar ou concelebrar a segunda Missa da Páscoa.
236. Além das coisas necessárias para a celebração da Missa estacional, deve preparar-se:
a) para a bênção do fogo:
− uma fogueira (num lugar fora da igreja, onde o povo se reúne); − o círio pascal;
− (cinco grãos de incenso; um estilete);
− utensílio adequado para acender a vela com fogo novo;
− lâmpada para alumiar os textos que o Bispo há de recitar;
− velas para os que participam da Vigília;
− utensílio para o turiferário tirar as brasas acesas do fogo novo e deitá-las no turíbulo.
b) para o precônio pascal:
− candelabro para o círio pascal, posto junto do ambão;
− se o candelabro não se puder colocar junto do ambão, uma estante junto do círio, para o diácono, ou o cantor (em caso de necessidade) proclamar o precônio;
c) para a liturgia batismal:
− recipiente com água;
− quando se administram os sacramentos da Iniciação cristã: óleo dos catecúmenos, santo crisma, vela batismal, Ritual Romano.
Apagam-se as luzes da igreja.
BÊNÇÃO DO FOGO E PREPARAÇÃO DO CÍRIO
237. Na sacristia ou noutro lugar adequado, Bispo, concelebrantes e diáconos revestem-se, logo desde o início da Vigília, com os paramentos de cor branca para a Missa.
PROCISSÃO
242. Depois de acender o círio, o Bispo deita incenso no turíbulo, e o diácono recebe do acólito o círio pascal.
PRECÔNIO PASCAL
245. Enquanto o diácono se retira, o Bispo depõe a mitra e levanta-se, para ouvir o Precônio, segurando a vela acesa na mão.
a. Todos se conservam igualmente de pé, com as velas acesas na mão.
b. diácono, depois de incensar o livro e o círio, canta o Precônio pascal, no ambão ou na estante.
LITURGIA DA PALAVRA
251. Depois senta-se e recebe a mitra. Estando todos novamente sentados, o leitor proclama no ambão a leitura do Apóstolo.
252. Terminada a Epístola, conforme as conveniências e os costumes locais, um dos diáconos ou um leitor dirige-se ao Bispo e diz-lhe: Reverendíssimo Pai, eu vos anuncio uma grande alegria: o Aleluia.
a. Após este anúncio, ou, sem ele, imediatamente após a Epístola, todos se levantam. O Bispo, de pé, sem mitra, entoa solenemente o Aleluia, ajudado, se for necessário, por um dos diáconos ou por um dos concelebrantes. Canta-se por três vezes, subindo gradualmente de tom: e o povo repete-o cada vez no mesmo tom.
b. Depois, o salmista ou o cantor recita o salmo, e o povo responde: Aleluia.
253. Em seguida o Bispo senta-se, impõe o incenso e dá a bênção ao diácono do Evangelho, com de costume. Para a proclamação do Evangelho, não se levam luzes acesas.
254. Após o Evangelho, faz-se a homilia. Depois, procede-se à liturgia batismal.
LITURGIA BATISMAL
RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS DO BATISMO
LITURGIA EUCARÍSTICA
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
III. CONFIRMAÇÃO
INTRODUÇÃO
388. “Para apascentar e aumentar continuamente o povo de Deus, o Cristo Senhor instituiu na sua Igreja vários ministérios, tendentes ao bem de todo o Corpo”.
a. Com efeito, “por meio dos seus Apóstolos, Cristo, a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, tornou os Bispos, que são sucessores daqueles, participantes da sua consagração e missão: e estes transmitiram legitimamente na Igreja o múnus do seu ministério em grau diverso e a diversos sujeitos.
b. Assim, o ministério eclesiástico, instituído por Deus, é exercido em ordens diversas, por aqueles que desde a antiguidade são chamados Bispos, Presbíteros e Diáconos”.
c. Os Bispos, revestidos da plenitude do sacramento da Ordem, são os administradores da graça do supremo sacerdócio, e, juntamente com o seu presbitério; governam as Igrejas particulares, que lhes foram confiadas, como vigário e delegados de Cristo.
d. “Os presbíteros, embora não possuam a plenitude do sacerdócio e dependam dos Bispos no exercício do seu poder, estão-lhes, contudo, associados na dignidade sacerdotal e, por força do sacramento da Ordem, são consagrados, à imagem de Cristo sumo e eterno Sacerdote, para pregar o Evangelho, apascentar os fiéis e celebrar o culto divino, como verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento”.
e. “Em grau inferior da hierarquia estão os diáconos, aos quais foram impostas as mãos, não para o sacerdócio, mas para o ministério. Fortalecidos com a graça sacramental, servem ao Povo de Deus, em união com o Bispo e o seu presbitério, no ministério da liturgia, da palavra e da caridade”.
I. ADMISSÃO A CANDIDATO AO DIACONATO E AO PRESBITERATO
III. ORDENAÇÃO DE DIÁCONOS
− uma fogueira (num lugar fora da igreja, onde o povo se reúne); − o círio pascal;
− (cinco grãos de incenso; um estilete);
− utensílio adequado para acender a vela com fogo novo;
− lâmpada para alumiar os textos que o Bispo há de recitar;
− velas para os que participam da Vigília;
− utensílio para o turiferário tirar as brasas acesas do fogo novo e deitá-las no turíbulo.
b) para o precônio pascal:
− candelabro para o círio pascal, posto junto do ambão;
− se o candelabro não se puder colocar junto do ambão, uma estante junto do círio, para o diácono, ou o cantor (em caso de necessidade) proclamar o precônio;
c) para a liturgia batismal:
− recipiente com água;
− quando se administram os sacramentos da Iniciação cristã: óleo dos catecúmenos, santo crisma, vela batismal, Ritual Romano.
Apagam-se as luzes da igreja.
BÊNÇÃO DO FOGO E PREPARAÇÃO DO CÍRIO
237. Na sacristia ou noutro lugar adequado, Bispo, concelebrantes e diáconos revestem-se, logo desde o início da Vigília, com os paramentos de cor branca para a Missa.
238. O Bispo, de mitra e báculo, acompanhado dos concelebrantes, clero e ministros, dirige-se para o local onde o povo está reunidos para a bênção do fogo. À frente dos ministros vai um dos acólitos com o círio pascal. Não se leva a cruz processional nem velas acesas. O turiferário leva o turíbulo sem brasas.
239. O Bispo depõe o báculo e a mitra e, de pé, voltado para o povo, diz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; e saúda o povo acrescentando: A paz esteja convosco. Depois, ele, um diácono ou um dos concelebrantes, dirige-se brevemente ao povo e explica a importância desta celebração, servindo-se das palavras do Missal: Meus irmãos. Nesta noite santa, ou de outras semelhantes.
240. Em seguida, o Bispo benze o fogo, dizendo, com as mãos estendidas, a oração: Ó Deus, que pelo Vosso Filho. Terminada a oração, recebe a mitra e, ajudado pelo diácono acende do fogo novo o círio pascal sem dizer nada. O turiferário põe no turíbulo carvões em brasa de fogo novo.
241. Se, atenta a mentalidade do povo, se considerar oportuno realçar a dignidade e o significado do círio pascal com determinados símbolos, depois de benzido o fogo novo, o acólito leva o círio pascal ao Bispo; e este, de pé e com a mitra, grava com um estilete uma cruz no próprio círio pascal. Depois, grava por cima da cruz a letra grega Alfa e por baixo da mesma a letra Ômega; e, entre os braços da Cruz, os quatro algarismos designativos do ano corrente; enquanto isso, diz: Cristo ontem e hoje. Depois de ter gravado a cruz e os outros símbolos o Bispo pode, também, espetar no círio cinco grãos de incenso em forma de cruz, dizendo: Pelas suas santas chagas. Com o fogo novo acende o círio pascal, dizendo: A luz do Cristo que ressuscita. Podem utilizar-se todos ou só alguns dos elementos atrás referidos, conforme as circunstâncias locais e conveniências de ordem pastoral, podem também as Conferências Episcopais determinar outros elementos mais conformes com a mentalidade dos povos.
PROCISSÃO
242. Depois de acender o círio, o Bispo deita incenso no turíbulo, e o diácono recebe do acólito o círio pascal.
243. Organiza-se a procissão, que entra na igreja. À frente do diácono com o círio pascal, vai o acólito com o turíbulo fumegando. Segue-se o ministro com o báculo, o Bispo com os seus diáconos assistentes, os concelebrantes, o clero, o povo, todos com velas apagadas na mão.
a. À porta da igreja, o diácono pára, e, erguendo o círio, canta: Eis a luz de Cristo! e todos respondem: Graças a Deus! O Bispo acende a sua vela na chama do círio pascal.
b. Depois, o diácono avança até ao meio da igreja, pára e, erguendo o círio, canta segunda vez: Eis a luz de Cristo! e todos respondem: Graças a Deus! Todos acendem as suas velas, passando o lume de uns aos outros.
c. Ao chegar diante do altar, o diácono pára, e, voltando para o povo, canta pela terceira vez: Eis a luz de Cristo! e todos respondem: Graças a Deus! Em seguida, coloca o círio pascal no candelabro preparado no meio do presbitério, ou junto do ambão. E acendem-se as luzes todas da igreja.
PRECÔNIO PASCAL
244. Chegando ao presbitério, o Bispo dirige-se para a cátedra, entrega a vela ao diácono e senta-se com a mitra. Em seguida, impõe, incenso no turíbulo e benze-o como para o Evangelho na Missa.
O diácono aproxima-se do Bispo, pede e recebe a bênção, enquanto o Bispo diz em voz baixa: Que o Senhor esteja em teu coração e em teus lábios, para que possas proclamar dignamente a sua Páscoa. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. O diácono responde: Amém.
245. Enquanto o diácono se retira, o Bispo depõe a mitra e levanta-se, para ouvir o Precônio, segurando a vela acesa na mão.
a. Todos se conservam igualmente de pé, com as velas acesas na mão.
b. diácono, depois de incensar o livro e o círio, canta o Precônio pascal, no ambão ou na estante.
LITURGIA DA PALAVRA
246. Terminado o Precônio pascal, todos apagam as velas e sentam-se. Antes de se iniciarem as leituras, o Bispo, sentado, com a mitra, faz uma breve monição de introdução à liturgia da Palavra, a não ser que prefira confiar este encargo ao diácono ou a um dos concelebrantes. Pode utilizar a monição, que vem no Missal: Meus irmãos, tendo iniciado solenemente esta vigília, ou outra expressa em palavras semelhantes.
247. Nesta Vigília, propõem-se nove leituras: sete do Antigo Testamento e duas do Novo (Epístola e Evangelho). Se as circunstâncias pastorais o pedirem, pode diminuir-se o número de leituras do Antigo Testamento; tendo em conta, porém, que a leitura da Palavra de Deus é parte fundamental desta Vigília Pascal. Dizem-se pelo menos três leituras do Antigo Testamento, e, em casos mais urgentes, pelo menos duas. Mas nunca se omita a leitura do cap. 14 do Êxodo.
248. Estando todos sentados em atitude de escuta, o leitor dirige-se ao ambão e proclama a primeira leitura. Depois, o salmista ou o cantor recita o salmo, e o povo repete o refrão. Em seguida, o Bispo depõe a mitra, levanta-se e, estando todos de pé, diz: Oremos; todos oram em silêncio por um breve espaço de tempo, e o Bispo recita a coleta correspondente à leitura. O mesmo se faz após cada uma das leituras do Antigo Testamento.
249. Após a última leitura do Antigo Testamento, com o seu responsório e respectiva oração, acendem-se as velas ao altar e é entoado solenemente o hino: Glória a Deus nas alturas, que todos continuam, enquanto se tocam os sinos, segundo os costumes locais.
250. Terminado o hino, o Bispo diz, como de costume, a coleta: Ó Deus, que iluminais esta noite santa.
252. Terminada a Epístola, conforme as conveniências e os costumes locais, um dos diáconos ou um leitor dirige-se ao Bispo e diz-lhe: Reverendíssimo Pai, eu vos anuncio uma grande alegria: o Aleluia.
a. Após este anúncio, ou, sem ele, imediatamente após a Epístola, todos se levantam. O Bispo, de pé, sem mitra, entoa solenemente o Aleluia, ajudado, se for necessário, por um dos diáconos ou por um dos concelebrantes. Canta-se por três vezes, subindo gradualmente de tom: e o povo repete-o cada vez no mesmo tom.
b. Depois, o salmista ou o cantor recita o salmo, e o povo responde: Aleluia.
253. Em seguida o Bispo senta-se, impõe o incenso e dá a bênção ao diácono do Evangelho, com de costume. Para a proclamação do Evangelho, não se levam luzes acesas.
254. Após o Evangelho, faz-se a homilia. Depois, procede-se à liturgia batismal.
LITURGIA BATISMAL
255. É de toda a conveniência que, nesta Vigília, o próprio Bispo administre os sacramentos do Batismo e da Confirmação.
256. A liturgia batismal pode efetuar-se junto da pia batismal ou mesmo no presbitério. Onde, por antiga tradição, o batistério estiver localizado fora da igreja, é lá que se tem de ir para a celebração da liturgia batismal.
257. Primeiro, faz-se a chamada dos catecúmenos, que são apresentados pelos padrinhos, ou, se forem crianças, levados pelos pais e padrinhos.
258. Depois, se houver procissão até ao batistério ou até à pia batismal, organiza-se imediatamente. À frente, vai um acólito com o círio pascal, logo atrás dele os catecúmenos com os padrinhos, depois os diáconos, os concelebrantes e o Bispo, este de mitra e báculo. Durante a procissão, canta-se a ladainha. Terminada a ladainha, o bispo depõe o báculo e a mitra e profere a monição: Caros fiéis, apoiemos com as nossas preces.
259. Se a liturgia batismal se realizar no presbitério, o Bispo depõe o báculo e a mitra e faz a monição introdutória: Caros fiéis, apoiemos com as nossas preces. Segue-se a ladainha, entoada por dois cantores à qual respondem, de pé, por ser tempo pascal.
260. Terminada a ladainha, e feita pelo Bispo a monição como ficou dito acima, este, de pé, junto da fonte batismal, sem mitra, com as mãos estendidas, benze a água, dizendo a oração: Ó Deus, pelos sinais visíveis, e, ao proferir as palavras: Nós vos pedimos, ó Pai, pode, se for conveniente, introduzir na água o círio pascal, uma ou três vezes, como vem indicado no missal.
261. Terminada a bênção da água e dita a aclamação pelo povo, o Bispo senta-se e recebe a mitra e o báculo. A seguir, interroga os “eleitos” adultos, para que façam a renúncia segundo o rito da Iniciação Cristã dos Adultos, e os pais ou os padrinhos das crianças, segundo o Rito para Batismo de Crianças.
262. No caso de a unção dos adultos com o óleo dos catecúmenos não ter sido já feita antes, no decurso dos ritos imediatamente preparatórios, faz-se neste momento, segundo o Rito da Iniciação Cristã dos Adultos, se for necessário, com a ajuda dos presbíteros.
263. Em seguida, o Bispo, depois de informado em tempo pelo respectivo padrinho do nome de cada um dos batizados adultos, interroga um por um acerca da fé, conforme o Rito de Iniciação Cristã dos Adultos. Tratando-se de crianças, pede a tríplice profissão de fé a todos os pais e padrinhos ao mesmo tempo, conforme o Rito para Batismo de Crianças.
264. Concluído o interrogatório, o Bispo depõe o báculo, levanta-se e batiza os “eleitos”, ajudado, se for preciso, pelos presbíteros e até pelos diáconos, como vem no Ritual da Iniciação Cristã dos Adultos e no Rito para Batismo de Crianças.
265. Depois, o Bispo senta-se novamente. Após o Batismo, as crianças recebem das mãos dos presbíteros ou diáconos a unção do crisma, sobretudo quando os batizados são mais numerosos, dizendo o Bispo de uma só vez sobre todos os batizados: Pelo Batismo, Deus todo-poderoso. A todos, tanto adultos como crianças, é entregue uma veste branca, ao mesmo tempo que o Bispo diz: N. e N., vós nascestes de novo. Depois, o Bispo ou o diácono recebe o círio pascal da mão do acólito e diz: Aproximai-vos, padrinhos, e acendem-se as velas dos neófitos, enquanto o Bispo diz: Deus tornou-vos luz em Cristo. No caso de crianças, omite-se a entrega da vela e o rito do Effetha, como vem indicado no Rito para Batismo de Crianças.
266. Terminada a ablução batismal e os ritos complementares, se tudo isto não tiver sido feito diante do altar, efetua-se o regresso ao presbitério, em procissão como antes, indo os neófitos e os padrinhos ou os pais com as velas acesas. Durante a procissão, entoa-se um canto batismal, por ex.: Batizados no Cristo.
267. Se forem batizados adultos, o Bispo administra-lhes o sacramento da Confirmação no presbitério, seguindo o que vem indicado no Rito da Iniciação Cristã dos Adultos.
268. Concluído o rito do Batismo e da Confirmação, ou, se não tiver havido nem um nem outro, após a bênção da água, o Bispo, de mitra e báculo, estando de pé voltado para o povo, recebe a renovação das promessas da fé batismal dos fiéis, que se conservem de pé, com as velas acesas na mão.
269. Terminada a renovação das promessas do Batismo, o Bispo, de mitra, asperge o povo com água benta, ajudado, se for preciso, pelos presbíteros, indo através da igreja, se assim convier. Enquanto isso, todos cantam a antífona: Vi a água, ou outro canto de sentido batismal.
a. Neste tempo, os neófitos são conduzidos ao seu lugar entre os fiéis. b. Se a bênção da água tiver sido feita fora do batistério, o diácono e os acólitos conduzem respeitosamente o recipiente com a água à pia batismal. Terminada a aspersão, o Bispo regressa à cátedra, e dali, omitido o Símbolo, de pé, sem mitra, preside à oração universal, da qual os neófitos participam pela primeira vez.
270. Depois começa a liturgia eucarística, que se celebra segundo o rito da Missa estacional.
a. É conveniente que o pão e o vinho sejam levados ao altar pelos neófitos, ou, tratando-se de crianças, pelos pais ou padrinhos.
b. Na Oração eucarística, faz-se menção dos batizados e dos padrinhos, segundo as fórmulas indicadas no Missal e no Ritual para cada uma das Orações.
c. Antes da Comunhão, ou sejam antes do Eis o Cordeiro de Deus, o Bispo pode fazer breve monição aos neófitos acerca da importância de tão grande mistério, ponto culminante da iniciação e centro de toda a vida cristã.
d. Convém que os neófitos recebam a Sagrada Comunhão sob as duas espécies, juntamente com os padrinhos, pais, parentes e catequistas.
e. À fórmula habitual de despedida dos fiéis: Vamos em paz, o diácono acrescenta um duplo Aleluia; e o mesmo fazem os fiéis na resposta.
f. Para dar a bênção no fim da Missa, é conveniente que o Bispo use a fórmula da bênção solene que vem no Missal para a Missa da Vigília Pascal, ou a fórmula da bênção do rito do Batismo dos adultos ou das crianças, conforme as circunstâncias.
CAPÍTULO XII
TEMPO PASCAL
271. Os cinquenta dias que decorrem desde o Domingo da Ressurreição até ao Domingo de Pentecostes, inclusive, são celebrados com alegria e júbilo, como se fora um único dia de festa, mais, como se fora um “grande domingo”.
São dias em que tem particular relevo o canto do Aleluia. Onde for costume, mantenha-se a tradição de celebrar, no dia de Páscoa, as Vésperas batismais e, enquanto se cantam os salmos, vai-se em procissão ao batistério.
272. O círio pascal acende-se em todas as celebrações litúrgicas mais solenes deste tempo, tanto à Missa como em Laudes e Vésperas. Depois do dia de Pentecostes, o círio pascal conserva-se honorificamente no batistério, para se acender na celebração do Batismo e dele se acenderem as velas dos batizados.
Durante o tempo pascal, na administração do Batismo, utiliza-se a água benzida na noite pascal.
273. Os oito primeiros dias do tempo pascal constituem a oitava da Páscoa e celebram-se como solenidades do Senhor.
Na Missa e na Liturgia das Horas, à despedida, acrescenta-se duplo aleluia ao Vamos em paz, com a resposta: Demos graças a Deus, aleluia, aleluia.
274. No quadragésimo dia depois da Páscoa, ou, onde não for de preceito, no VII Domingo da Páscoa, celebra-se a Ascensão do Senhor, solenidade na qual se põe diante dos olhos Cristo que à vista dos discípulos subiu ao Céu, onde está sentado à direita de Deus, revestido de régio poder, a reservar para os homens o reino celeste, e de onde há de vir novamente no fim dos tempos.
275. As férias depois da Ascensão até ao sábado antes do Pentecostes inclusive servem de preparação à vinda do Espírito Santo Paráclito.
Encerra-se finalmente este sagrado tempo de cinquenta dias com o Domingo de Pentecostes, no qual de comemora o dom do Espírito Santo aos Apóstolos, os primórdios da Igreja e o início da missão desta a todas as línguas, povos e nações. Neste dia, o Bispo, por via de regra, deve celebrar a Missa estacional, e presidir à Liturgia das Horas, mormente em Laudes e Vésperas.
CAPÍTULO XIII
TEMPO COMUM
276. Além dos “tempos” que revestem um caráter próprio, sobram trinta e três ou trinta e quatro semanas no círculo do ano em que não se celebra nenhum aspecto peculiar do mistério de Cristo; antes se comemora, na plenitude, esse mesmo mistério de Cristo, de modo especial aos domingos. Este período, designa-se por “tempo comum”.
277. O tempo comum começa no dia da semana que segue a festa do Batismo do Senhor e prolonga-se até a terça-feira antes da Quaresma, inclusive; e recomeça na segunda-feira depois do domingo do Pentecostes e termina com a festa de Cristo Rei do Universo.
278. Devendo o domingo ser considerado como o dia festivo primordial, bem como o núcleo e o fundamento do ano litúrgico, procure o Bispo que, nos domingos do tempo comum, mesmo quando se comemoram dias dedicados a temas especiais, se celebre a liturgia própria do domingo.
CAPÍTULO XIV
SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO
279. É certo que a instituição da Eucaristia é recordada de modo especial na Missa da Ceia do Senhor, quando o Cristo Senhor ceou com os discípulos e lhes entregou o sacramento do Seu Corpo e Sangue, para ser celebrado na Igreja. Mas nesta solenidade, propõe-se à piedade dos fiéis o culto de tão salutar Sacramento, para que celebrem as maravilhas de Deus nele significadas e realizadas mediante o mistério pascal, aprendam a participar do Sacrifício Eucarístico e a viver dele mais intensamente, venerem a presença de Cristo Senhor neste Sacramento, e por estes dons rendam a Deus as devidas ações de graças.
280. Como celebração peculiar desta solenidade, foi introduzida pela piedade da Igreja a procissão. a. Nela, o povo cristão, acompanhando a Eucaristia através das ruas em rito solene, com canto e orações, dá público testemunho de fé e piedade para com este Sacramento.
b. Onde, porém, nesta solenidade, não se puder fazer a procissão, convém organizar outra celebração pública para toda a cidade ou para as zonas principais da mesma, seja na igreja catedral seja noutro local mais apropriado.
281. É conveniente fazer esta procissão logo após a Missa na qual se consagra a hóstia que há de ser levada em procissão. Nada obsta, porém, a que se faça depois de uma adoração pública e prolongada que se siga à Missa.
282. Além do que é requerido para a celebração da Missa estacional, deve preparar-se:
a) no presbitério:
− na patena, uma hóstia a ser consagrada para a procissão;
− ostensório;
− véu de ombros;
− segundo turíbulo com a respectiva naveta.
b) em lugar conveniente:
− pluviais de cor branca ou festiva.
− tochas e velas;
− (pálio).
283. Terminada a comunhão dos fiéis, o diácono depõe sobre o altar o ostensório, no qual introduz respeitosamente a hóstia consagrada. Depois, o Bispo, com os seus diáconos, genuflete e volta para a cátedra, onde recita a oração depois da comunhão.
284. Recitada esta, e omitidos os ritos de conclusão, organiza-se a procissão. Preside o Bispo, revestido da casula, como na Missa, ou do pluvial de cor branca. No caso de a procissão não se seguir imediatamente à Missa, veste o pluvial.
Convém que os cônegos e os presbíteros não concelebrantes revistam o pluvial por cima da sobrepeliz e do hábito talar.
285. O Bispo, depois de impor incenso no turíbulo e o benzer, ajoelha diante do altar e incensa o Santíssimo Sacramento.
a. Depois, recebe o véu de ombros, sobe ao altar, genuflete e, ajudado pelo diácono, toma a custódia, segurando-a com as mãos cobertas com o véu.
b. Organiza-se então a procissão: à frente, vai o acólito com a cruz, ladeado dos acólitos que levam os castiçais com as velas acesas; seguem-se o clero, os diáconos que serviram à Missa, os cônegos e os presbíteros vestidos de pluvial, os presbíteros concelebrantes, os Bispos porventura presentes e revestidos de pluvial, o ministro com o báculo do Bispo, os dois turiferários com os turíbulos fumegando, o Bispo com o Santíssimo Sacramento, um pouco atrás os diáconos assistentes, depois os ministros do livro e da mitra. Vão todos com velas na mão, e aos lados do Santíssimo Sacramento levam-se tochas.
c. Usar-se-á o palio, sob o qual vai o Bispo com o Santíssimo Sacramento, conforme os costumes locais. Se ele mesmo não puder levar o Santíssimo Sacramento, o Bispo acompanha a procissão, devidamente paramentado, de cabeça descoberta, com o báculo, mas sem abençoar, imediatamente antes do sacerdote que leva o Santíssimo Sacramento.
d. Os outros Bispos, que porventura tomem parte na procissão, irão revestidos de hábito coral, atrás do Santíssimo Sacramento.
e. No que respeita à ordem dos fiéis, sigam-se os costumes locais. O mesmo se diga quanto à ornamentação das praças e das ruas.
f. Durante o percurso, se for costume e o bem pastoral o aconselhar, pode-se marcar uma ou outra “estação”, dando-se inclusive a bênção eucarística.
g. Os cânticos e orações que se proferirem deverão orientar-se no sentido de que todos manifestem a sua fé em Cristo e se ocupem unicamente do Senhor.
286. Convém que a procissão se dirija de uma igreja para outra. Contudo, se as circunstâncias locais o aconselharem, pode regressar à mesma igreja de onde partiu.
287. Finda a procissão, dá-se a bênção com o Santíssimo Sacramento, na igreja onde terminou ou noutro local mais conveniente.
a. Os ministros, diáconos e presbíteros, ao entrarem no presbitério, irão diretamente para os seus lugares. Depois de o Bispo ter subido ao altar, o diácono que está à sua direita recebe da mão do próprio Bispo, que está de pé, o ostensório e coloca-se sobre o altar. Depois o Bispo, juntamente com o diácono, genuflete e, tirado o véu, ajoelha-se diante do altar.
b. Logo a seguir o Bispo impõe e benze o incenso, recebe o turíbulo do diácono, faz inclinação com os seus diáconos assistentes, e incensa o Santíssimo Sacramento com três ductos. Inclina-se novamente diante do Santíssimo Sacramento e entrega o turíbulo ao diácono. Enquanto isso, entoa-se a estrofe: Tão sublime, ou outro canto eucarístico.
c. Depois, o Bispo levanta-se e diz: Oremos. Após uma breve pausa de silêncio, e enquanto o ministro, se for necessário, segura o livro diante do Bispo, este prossegue: Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento, ou outra oração do Ritual Romano.
d. Recitada a oração, o Bispo recebe o véu de ombros, sobe ao altar, faz a genuflexão e, ajudado pelo diácono, segura o ostensório, mantendo-o elevado com as mãos cobertas pelo véu, volta-se para o povo e com ele faz o sinal da cruz sem dizer nada.
e. Feito isto, o diácono recebe o ostensório da mão do Bispo e coloca-o sobre o altar. Bispo e diácono genufletem. Depois, enquanto o Bispo continua de joelhos diante do altar, o diácono leva respeitosamente o Santíssimo Sacramento para a capela da reposição.
f. Enquanto isso, o povo profere algumas aclamação apropriada. E faz-se a procissão de volta à sacristia na forma habitual.
CAPÍTULO XVI
COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS
288. A Igreja oferece o Sacrifício eucarístico pelos Defuntos e por eles intercede, não só nas e exéquias e dia aniversário, mas também numa Comemoração anual de todos os seus filhos que adormeceram em Cristo, aos quais procura ajudar diante de Deus com poderosos sufrágios, para que sejam associados aos cidadãos do céu. Deste modo, pela comunhão de todos os membros de Cristo, ao mesmo tempo que implora auxílio espiritual para os defuntos, inspira aos vivos consolação e esperança.
289. Ao celebrar esta Comemoração, procure o Bispo afirmar a esperança na vida eterna, de tal forma, porém, que não dê a ideia de ignorar ou menosprezar o modo de pensar e de agir dos homens da sua diocese no que se refere aos defuntos. Quer se trate, portanto, de tradições familiares, quer de costume locais, tudo quanto de bom encontrar, de boa mente o aprove; o que, porém, de algum modo contrarie o espírito cristão, procure modificá-lo, no sentido de que o culto prestado aos mortos seja a expressão da fé pascal e a manifestação do espírito evangélico.
290. Neste dia, não se ornamenta o altar com flores; e o toque do órgão e de outros instrumentos só é permitido para sustentar o canto.
291. Na Comemoração de todos os fiéis defuntos, onde for costume, neste dia, reunirem-se os fiéis na igreja ou no próprio cemitério, é conveniente que o Bispo celebre a Missa com o povo e tome parte, com a sua Igreja, nos costumeiros sufrágios pelos defuntos.
292. No cemitério ou nas igrejas em que estão sepultados os corpos dos defuntos, ou à entrada de jazigo, ou junto da sepultura dos Bispos, a Missa pode ser seguida da aspersão e incensação dos sepulcros, na forma a seguir descrita.
293. Terminada a Oração depois da comunhão, o Bispo põe a mitra simples. Depois, ele próprio ou o diácono ou algum dos concelebrantes ou outro ministro idôneo faz breve introdução explicando aos fiéis o significado do rito da aspersão pelos defuntos.
294. Enquanto se executa um canto apropriado, tirado do Ritual das Exéquias, o Bispo, de mitra e báculo, aproxima-se das sepulturas dos defuntos e, deposto o báculo, asperge e incensa. Depois, tira a mitra e profere uma oração adequada, das que propõe o Ritual das Exéquias, e faz-se a despedida na forma habitual.
296. O Bispo pode também efetuar este rito fora da Missa, vestido de pluvial roxo e mitra simples. Neste caso, a bênção dos túmulos seguir-se-á à liturgia da Palavra, celebrada na forma prevista no rito das exéquias.
297. O rito da aspersão e incensação dos sepulcros, acima descrito, nunca pode realizar quando não estejam presentes corpos dos defuntos.
V PARTE
OS SACRAMENTOS
CAPÍTULO I
INICIAÇÃO CRISTÃ
INTRODUÇÃO
298. O Bispo, sendo como é o principal dispensador dos mistérios de Deus e ordenador de toda a vida litúrgica na Igreja a ele confiada, é quem regula a administração do Batismo, pelo qual é concedida a participação no sacerdócio real de Cristo, é ele o ministro originário da Confirmação, o autor de toda a iniciação cristã, a qual efetua por si mesmo ou pelos seus presbíteros, diáconos e catequistas.
a. A tradição eclesiástica considerou sempre este encargo pastoral tão próprio do Bispo, que não duvidou afirmar pela boca de Santo Inácio de Antioquia: “Não é lícito batizar sem o Bispo”.
b. De modo especial convém que o Bispo a encarregar-se da Iniciação cristã dos adultos e celebrar as partes principais. Por fim, é muito de desejar que, na solene Vigília pascal, bem como, quanto possível, na visita pastoral, o Bispo administre, tanto aos adultos como às crianças, os sacramentos da Iniciação cristã.
299. Salvo em caso de necessidade, o Bispo não celebre os Sacramentos da Iniciação cristã em capelas ou casas particulares, mas sim, por via de regra, na igreja catedral ou em igrejas paroquiais, de forma que a comunidade cristã passa tomar parte.
Celebração dos sacramentos da Iniciação
300. Além do que é necessário para a celebração da Missa estacional, preparar-se-á: recipiente com água, óleo dos catecúmenos, santo crisma, vela batismal, círio pascal, Ritual Romano, cálice de tamanho suficiente para a Comunhão sob as duas espécies, jarro com água, bacia e toalha para lavar e limpar as mãos.
301. Como a Iniciação cristã dos adultos costuma celebrar-se na noite santa da Vigília pascal, na administração dos sacramentos.
a. A celebração da Iniciação revestirá sempre caráter pascal, mesmo quando se realiza fora da Vigília pascal.
b. Quando suceder no dia em que são permitidas as Missas rituais, pode celebrar-se a missa “No Batismo” com as leituras próprias e paramentos brancos.
c. Caso não se celebre a Missa ritual, pode tomar-se uma das leituras das que traz o Lecionário para a referida Missa.
d. Ocorrendo algum dos dias indicados nos da tabela dos dias litúrgicos, diz-se a Missa do dia com as suas leituras.
302. Omitido o Símbolo, a Missa prossegue como de costume. Enquanto se executa o canto das oferendas, convém que alguns dos neófitos apresentem ao altar o pão, o vinho e a água para a celebração da Eucaristia. Na Oração eucarística, faz-se memória dos batizados e dos padrinhos, segundo a fórmula que vem no Missal.
Convém que os neófitos recebam a sagrada comunhão sob as duas espécies. Podem igualmente recebê-la os pais, os padrinhos, os catequistas e os parentes.
Tempo de mistagogia
303. A fim de estabelecer contato pastoral com os novos membros da sua Igreja, sobretudo quando não lhe tenha sido possível presidir ele próprio aos sacramentos da Iniciação cristã, procure o Bispo reunir os neófitos ao menos uma vez, de preferência num dos domingos da Páscoa ou no aniversário do Batismo, e ele próprio presida à celebração da Eucaristia, na qual os neófitos podem receber a comunhão sob as duas espécies.
Rito simplificado da Iniciação
304. Em casos excepcionais, em que o Bispo tenha de presidir à Iniciação cristã de adulto segundo o Rito simplificado, quer dizer, celebrada de uma só vez, todos os ritos que precedem a bênção da água são feitos por presbíteros. É o Bispo, porém, quem benze a água batismal, dirige as perguntas relativas à renunciação e à profissão de fé, e administra o Batismo e a Confirmação, de acordo com o que ficou descrito para a administração destes sacramentos na Vigília pascal. os outros ritos complementares são executados por presbítero.
II. BATISMO DE CRIANÇAS
305. Para a celebração do Batismo, preparar-se-á:
- uma recipiente com água;
- óleo dos catecúmenos;
- Santo crisma;
- vela batismal;
- círio pascal;
- Ritual Romano;
- e além disso, para o Bispo: mitra, báculo, jarro com água, bacia e toalha para lavar e limpar as mãos.
306. Convém que o Bispo seja assistido ao menos por um presbítero, que normalmente será o pároco, um diácono e alguns ministros.
É o presbítero quem recebe as crianças e executa os ritos que precedem a liturgia da Palavra; diz, depois, a oração de exorcismo e faz a unção pré-batismal, bem como, depois do Batismo, a unção com o crisma, a imposição da veste, a entrega da vela acesa e o rito do Éfeta.
Celebração do batismo dentro da Missa
307. O Bispo, os presbíteros que desejarem concelebrar e os diáconos revestem-se com paramentos brancos ou de cor festiva, requeridos para a Missa. Se for administrada a comunhão sob as duas espécies, preparar-se-á um cálice de tamanho suficiente.
308. Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode-se celebrar a Missa “No Batismo”, com as leituras próprias.
a. Não se celebrando a Missa ritual, pode-se tomar uma das leituras de entre as que vêm no Lecionário para a referida Missa.
b. Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa do dia, com suas leituras.
c. Na bênção final, pode-se usar sempre a fórmula própria do Ritual do Batismo.
309. A entrada na igreja faz-se como de costume. O Bispo, acompanhado dos presbíteros, diáconos e ministros, sem báculo nem mitra, venera o altar, incensa-o, se for oportuno, e dirige-se para a cátedra. Daí, saúda o povo, depois senta-se e recebe a mitra.
310. O pároco, ou outro presbítero, vai com os ministros até à porta da igreja, onde faz os ritos da recepção das crianças, como vem descrito no Ritual do batismo das crianças.
311. Assim que todos estiverem nos seus lugares na igreja, o Bispo depõe a mitra, levanta-se e, omitido o ato penitencial e o Senhor, diz: Glória a Deus nas alturas, segundo as rubricas, e recita a coleta.
312. Segue-se a liturgia da Palavra, com a homilia do Bispo. Omite-se o Símbolo, uma vez que virá depois a profissão de fé, por parte dos pais e padrinhos, profissão esta a que o Bispo dá o seu assentimento, juntamente com toda a comunidade presente.
313. Terminada a oração universal, introduzida pelo Bispo, um presbítero recita a oração do exorcismo e faz a unção pré-batismal, enquanto o Bispo continua de pé na cátedra.
314. Feito isto, o Bispo recebe a mitra e o báculo e faz-se a procissão até ao batistério, se este ficar situado fora da igreja ou longe da vista dos fiéis.
a. No caso, porém, de o recipiente com a água batismal estar colocado à vista da assembleia, o Bispo, os pais e os padrinhos com as crianças dirigem-se para junto dele, enquanto os demais ficam nos seus lugares.
b. Se todos os presentes não couberem no batistério, o Batismo pode celebrar-se noutro lugar mais apropriado da igreja, onde, no momento oportuno, se colocam os pais e os padrinhos.
c. Entretanto, podendo fazer-se com dignidade, executa-se um canto adequado, por ex., o Salmo 22. Na procissão para o batistério, os batizados com os pais e os padrinhos, vão atrás do Bispo.
315. Chegados junto da fonte batismal, ou ao lugar onde se vão realizar os ritos do Batismo, o Bispo faz uma introdução a esta parte da celebração, recordando aos presentes, em breves palavras, o admirável desígnio de Deus, que se dignou santificar, por meio da água, a alma e o corpo do homem.
Em seguida, depõe o báculo e a mitra, e, voltado para a fonte batismal, profere a bênção da água, correspondente ao tempo.
316. Depois senta-se, recebe o báculo e a mitra, e interroga os pais e os padrinhos sobre a renúncia a Satanás e a profissão de fé.
Terminado o interrogatório, depõe o báculo, levanta-se e batiza as crianças. Se estas forem em grande número, os sacerdotes e os diáconos ajudam-no a batizar.
317. A seguir, o Bispo senta-se, com mitra, enquanto o pároco ou outro presbítero faz a unção com o crisma, impõe a veste branca, entrega a vela acesa e, se este se realiza, executa o rito do Éfeta, enquanto o Bispo profere as fórmulas prescritas.
318. Depois disto, se o Batismo não se tiver realizado no próprio presbitério, faz-se a procissão em direção ao altar; batizados, pais e padrinhos seguem o Bispo, com as velas dos batizados acesas.
319. Em seguida, omitido o Símbolo, prossegue a Missa como de costume.
a. Enquanto se executa o canto das oferendas, convém que alguns dos pais e padrinhos dos batizados levem ao altar o pão, o vinho e a água para a celebração da Eucaristia.
b. Na Oração eucarística, faz-se memória dos batizados e dos padrinhos, com a fórmula indicada no Missal.
c. Pais, padrinhos e parentes podem receber a comunhão sob as duas espécies.
320. Para a bênção no fim da Missa convém que o Bispo se sirva de uma das fórmulas indicadas no Rito para Batismo de Crianças.
a. Para isso, as mãos, com os filhos nos braços, e os pais vão colocar-se diante do Bispo.
b. Este, voltado para eles, de pé, com mitra, diz: O Senhor esteja convosco. Um dos diáconos pode dizer a fórmula invitatórias da bênção, e o Bispo, de mãos estendidas sobre o povo, profere as invocações da bênção. Depois recebe o báculo, e diz: Abençoe-vos, e faz o sinal da cruz sobre o povo.
321. Finalmente, o diácono despede o povo, dizendo: Vamos em paz; e todos respondem: Graças a Deus.
Celebração do Batismo fora da Missa
322. O Bispo veste a alva, a cruz peitoral, a estola e o pluvial de cor branca; os presbíteros vestem sobrepeliz sobre o hábito talar, ou alva e estola; o diácono, convém que vista a dalmática.
323. A entrada na igreja faz-se na forma habitual. O Bispo, chegando ao altar, inclina-se e dirige-se para a cátedra, de onde saúda o povo; depois, senta-se.
324. O rito de recepção das crianças à porta é feito por um presbítero, como vem descrito no Rito para Batismo de crianças.
325. Quando todos já estiverem nos seus lugares, procede-se à liturgia da Palavra, com homilia do Bispo. Tudo o mais se faz como acima ficou descrito.
326. Chegados ao altar, o Bispo depõe a mitra, diz a introdução à oração dominical, que depois recita com todos.
327. Em seguida, recebe a mitra e profere a bênção, como se refere acima. E a celebração termina com o cântico: Magnificat ou outro adequado.
328. O ministro ordinário da Confirmação é o Bispo. Este sacramento, por via de regra, é administrado por ele pessoalmente, para uma mais clara referência à primeira efusão do Espírito Santo no dia de Pentecostes, visto que, depois de terem sido repletos do Espírito Santo, os próprios Apóstolos o transmitiram aos fiéis mediante a imposição das mãos. Deste modo, a recepção do Espírito Santo pelo ministério do Bispo significa o vínculo mais estreito que liga os confirmados à Igreja, e bem assim o mandamento recebido de dar testemunho de Cristo perante os homens.
329. Por uma causa grave, como acontece por vezes, devido ao grande número de confirmado, o Bispo pode associar a si presbíteros que administrem este sacramento. Sugere-se que sejam convidados:
Os que na diocese desempenhem múnus ou função especial, como sejam os Vigários gerais, os Vigários episcopais, ou os Vigários forâneos;
330. Para a administração da Confirmação, preparar-se-ão:
- as vestes sagradas necessárias para a celebração, segundo se trate do rito dentro da Missa ou fora da Missa, conforme vem indicado adiante;
- Assentos para os presbíteros que devam ajudar o Bispo;
vaso ou vasos com o sagrado crisma;
- Pontifical Romano;
- as coisas necessárias para lavar as mãos, após a unção dos confirmados;
- no caso da Confirmação dentro da Missa com a comunhão sob as duas espécies, um cálice de tamanho suficiente.
Em princípio, a celebração é feita junto da cátedra. Contudo, se for necessário para melhor participação dos fiéis, prepara-se uma sede para o Bispo à frente do altar ou em lugar mais adequado.
Confirmação dentro da Missa
331. É de toda a conveniência que seja o Bispo a celebrar a Missa. Os presbíteros que o ajudarem a administrar a Confirmação devem concelebrar com ele. Todos, portanto, devem ir revestidos dos paramentos requeridos para a Missa.
Se acaso a Missa for celebrada por outro, convém que o Bispo presida à liturgia da Palavra e dê a bênção no fim da Missa, como se indica acima. Neste caso, o Bispo vai paramentado com a alva, cruz peitoral, estola e pluvial da cor correspondente à Missa, e usa mitra e báculo. Os presbíteros que o ajudarem, vestem sobrepeliz por cima do hábito talar, alva, estola e, eventualmente, pluvial.
332. Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode-se celebrar a Missa “Na Confirmação”, com as leituras próprias, e paramentos vermelhos ou brancos.
a. Não se celebrando a Missa ritual, pode-se tomar uma das leituras das que vêm no Lecionário para a referida Missa.
b. Entrada na igreja, ritos iniciais e liturgia da Palavra até ao Evangelho, como de costume.
333. Proclamado o Evangelho, o Bispo senta-se, com mitra, na cátedra ou na sede para ele preparada. Os presbíteros que o assistem sentam-se junto dele.
a. Os confirmados são apresentados pelo pároco, por outro presbítero, ou por diácono ou mesmo por catequista, conforme o costume de cada região, deste modo: os confirmandos, podendo ser, são chamados um por um pelos seus nomes, e vão-se dirigindo para o presbitério; as crianças são levadas por um dos padrinhos ou pelo pai ou pela mãe; e põem-se todos em frente do Bispo. No caso de os confirmandos serem muito numerosos, não são individualmente chamados; mas dispõem-se em lugar conveniente em frente do Bispo.
b. Então o Bispo profere breve homilia, na qual, comentando as leituras bíblicas, procura levar os confirmandos, seus padrinhos e pais, e toda a assembleia dos fiéis à compreensão mais profundo do mistério da Confirmação, podendo, se quiser, servir-se da alocução que vem no Pontifical.
374. Terminada a homilia, o Bispo senta-se de mitra e báculo, interroga os confirmandos, que continuam todos de pé, pedindo-lhes que renovem as promessas do batismo, e no fim proclama a fé da Igreja à qual toda a assembleia dá o seu assentimento mediante aclamação ou canto apropriado.
375. Em seguida, depõe o báculo e a mitra, levanta-se e (tendo junto de si os presbíteros que a si associou), de mãos juntas e voltado para o povo, diz a monição: Roguemos, caros irmãos, depois da qual todos oram em silêncio por uns momentos.
376. Depois o Bispo senta-se e recebe a mitra. Aproxima-se o diácono com o vaso ou vasos de santo crisma. Se os presbíteros ajudam o Bispo a conferir a unção, todos os vasos do santo crisma são apresentados pelo diácono ao Bispo, que os entrega a cada um dos presbíteros que se aproximam dele.
377. Depois, os candidatos se aproximam do Bispo e dos presbíteros, ou, se for mais conveniente, o Bispo, de mitra e báculo, e os presbíteros vão até junto de cada um dos confirmandos.
Aquele que apresentou o confirmando põe a mão direita sobre o ombro dele e diz ao Bispo o nome do mesmo, ou então pode o confirmando dizer espontaneamente o seu nome.
378. O Bispo (ou presbítero) molha a extremidade do polegar da mão direita no crisma e faz com o mesmo polegar o sinal da cruz na fronte do confirmando, proferindo a fórmula sacramental. E depois de o confirmando responder Amém, acrescenta: A paz esteja contigo, ao que o confirmado responde: Amém. Durante a unção, pode-se entoar um canto apropriado.
379. Terminada a unção, o Bispo (e os presbíteros) lava(m) as mãos.
Em seguida, o Bispo, de pé, sem mitra, profere a monição introdutória à oração universal e recita a oração conclusiva.
380. Omite-se o Símbolo, visto já se ter feito a profissão de fé. E a Missa prossegue como de costume. a. Enquanto se executa o canto das oferendas é bom que alguns dos confirmados levem ao altar o pão, o vinho e a água, para a celebração da Eucaristia.
b. Na prece eucarística, faz-se memória dos confirmados, utilizando a fórmula do Missal.
c. Os confirmados, seus padrinhos, pais, catequistas e parentes podem receber a comunhão sob as duas espécies.
381. Para a bênção no fim da Missa, o Bispo utilizará a bênção solene ou a oração sobre o povo, como vem no Pontifical Romano.
Os recém-confirmados postam-se diante do Bispo. E este, de pé, com mitra, diz: O Senhor esteja convosco. Um dos diáconos pode dizer a fórmula invitatória da bênção, e o Bispo, de mãos estendidas sobre o povo, profere as invocações. Depois, recebe o báculo e diz: Abençoe-vos, e traça o sinal da cruz sobre o povo. O Bispo pode também dar a bênção servindo-se das fórmulas que vêm mais adiante.
382. Depois o diácono despede o povo, dizendo: Vamos em paz; e todos respondem; Demos graças a Deus.
Confirmação fora da Missa
383. O Bispo veste alva, cruz peitoral, estola e pluvial de cor branca e usa a mitra e o báculo. Os presbíteros que a ele se associam vão revestidos de sobrepeliz por cima do hábito talar, ou de alva e estola e, eventualmente, pluvial de cor branca. Os diáconos revestem alva e estola, e os outros ministros, vestes branca, ou outras legitimamente aprovadas.
384. Reunidos os confirmandos, seus pais e padrinhos, bem como toda a comunidade dos fiéis, e enquanto se executa um canto adequado, o Bispo, com os presbíteros, diáconos e restantes ministros, dirigem-se para o presbitério. Feita inclinação ao altar, o Bispo vai para a cátedra, depõe o báculo e a mitra, saúda o povo, e logo em seguida recita a oração: Ó Deus de poder e misericórdia.
385. A celebração da Palavra, a apresentação dos candidatos, a homilia e demais ritos realizam-se como ficou descrito acima.
386. Terminada a oração universal, que o Bispo pode introduzir com uma monição adequada, todos recitam a oração dominical. Depois, o Bispo acrescenta-se a oração: Ó Deus, que deste o Espírito Santo aos apóstolos.
387. A bênção é dada pelo Bispo, no forma acima indicado.
Em seguida, o diácono despede o povo, dizendo: Vamos em paz. E todos respondem: Graças a Deus.
CAPÍTULO II
SACRAMENTO DA ORDEM
INTRODUÇÃO
388. “Para apascentar e aumentar continuamente o povo de Deus, o Cristo Senhor instituiu na sua Igreja vários ministérios, tendentes ao bem de todo o Corpo”.
a. Com efeito, “por meio dos seus Apóstolos, Cristo, a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, tornou os Bispos, que são sucessores daqueles, participantes da sua consagração e missão: e estes transmitiram legitimamente na Igreja o múnus do seu ministério em grau diverso e a diversos sujeitos.
b. Assim, o ministério eclesiástico, instituído por Deus, é exercido em ordens diversas, por aqueles que desde a antiguidade são chamados Bispos, Presbíteros e Diáconos”.
c. Os Bispos, revestidos da plenitude do sacramento da Ordem, são os administradores da graça do supremo sacerdócio, e, juntamente com o seu presbitério; governam as Igrejas particulares, que lhes foram confiadas, como vigário e delegados de Cristo.
d. “Os presbíteros, embora não possuam a plenitude do sacerdócio e dependam dos Bispos no exercício do seu poder, estão-lhes, contudo, associados na dignidade sacerdotal e, por força do sacramento da Ordem, são consagrados, à imagem de Cristo sumo e eterno Sacerdote, para pregar o Evangelho, apascentar os fiéis e celebrar o culto divino, como verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento”.
e. “Em grau inferior da hierarquia estão os diáconos, aos quais foram impostas as mãos, não para o sacerdócio, mas para o ministério. Fortalecidos com a graça sacramental, servem ao Povo de Deus, em união com o Bispo e o seu presbitério, no ministério da liturgia, da palavra e da caridade”.
I. ADMISSÃO A CANDIDATO AO DIACONATO E AO PRESBITERATO
389. O rito da admissão destina-se a que o aspirante ao Diaconato ou ao Presbiterado manifeste publicamente a sua vontade de se dar a Deus e à Igreja, para exercer a Ordem sagrada. A Igreja, aceitando esta doação, escolhe-o e chama-o, a fim de se preparar para receber a sagrada Ordem, passando assim a ser contado legitimamente entre os candidatos ao Diaconato e ao Presbiterado.
Os professos, pertencentes aos Institutos religiosos clericais, aspirantes ao Presbiterado não são obrigados a este rito.
390. O rito da admissão celebrar-se-á quando se verificar que, o propósito dos aspirantes, pressupostos os dotes necessários, atingiu a maturidade suficiente.
É celebrado pelo Bispo ou pelo Superior maior do Instituto religioso clerical, conforme a condição do aspirante.
391. O rito da admissão pode-se fazer em qualquer dia, de preferência nos dias festivos, na igreja ou noutro lugar adequado, seja dentro da Missa, seja numa celebração da Palavra de Deus. Dada, porém, a sua natureza, nunca se deve associar às sagradas Ordens ou à instituição dos leitores ou acólitos.
392. O Bispo terá a assisti-lo um diácono ou um presbítero, incumbido de fazer a chamada dos candidatos, bem com outros ministros presentes.
Se o rito for realizado dentro da Missa, o Bispo reveste os paramentos próprios da celebração eucarística, e usa mitra e báculo. Se for celebrado fora da Missa, pode pôr a cruz peitoral, estola e pluvial da cor devida por cima da alva, ou só a cruz e a estola por cima do roquete e mozeta. Neste caso, não usa mitra nem báculo.
393. Se o rito se celebrar dentro da Missa, pode-se dizer a Missa pelas Vocações às sagradas ordens (Pelas Vocações sacerdotais) com as leituras próprias do rito da admissão, e paramentos brancos.
Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-9 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa do dia.
Não se celebrando a Missa pelas Vocações às sagradas Ordens (pelas Vocações sacerdotais) pode-se tomar uma das leituras de entre as que vêm no Lecionário para o rito da admissão, exceto nos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos.
394. No caso de se fazer somente celebração da Palavra de Deus, esta pode começar com antífona apropriada, seguida, após a saudação do bispo, da coleta da mesma Missa. As leituras tomam-se de entre as que vêm indicadas no Lecionário para este ato.
395. Proclamado o Evangelho, o Bispo, senta-se na cátedra, e, de preferência faz a homilia, concluindo com a alocução que vem no Pontifical ou com outras palavras semelhantes.
396. Depois, o diácono ou presbítero para isso deputado chama os aspirantes pelos seus nomes. Cada um responde: Presente; e vão-se aproximando um por um do Bispo, a quem fazem reverência.
397. O Bispo interroga-os com as palavras do Pontifical, ou outras eventualmente estabelecidas pela Conferência Episcopal. Além disso, se se quiser, pode também o propósito dos candidatos ser aceito mediante algum sinal exterior, determinado pela Conferência Episcopal. O Bispo conclui, dizendo: A Igreja recebe com alegria e todos respondem: Amém.
398. O Bispo depõe o báculo e a mitra, e levanta-se, e todos se levantam ao mesmo tempo. Recita-se o Símbolo, se as rubricas o determinarem. Depois, o Bispo convida os fiéis a orar, dizendo: Caríssimos irmãos, roguemos a Deus. O diácono ou outro ministro idôneo enuncia as intenções da oração, e todos respondem com a respectiva aclamação. Em seguida, o Bispo reza a oração: Ouvi, Senhor ou Fazei, Senhor.
399. Se a admissão se celebra dentro da Missa, esta prossegue como de costume. Se for dentro da celebração da Palavra de Deus, o Bispo saúda e abençoa a assembleia, e o diácono despede-a dizendo: Vamos em paz, ao que todos respondem: Graças a Deus.
400. “Os candidatos ao diaconato, quer permanente quer temporário, e ao Presbiterado devem receber os ministérios de leitor e acólito, salvo se já os tiverem recebido, e exercê-los durante um tempo conveniente, a fim de melhor se prepararem para o futuro ministério da Palavra e do Altar”.
O rito da instituição dos leitores e dos acólitos vem descrito mais adiante.
II. ALGUMAS NORMAS GERAIS
QUANTO AOS RITOS DAS SAGRADAS ORDENAÇÕES
401. A ordenação, tanto dos diáconos como dos presbíteros, mas sobretudo a do Bispo, deve realizar-se com a maior assistência possível de fiéis, em domingo ou dia de festa, salvo se razões de ordem pastoral aconselharem outro dia, por ex., no caso da ordenação dum Bispo, uma festa dos Apóstolos.
401. A Ordenação deve efetuar-se durante uma Missa solene, celebrada segundo o rito da Missa estacional, geralmente na igreja catedral. Por motivos de ordem pastoral, pode celebrar-se noutra igreja ou oratório.
402. A Ordenação far-se-á habitualmente junto da cátedra; mas, se for necessário para facilitar a participação dos fiéis, pode-se fazer à frente do altar ou noutro lugar mais indicado.
Os assentos para os ordenados devem dispor-se de modo que os fiéis possam ver bem o desenrolar da ação litúrgica.
403. Fora dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela de precedência dos dias litúrgicos, e festas dos Apóstolos, a Missa em que se conferem as sagradas Ordens pode ordenar-se do seguinte modo:
a. À entrada e à comunhão, cantam-se as antífonas da Missa ritual “Nas Ordenações”; escolher-se-ão as orações mais apropriadas de entre as Missas e orações que vêm no Missal Romano para as diversas necessidades: pelo Bispo, pelos sacerdotes, pelos ministros da Igreja; as leituras escolher-se-ão de entre as que vêm indicadas no Lecionário para estas celebrações; salvo quando se tenha de dizer outro prefácio mais próprio, no caso da ordenação dos presbítero, pode-se tomar o prefácio da Missa do Crisma.
b. Na Oração eucarística, faz-se memória dos ordenados, com a fórmula que vem no Missal. Quando não se celebre a Missa ritual, pode-se tomar um das leituras do Lecionário, para a referida Missa.
c. Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos, ou uma festa dos Apóstolos, diz-se a Missa do dia, com suas leituras.
III. ORDENAÇÃO DE DIÁCONOS
404. Os ordenandos põem amito, alva e cíngulo. Devem estar também preparadas, para cada um deles, estolas e dalmáticas.
Os paramentos serão da cor da Missa a celebrar, ou de cor branca ou festiva.
405. Além do que acima ficou enumerado e das coisas necessárias para a Missa estacional, preparar-se-á:
a) Pontifical Romano;
- sede para o Bispo, caso a ordenação não se faça na cátedra;
- cálice de tamanho suficiente para a comunhão sob as duas espécies.
406. Estando tudo devidamente preparado, organiza-se a procissão através da igreja em direção ao altar, como de costume. Os ordenandos vão à frente do diácono que leva o livro dos Evangelhos.
Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive, realizam-se como de costume. Após a leitura do Evangelho, o diácono vai de novo colocar respeitosamente o livro dos Evangelhos sobre o altar, onde permanece até ser entregue aos ordenados.
407. Proclamado o Evangelho, começa a ordenação dos diáconos. O Bispo senta-se e recebe a mitra, na cátedra ou na sede para isso preparada.
408. Os ordenandos são chamados pelo diácono, deste modo: Queiram aproximar-se os que serão ordenados Diáconos. E logo a seguir vai dizendo o nome de cada um, e cada um deles, ao ser chamado, responde: Presente; e aproxima-se do Bispo, ao qual faz reverência.
409. Estando todos colocados diante do Bispo, o presbítero, por este designado, apresenta-os na forma indicada no Pontifical. O Bispo conclui: Com o auxílio de Deus, todos respondem: Graças a Deus, ou dão o seu assentimento à eleição por outra forma que houver sido determinada pela Conferência Episcopal.
410. Depois, todos se sentam. O Bispo, de mitra e báculo, se não lhe parecer melhor de outro modo, profere a homilia. Nesta, tomando como ponto de partida o texto das leituras sagradas lidas na Missa, dirige-se ao povo e aos eleitos e fala-lhes sobre o ministério do diácono, o que pode fazer servindo-se das palavras do Pontifical ou por palavras suas.
Se estiverem presentes ordenandos que devam abraçar o sagrado celibato, referir-se-á também à importância e significado do mesmo na Igreja.
411. Terminada a homilia, faz-se a aceitação pública do celibato por parte dos candidatos ao Presbiterado e candidatos solteiros ao Diaconato. Estes, chamados pelo diácono, levantam-se e apresentam-se diante do Bispo, que lhes dirige a respectiva monição, como vem no Pontifical, ou por outras palavras semelhantes.
412. Depois, os eleitos manifestam o seu propósito de abraçar o sagrado celibato, seja com a simples resposta: Quero, à pergunta feita pelo Bispo, seja por outra forma exterior determinado pela Conferência Episcopal.
O Bispo conclui: Que o Senhor vos dê a graça de perseverar no vosso santo propósito; ao que os eleitos respondem: Amém.
413. Aproximam-se depois os restantes eleitos ao Diaconato, não obrigados ao compromisso do sagrado celibato. Estando todos os eleitos de pé diante dele, o Bispo interroga-os em conjunto com as palavras do Pontifical Romano, acrescentando, a seguir à terceira pergunta, a referente à celebração da Liturgia das Horas.
414. Por fim, o Bispo depõe o báculo, e cada um dos eleitos se aproxima-se dele. Ajoelha-se diante dele e coloca as suas mãos juntas entre as mãos do Bispo.
O Bispo pede a cada um a promessa de obediência, segundo a fórmula do Pontifical Romano. Se por acaso, nalguma região, este rito de pôr as mãos juntas entre as mãos do bispo parecer menos conveniente, compete à Conferência Episcopal determinar outro rito.
415. Depois, o Bispo depõe a mitra e levanta-se, e todos se levantam ao mesmo tempo. A seguir, de pé, voltado para o povo, de mãos juntas, dirige ao povo o convite: Roguemos, irmãos. Em seguida o diácono diz: Ajoelhemo-nos.
a. O Bispo ajoelha-se diante da sua sede, enquanto os eleitos se prostram por terra; os restantes ajoelham-se nos seus lugares.
b. Durante o tempo pascal e aos domingos, o diácono não diz: Ajoelhemo-nos; os eleitos prostram-se, mas os restantes ficam de pé.
c. Então os cantores começam a ladainha, na qual se podem acrescentar, na altura própria, alguns nomes de Santos, por ex., do Padroeiro, do Titular da igreja, do Fundador, dos Patronos dos que vão receber a ordenação, ou algumas invocações mais adequadas às circunstâncias. A ladainha faz as vezes de oração universal.
416. Terminada a ladainha, o Bispo levanta-se, só ele; e, de mãos estendidas diz a oração: Senhor Deus, ouvi as nossas súplicas; terminada esta, o diácono acrescenta: Levantai-vos (se antes da ladainha tiver feito o convite para ajoelhar), e todos se levantam.
417. Os eleitos, um por um, aproximam-se do Bispo, que está de pé em frente da sede, com mitra, e ajoelham-se diante dele. O Bispo impõe as mãos sobre a cabeça de cada um deles, sem dizer nada.
418. Feito isto, o Bispo depõe a mitra. Enquanto os eleitos continuam de joelhos diante dele, canta ou recita a oração consecratória, com as mãos estendidas.
419. Terminada a oração consecratória, o Bispo senta-se e recebe a mitra. Os ordenados levantam-se, e alguns diáconos ou presbíteros impõem a cada um a estola à maneira diaconal e revestem-no com a dalmática. Enquanto isso, pode-se cantar o Salmo 83 ou outro canto apropriado. O canto prossegue até que todos os diáconos estejam revestidos da dalmática.
420. Os ordenados, revestidos das vestes diaconais, aproximam-se do Bispo, que faz a cada um, ajoelhado diante de si, a entrega do livro dos Evangelhos, dizendo: Recebe o Evangelho de Cristo.
421. Por fim, o Bispo dá a cada um dos ordenados a saudação da paz, com as palavras: A paz esteja contigo. O ordenado responde: O amor de Cristo nos uniu.
a. Se as circunstâncias o permitirem, os outros diáconos presentes podem expressar, mediante a saudação da paz, que os novos diáconos lhes estão agregados na ordem.
b. Enquanto isso, pode-se cantar o Salmo 145 ou outro canto apropriado.
422. O Símbolo é dito segundo as rubricas. A oração universal, porém, omite-se.
423. A liturgia eucarística celebra-se conforme o Ordinário da Missa. Alguns dos ordenados apresentam ao Bispo os dons para a celebração da Missa; e pelo menos um de entre eles ministra ao Bispo no altar.
424. Na Oração eucarística, faz-se memória dos ordenados com a fórmula indicada no Missal.
425. Os novos diáconos comungam sob as duas espécies. O diácono que ministra ao Bispo apresenta o cálice. Alguns dos novos diáconos ajudam o Bispo a distribuir a comunhão aos fiéis.
Podem também receber a comunhão sob as duas espécies, os pais e parentes dos ordenados. Os ritos de conclusão, são como de costume.
426. Na Missa da sua ordenação, todos os presbíteros concelebram com o Bispo. Muito convém que o Bispo admita também outros presbíteros à concelebração. Neste caso, os presbíteros neste dia ordenados têm a precedência sob os outros presbíteros concelebrantes.
427. Os ordenandos vão revestidos de amito, alva, cíngulo e estola diaconal. Além disso, estarão preparadas, para cada um dos ordenandos, as casulas.
Os paramentos serão da cor da Missa que é celebrada, ou de cor branca ou festiva. 428. Além do que atrás se enumerou e das coisas necessárias para a celebração da Missa estacional, preparar-se-á:
- Pontifical Romano; - estolas para os presbíteros que não concelebram, mas vão impor as mãos sobre os ordenandos;
- gremial;
- santo crisma;
- o necessário para o Bispo e os ordenandos lavarem as mãos;
- sede para o Bispo, se a ordenação não se fizer junto da cátedra;
- cálice de tamanho suficiente para a comunhão dos concelebrantes e dos outros que têm direito a ela.
429. Na procissão da entrada, os ordenandos vão atrás dos outros diáconos, à frente dos presbíteros concelebrantes.
430. Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive são realizados como de costume.
431. Proclamado o Evangelho, começa a ordenação dos presbíteros. O Bispo senta-se na cátedra ou na sede para isso preparada, e recebe a mitra.
432. O diácono faz a chamada dos ordenandos, dizendo: Queiram aproximar-se os que vão ser ordenados Presbíteros. E logo chama cada um pelo seu nome; e estes, à medida que forem sendo chamados, respondem: Presente; e acercam-se do Bispo, a quem fazem reverência.
433. Quando já todos estiverem diante do Bispo, o presbíteros por ele designado apresenta-os na forma indicada no Pontifical. O Bispo conclui: Com o auxílio de Deus; e dizem todos: Graças a Deus, ou expressam o seu assentimento por outra forma estabelecida pela Conferência Episcopal.
434. A seguir, estando todos sentados, o Bispo de mitra e báculo, se não preferir doutro modo, faz a homilia. Nesta, tomando como ponto de partida as leituras sagradas que se leram na Missa, dirige-se ao povo e aos eleitos e fala-lhes do ministério do presbítero, o que pode fazer, servindo-se das palavras do Pontifical Romano ou por palavras suas.
435. Terminada a homilia, os eleitos levantam-se e ficam de pé diante do Bispo. Este interroga-os conjuntamente, na forma prescrita no Pontifical.
436. Em seguida, o Bispo depõe o báculo. Os eleitos, aproximam-se dele um por um, ajoelham e põem as mãos juntas entre as mãos do Bispo.
Bispo pede a cada um a promessa de obediência, segundo a fórmula do Pontifical.
Se por acaso o rito de pôr as mãos juntas entre as mãos do Bispo parecer menos conveniente, compete à Conferência Episcopal determinar outro rito.
437. Depois o Bispo tira a mitra e levanta-se; e todos se põem de pé. O Bispo, voltado para o povo, de mãos juntas, profere o convite: Roguemos, irmãos, a Deus Pai.
a. Em seguida, o diácono diz: Ajoelhemo-nos; e logo o Bispo ajoelha diante da sua sede; os eleitos prostram-se por terra; os demais ajoelham-se nos seus lugares.
b. Durante o tempo pascal e aos domingos, o diácono não diz: Ajoelhemo-nos; os eleitos prostram-se, mas todos os demais ficam de pé.
c. Os cantores começam a ladainha, na qual se podem acrescentar, na devida altura, alguns nomes de Santos, por ex., do Padroeiro, do Titular da igreja, do Fundador, os do Patronos dos que vão ser ordenados, ou algumas invocações mais apropriadas às circunstâncias. A ladainha toma das vezes da oração universal.
438. Terminada a ladainha, o Bispo levanta-se só ele; e de mãos estendidas diz a oração: Ouvi-nos, Deus todo-poderoso. Terminada a qual, o diácono diz: Levantai-vos (se antes da ladainha tiver convidado para ajoelhar), e todos se levantam.
439. Os eleitos, um por um, aproximam-se do Bispo, e ajoelham diante dele. O Bispo, de mitra, impõe as mãos sobre a cabeça de cada um, sem dizer nada.
440. A seguir, os presbíteros concelebrantes e todos os outros presbíteros, desde que revestidos de estola sobre a alva ou sobre o hábito talar com sobrepeliz, impõem as mãos sobre cada um dos eleitos, sem dizer nada. Depois da imposição das mãos, os presbíteros deixam-se estar em volta do Bispo, até ao fim da oração consecratória.
441. O Bispo depõe a mitra, e ajoelhados os eleitos diante dele, canta ou recita de mãos estendidas, a oração consecratória.
442. Terminada a oração consecratória, o Bispo senta-se e recebe a mitra. Os ordenados levantam-se. Os presbíteros presentes voltam para os seus lugares. Alguns deles impõem a cada ordenado a estola à maneira presbiteral, e revestem-lhe a casula.
443. Depois, o Bispo põe o gremial e unge com o santo crisma as palmas das mãos, de cada ordenado, ajoelhado diante dele, dizendo: Nosso Senhor Jesus Cristo. Terminada a unção, o Bispo e os ordenados lavam as mãos.
444. Enquanto os ordenados se revestem da estola e da casula e o Bispo lhes unge as mãos, canta-se o hino: Veni, Creator, (Ó, vinde, Espírito Criador), ou o Salmo 109 com a antífona indicada no Pontifical, ou outro canto apropriado.
O canto prossegue até que todos os ordenados tenham regressado aos seus lugares.
445. Depois os fiéis apresentam o pão sobre a patena, e o cálice, este já com o vinho e água, para a celebração da Missa. O diácono recebe estas oferendas e leva-as ao Bispo. E este entrega-as nas mãos de cada um dos ordenados, ajoelhados diante dele, dizendo: recebe a oferenda.
446. Por fim, o Bispo transmite a cada um dos ordenados a saudação da paz, dizendo: A paz esteja contigo. E o ordenado responde: O amor de Cristo nos uniu.
a. Se as circunstâncias o permitem, o mesmo fazem os outros presbíteros presentes, expressando, pela saudação da paz, que os novos presbíteros lhes estão desde agora agregados na ordem.
b. Enquanto isso, pode-se cantar o Salmo 99, o responsório Sereis meus amigos, ou outro canto apropriado. O canto prossegue até que todos tenham trocados entre si a saudação da paz.
447. Recita-se o Símbolo, segundo as rubricas. Omite-se, porém, a oração universal.
448. A Liturgia eucarística celebra-se segundo o rito da concelebração da Missa, omitida a preparação do cálice.
449. Na Oração eucarística, faz-se memória dos ordenados, segundo a fórmula indicada no Missal.
450. Pais e parentes dos ordenados podem receber a comunhão sob as duas espécies. os ritos de conclusão são como de costume.
V. ORDENAÇÃO DE DIÁCONOS
E PRESBÍTEROS NUMA ÚNICA AÇÃO LITÚRGICA
451. A preparação dos ordenandos e da celebração é feita como atrás ficou descrito.
452. Na procissão da entrada, os ordenandos a diácono vão adiante diácono que leva o livro dos Evangelhos, os ordenandos a presbítero vão atrás dos outros diáconos, adiante dos presbíteros concelebrantes.
453. Os ritos iniciais e a liturgia da palavra, até ao Evangelho inclusive, fazem-se como de costume.
454. Proclamado o Evangelho, começa a ordenação. O Bispo senta-se na cátedra ou na sede preparada para isso, e recebe a mitra.
455. Primeiro, os eleitos ao Diaconato são chamados pelo diácono e apresentados pelo presbítero para isso designado, na forma atrás descrita; e a seguir, os eleitos ao Presbiterado.
456. Depois, estando todos sentados, o Bispo igualmente sentado, de mitra e báculo, salvo se julgar preferível de outro modo, faz a homilia. Partindo do texto das leituras sagradas lidas na Missa, dirige-se ao povo e aos eleitos e fala-lhes sobre os ministérios do diácono e do presbítero. Havendo para ordenar diáconos obrigados a abraçar o sagrado celibato, referir-se-á também à importância e significado do mesmo na Igreja. Pode fazê-lo, servindo-se das palavras do Pontifical ou por palavras suas.
457. Terminada a homilia, os eleitos que hajam de assumir o compromisso do sagrado celibato levantam-se, e, chamados pelo diácono, apresentam-se diante do Bispo. Este dirige-se a eles, com a monição que para isso vem no Pontifical, ou com outras palavras semelhantes.
458. Os eleitos manifestam o seu propósito de abraçar o sagrado celibato seja respondendo: Quero, à pergunta do Bispo, seja por outra forma externa determinada pela Conferência Episcopal.
O Bispo conclui, dizendo: Que o Senhor vos dê a graça de perseverardes no vosso santo propósito, e os eleitos respondem: Amém.
459. Aproximam-se depois os outros eleitos ao Diaconato, não obrigados ao compromisso do sagrado celibato. O Bispo interroga conjuntamente todos os eleitos, que estão de pé, diante dele, com as palavras do Pontifical Romano, acrescentando, depois da terceira pergunta nele indicada, mais outra referente à celebração da Liturgia das Horas.
460. Em seguida, o Bispo depõe o báculo. Os eleitos aproximam-se do Bispo, um por um, e, de joelhos, diante dele, põem as mãos juntas entre as mãos do Bispo.
O Bispo pede a cada um a promessa de obediência, com a fórmula do Pontifical Romano se, por acaso, o rito de pôr as mãos juntas entre as mãos do Bispo parecer menos conveniente, compete à Conferência Episcopal estabelecer outro rito.
461. Feito isto, os ordenandos a diácono afastam-se um pouco. Levantam-se os ordenandos a presbítero e vão-se colocar diante do Bispo. Este interroga-os em conjunto, e cada um se aproxima do Bispo, ajoelha diante dele e, com o mesmo rito, acima descrito, o Bispo pede a um por um a promessa de obediência, servindo-se das fórmulas do Pontifical.
462. Em seguida, o Bispo depõe a mitra e levanta-se; e todos com ele se põem de pé. Diz-se então a ladainha, com a respectiva monição introdutória e oração conclusiva, como acima se indica. Terminada a ladainha, retiram-se os eleitos ao Presbiterato, e procede-se à ordenação dos diáconos.
463. A ordenação dos diáconos realiza-se como ficou descrito acima. A saudação da paz só se dá depois de terminada a ordenação dos presbíteros.
464. Terminada a ordenação dos diáconos, estes voltam para os seus lugares, e aproximam-se os eleitos ao Presbiterado.
a. O Bispo depõe a mitra e levanta-se; e todos com ele se põem de pé. O Bispo de pé, com as mãos juntas, voltado para o povo, profere a monição: Roguemos, irmãos.
b. Em seguida, o diácono diz: Ajoelhemo-nos. Todos se põem de joelhos orando em silêncio durante certo espaço de tempo. Depois, o Bispo levanta-se, só ele. De mãos estendidas, diz a oração: Senhor Deus. Terminada esta, o diácono diz: Levantai-vos, e todos se levantam.
Durante o tempo pascal e aos domingos, não se diz: Ajoelhemo-nos, nem se ajoelha.
465. Segue-se a ordenação dos presbíteros, na forma acima descrita.
466. Depois de o Bispo ter transmitido a saudação da paz aos presbíteros ordenados, transmite-a igualmente aos diáconos. Se as circunstâncias o permitirem, os outros presbíteros presentes podem também significar, mediante a saudação da paz, que os novos presbíteros lhes estão desde agora agregados na ordem.
a. E os diáconos poderão fazer o mesmo aos diáconos recém-ordenados.
b. Enquanto isso, canta-se o Salmo 99 ou o responsório Já não vos chamo servos, ou canto apropriado.
467. Recita-se o Símbolo, segundo as rubricas. Omite-se, porém, a oração universal.
468. A liturgia eucarística celebra-se segundo o rito da celebração, omitida a preparação do cálice. Um dos novos diáconos ministra ao Bispo ao altar.
469. Na Oração eucarística faz-se a memória dos ordenados, segundo a fórmula que vem no Missal.
470. Os novos diáconos comungam sob as duas espécies. O diácono que assiste o Bispo desempenha o ministério do cálice. Alguns dos novos diáconos ajudam o Bispo a distribuir a comunhão aos fiéis.
a. Pais e parentes dos ordenados podem receber a comunhão sob as duas espécies.
b. Os ritos de conclusão são como de costume.
VI. ORDENAÇÃO DO BISPO
471. Muito convém que a ordenação de Bispo se realiza na sua igreja catedral. Neste caso, apresentam-se e leem as Letras Apostólicas e o ordenado senta-se como se dirá adiante.
472. O Bispo sagrante principal deve estar acompanhado pelo menos de mais dois Bispo consagrantes, que juntamente com ele e com o eleito concelebrem a Missa. Mas convém que todos os Bispos presentes ordenem o eleito juntamente com o sagrante principal.
473. É da maior conveniência que todos os Bispos consagrantes e os presbíteros assistentes do eleito concelebrem a Missa juntamente com o sagrante principal e o eleito. Se a ordenação se realizar na igreja própria do eleito, concelebrem também alguns presbíteros do seu presbitério.
Todavia, ter-se-á o cuidado em mostrar claramente a distinção entre Bispos e presbíteros, inclusive pela disposição dos lugares.
474. O eleito é assistido por dois presbíteros.
475. O sagrante principal, bem como os Bispos e presbíteros concebrantes revestem os paramentos respectivos requeridos para a celebração da Missa.
a. O eleito, além dos paramentos sacerdotais, porá a cruz peitoral e a dalmática.
b. Os Bispos consagrantes que não concelebrem vestem a alva, cruz peitoral, estola e, eventualmente, pluvial e mitra. Os presbíteros assistentes do eleito, se não concelebrarem, vestem o pluvial sobre a alva ou a sobrepeliz por cima do hábito talar.
c. Os paramentos serão da cor da Missa celebrada, ou branca ou festiva.
476. Além das coisas necessárias para a celebração da Missa estacional, preparar-se-á:
- o Pontifical Romano;
- livretos com a oração consecratória para os Bispos consagrantes;
- gremial;
- santo crisma;
- anel para o eleito;
- báculo pastoral e mitra para o eleito;
- cálice de tamanho suficiente para a Comunhão dos concelebrantes e dos outros que a ela tenham direito.
477. A bênção do anel, do báculo pastoral e da mitra far-se-á em tempo oportuno, antes da ordenação, como vem no Pontifical.
478. A cátedra para o sagrante principal e os assentos para os Bispos consagrantes, para o eleito e para os presbíteros concelebrantes dispor-se-ão deste modo:
a. Durante a Liturgia da Palavra, o sagrante principal senta-se na cátedra, os Bispos consagrantes, de um e de outro lado da cátedra; o eleito porém, entre os seus presbíteros assistentes, no lugar mais adequado do presbitério;
b. A ordenação do eleito faz-se normalmente na cátedra; mas se for necessário para melhor participação dos fiéis, preparem-se sedes para o sagrante principal e para os Bispos consagrantes à frente do altar ou em outro lugar mais conveniente; as sedes para o eleito e seus presbíteros assistentes dispõem-se de modo que a ação litúrgica possa ser facilmente acompanhada pelos fiéis.
479. Estando tudo devidamente preparado, organiza-se a procissão através da igreja em direção ao altar na forma de costume.
O eleito, entre os dois presbíteros assistentes, segue atrás dos presbíteros concelebrantes, à frente dos Bispos consagrantes.
480. Os ritos iniciais e a Liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive, desenvolvem-se como de costume.
481. Se o Bispo for ordenado na sua igreja catedral, após a saudação ao povo, um dos diáconos ou um dos presbíteros concelebrantes apresenta as letras apostólicas ao Colégio dos consultores, na presença do chanceler da Cúria, o qual exara a respectiva ata. Depois sobe ao ambão e lê as referidas Letras, que todos escutam sentados e no fim proferem a aclamação: Graças a Deus ou outra aclamação adequada.
Nas dioceses recém-criadas, a comunicação das referidas Letras é dirigida ao clero e ao povo reunidos na igreja catedral, e a ata é exarada pelo presbítero mais antigo de entre os presbíteros presentes.
482. Após a leitura do Evangelho, o diácono coloca reverentemente sobre o altar o livro dos Evangelhos, que ficará até ao momento de ser imposto sobre a cabeça do ordenado.
483. Proclamado o Evangelho, dá-se início à ordenação do Bispo. Estando todos de pé, canta-se o hino: Veni, Creator Spiritus, (Ó vinde, Espírito Criador), ou outro hino segundo os costumes locais.
484. Depois, o sagrante principal e os Bispos consagrantes aproximam-se, se for necessário, das sedes preparadas para a ordenação do eleito, e sentam-se de mitra.
O eleito é conduzido pelos presbíteros assistentes à presença do sagrante principal, e faz-lhe a devida reverência. Um dos presbíteros assistentes pede ao sagrante que proceda à ordenação do eleito. O sagrante principal manda ler o Mandato apostólico, que todos escutam sentados e ao qual respondem no fim: Graças a Deus; ou expressam o seu assentimento à eleição por outra forma, segundo os costumes locais.
485. Em seguida, o sagrante principal pronuncia a homilia. Partindo do texto das leituras da Sagrada Escritura lidas na Missa, dirige-se ao clero e ao povo, bem como ao eleito e fala-lhes sobre o ministério do Bispo; o que pode fazer, servindo-se das palavras que vêm no Pontifical Romano ou com palavras suas equivalentes a estas.
486. Terminada a homilia, o eleito levanta-se ele só, e fica de pé diante do sagrante principal. Este faz-lhe as perguntas que vêm no Pontifical, acerca do seu propósito de guardar a fé e de cumprir o seu ministério.
487. Depois os Bispos depõem a mitra e levantam-se, e todos se põem de pé. O sagrante principal, de pé, de mãos juntas, voltado para o povo, convida à oração: Oremos, irmãos.
diácono acrescenta: Ajoelhemo-nos.
a. O sagrante principal e os Bispos consagrantes ajoelham-se diante das suas sedes; o eleito prostra-se por terra; os demais, põem-se também de joelhos.
b. Durante o Tempo Pascal e aos domingos, omite-se o convite: Ajoelhemo-nos; os eleito, no entanto, prostra-se; todos os outros ficam de pé.
c. Os cantores começam a ladainha, na qual se podem intercalar, na devida altura, alguns nomes de Santos, por ex., do Padroeiro, do Titular da igreja, do Fundador, do Patrono do ordenando, ou algumas invocações mais adaptadas às circunstâncias. A ladainha faz as vezes de oração universal.
488.Terminada a ladainha, o sagrante principal levanta-se e, de mãos estendidas diz a oração: Atendei, ó Pai. No fim, o diácono, se antes da ladainha convidou a ajoelhar, diz: Levantai-vos, e todos se levantam.
499. O eleito levanta-se, aproxima-se do sagrante principal e ajoelha diante dele.
a) O sagrante principal recebe a mitra, e a seguir impõe as mãos sobre a cabeça do eleito, sem dizer nada.
b) Em seguida, todos os Bispos se aproximam um por um do eleito e lhe impõem as mãos, sem dizer nada; e ficam ao lado do sagrante principal até ao fim da oração consecratória.
500. O sagrante principal recebe o livro dos Evangelhos de um dos diáconos e coloca-o aberto sobre a cabeça do eleito; de pé, um à direita e outro à esquerda do eleito sustentam o livro dos Evangelhos sobre a cabeça do eleito até ao fim da oração consecratória.
501. O sagrante principal, sem mitra, tendo a seu lado os Bispos consagrantes, também sem mitra, canta-se ou recita, de mãos estendidas a oração consecratória: Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
a. As palavras da oração desde, Enviai agora sobre este eleito até para glória e perene louvor do vosso nome, são proferidas por todos os consagrantes, de mãos juntas.
b. O resto da oração consecratória, até ao fim, é dito só pelo sagrante principal. No fim, todos dizem: Amém.
502. Terminada a oração consecratória, todos se sentam. O sagrante principal e os outros Bispos põem a mitra. Os diáconos retiram o livro dos Evangelhos, que sustentavam sobre a cabeça do ordenado, e um deles segura-o até ser entregue ao ordenado.
503. O sagrante principal põe o gremial, recebe de um dos diáconos o vaso do santo crisma e unge a cabeça do ordenado, ajoelhado diante dele dizendo: Deus, que te fez participar da plenitude do sacerdócio de Cristo. Depois da unção, lava as mãos.
Em seguida, recebe do diácono o livro dos Evangelhos e entrega-o ao ordenado, com as palavras: Recebe o Evangelho. Depois o diácono retoma o livro e coloca-o no seu lugar.
504. O sagrante principal entrega ao ordenado as insígnias pontificais. Primeiro, põe-lhe o anel no dedo anular da mão direita, dizendo: Recebe este anel, símbolo da fé. Em seguida, impõe-lhe a mitra, dizendo: Recebe a mitra e brilhe em ti o esplendor da santidade. Finalmente, entrega-lhe o báculo pastoral, com as palavras: Recebe o báculo, símbolo do serviço pastoral.
Se o ordenado tiver direito ao pálio, o sagrante principal entrega-o antes de lhe impor a mitra, com o rito descrito mais adiante.
505. Todos se levantam. Se a ordenação se efetuar na própria igreja do ordenado, o sagrante principal o conduz até à cátedra e convida-o a sentar-se. Se a ordenação se fizer diante do altar, ele o conduz a outra sede.
Fora da igreja do novo Bispo, o sagrante principal convida-o a sentar-se no primeiro lugar entre os Bispos concelebrantes.
506. Por fim, o ordenado, deixa o báculo, levanta-se e recebe do sagrante principal e de todos os outros Bispos a saudação da paz.
a. Depois da entrega do báculo até ao fim da ordenação, pode cantar-se o Salmo 95 o outro canto apropriado.
b. O canto prossegue até que todos tenham trocado entre si a saudação da paz.
507. Se a ordenação se realizar na igreja do novo Bispo, o sagrante principal pode convidá-lo a presidir, desde aquele momento, à concelebração da liturgia eucarística. Sendo a ordenação feita noutra igreja, é o sagrante principal quem preside à concelebração. Neste caso, o novo Bispo ocupa o primeiro lugar entre os demais concelebrantes.
508. Recita-se o Símbolo, segundo as rubricas; omite-se, porém a oração dos fiéis.
509. Na liturgia eucarística, segue-se em tudo o rito da concelebração da Missa estacional.
a. Na oração eucarística, é feita por um dos Bispos concelebrantes memória do ordenado, segundo a fórmula do Missal.
b. Pais e parentes do ordenado podem receber a Comunhão sob as duas espécies.
510. Terminada a oração depois da comunhão, canta-se o hino A vós, ó Deus, louvamos (Te Deum), ou outro hino semelhante segundo os costumes locais. Enquanto isso, o ordenado recebe a mitra e o báculo e, acompanhado por dois dos consagrantes percorre a igreja, abençoando a todos.
511. No fim do hino, o ordenado, de pé junto do altar, ou da cátedra, se for na própria igreja, pode dirigir umas breves palavras ao povo.
512. Depois, o Bispo que tiver presidido à liturgia eucarística dá a bênção. De pé, com a mitra, voltado para o povo, diz: O Senhor esteja convosco.
Um dos diáconos pode proferir o convite à benção; e o Bispo, de mãos estendidas sobre o povo, diz as invocações da bênção. Em seguida, recebe o báculo e diz: Abençoe-vos, e traça o sinal da cruz sobre o povo. O formulário das invocações é diferente, conforme o que preside for o novo Bispo ou o sagrante principal.
513. Dada a bênção, o diácono despede o povo e faz-se a procissão de regresso à sacristia como de costume.
CAPÍTULO III
SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO
INTRODUÇÃO
514. Lembrando-se de Cristo Senhor, que se dignou assistir às bodas de Caná da Galiléia, o Bispo terá a peito abençoar uma vez por outra o Matrimônio dos seus fiéis, sobretudo dos mais pobres.
E para mais claramente mostrar que esta participação do Bispo não significa acepção de pessoas nem tem sentido de mera solenidade, é toda a conveniência que o Bispo, por via de regra, assista aos matrimônios, não em capelas particulares ou em casa, mas sim na igreja catedral ou nas paróquias, de modo que, a celebração do sacramento revista caráter autenticamente eclesial e a comunidade local nela possa tomar parte.
515. Para esta celebração preparar-se-á tudo o que é requerido para o matrimônio abençoado por um presbítero, e mais a mitra e o báculo.
516. Convém que assista o Bispo pelo menos um presbítero, que em princípio será o pároco, mais pelo menos um diácono com alguns ministros.
I. CELEBRAÇÃO DO MATRIMÔNIO DENTRO DA MISSA
517. Se for o próprio Bispo a celebrar a Missa, reveste os paramentos sagrados requeridos para a mesma Missa, mais a mitra e o báculo. O presbítero, se concelebrar, reveste igualmente os paramentos sagrados para a Missa.
a. No caso de o Bispo presidir à Missa, mas não celebrar, põe sobre a alva a cruz peitoral, a estola e o pluvial de cor branca; e usa mitra e báculo.
b. O diácono vai revestido com os paramentos da sua ordem. Os restantes ministros vão revestidos de alva ou de outra veste para eles devidamente aprovada.
Além das coisas requeridas para a celebração da Missa, preparar-se-á:
- Ritual Romano;
- caldeirinha com água benta e aspersório;
- alianças para os esposos;
- cálice de tamanho suficiente para a comunhão sob as duas espécies.
518. À hora marcada, o pároco ou outro presbítero, de sobrepeliz sobre o hábito talar, ou de alva e estola, e também casula, no caso de ser ele a celebrar a Missa, acompanhado pelos ministros, recebe os noivos, conforme os casos, à porta da igreja ou junto do altar; saúda-os e os conduz aos lugares preparados para eles. O Bispo aproxima-se do altar; faz-lhe a devida reverência, e o pároco ou outro presbítero apresenta-lhe os noivos. Enquanto isso, executa-se o canto de entrada.
519. Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode-se dizer a Missa pelos esposos, com as leituras próprias, e paramentos de cor branca ou festiva.
a. Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-4, da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa do dia, com a bênção dos esposos e, segundo os casos com a fórmula própria da bênção final.
b. No caso de a comunidade paroquial participar na Missa em que é celebrado o Matrimônio, celebra-se a Missa do dia, mesmo nos domingos do tempo do Natal e nos domingos do tempo comum.
c. Não se dizendo a Missa ritual, pode-se tomar uma das leituras de entre as que, no Lecionário, vêm indicadas para esta Missa, salvo se ocorrer algum dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos. Quando a Missa for celebrada no tempo do Advento ou da Quaresma, ou noutros dias de caráter penitencial, deverão advertir-se os noivos a que tenham em conta a natureza peculiar destes tempos litúrgicos.
520. Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra fazem-se como de costume.
521. Proclamando o Evangelho, o Bispo senta-se de mitra e báculo, se não preferir de outra forma, e faz a homilia. Partindo do texto sagrado, expõe o ministério do Matrimônio cristão, a dignidade do amor conjugal, a graça do sacramento e os deveres dos cônjuges.
522. Terminada a homilia, o Bispo, de mitra e báculo, diante dos noivos, interroga-os sobre as suas disposições no respeitante à liberdade, fidelidade, aceitação e educação da prole, e recebe o seu consentimento.
523. Em seguida, depõe o báculo e, se utilizar a fórmula deprecativa, também a mitra, e benze as alianças, que poderá aspergir, e entrega-as aos noivos que as põem no dedo um do outro.
Recita-se o Símbolo, segundo as rubricas e faz-se a oração universal como de costume.
524. Na Oração eucarística, faz-se memória dos esposos, segundo a fórmula que vem no Missal.
525. No fim do Pai-nosso, e omitido o Livrai-nos, o Bispo, no caso de ser ele a celebrar a Eucaristia, se não o presbítero celebrante, de pé, voltado para os esposos, diz, de mãos juntas, a monição Irmãos caríssimos, roguemos a Deus; e todos oram em silêncio durante uns momentos. A seguir, de mãos estendidas, profere uma das fórmulas de bênção sobre os esposos: Ó Deus todo-poderoso.
526. Os esposos, seus pais, testemunhas e parentes podem receber a comunhão sob as duas espécies.
527. No fim da Missa, em lugar da bênção costumada, usa-se uma das fórmulas que vêm no Ritual para esta Missa.
O Bispo recebe a mitra e, estendendo as mãos, saúda o povo, dizendo: Ó Senhor esteja convosco. Um dos diáconos pode proferir o convite à benção; e o Bispo, de mãos estendidas sobre o povo, recita as invocações. Em seguida, recebe o báculo e diz: E a todos vós e traça o sinal da cruz sobre o povo.
II. CELEBRAÇÃO DO MATRIMÔNIO SEM MISSA
528. O Bispo vai paramentado como quando preside à missa sem a celebrar. O presbítero veste a sobrepeliz sobre o hábito talar ou alva e estola; o diácono, as vestes da sua ordem.
529. A entrada dos noivos e do Bispo na igreja faz-se como se disse acima, enquanto se executa o canto de entrada.
530. Terminado o canto, o Bispo saúda os presentes e recita a coleta da Missa pelos noivos. Segue-se a liturgia da Palavra, como na Missa.
531. As perguntas referentes à liberdade, bem como a aceitação do consentimento e entrega das alianças fazem-se como ficou dito acima.
532. Segue-se a oração universal. Terminadas as invocações e omitida a oração conclusiva, o Bispo de mãos estendidas, recita a bênção nupcial segundo uma das fórmulas que vêm no Ritual para esta bênção dentro da Missa.
a. E logo a seguir recita-se a oração dominical.
b. No caso de se distribuir a comunhão dentro do rito, o diácono vai buscar a píxide com o Corpo do Senhor; depõe-na sobre o altar e genuflete ao mesmo tempo que o Bispo. Em seguida, o Bispo introduz à oração dominical e todos a recitam.
c. Feito isto, genuflete, toma uma partícula, e com ele um pouco elevada sobre a píxide, voltado para os que vão comungar, diz: Felizes os convidados.
d. A comunhão é distribuída como na Missa.
e. Distribuída a comunhão, pode-se, conforme os casos, guardar um momento de silêncio sagrado, ou cantar um salmo ou um canto de louvor. Depois diz-se a oração: Tendo participado da vossa mesa, como no Ritual, ou outra oração apropriada.
533.Para terminar, o Bispo dá a bênção final, como acima. O diácono despede os presentes, dizendo: Vamos em paz. Todos respondem: Graças a Deus, e retiram-se.
CAPÍTULO IV
SACRAMENTO DA PENITÊNCIA
INTRODUÇÃO
534. O mistério da reconciliação realizado por Cristo com a sua morte e ressurreição é atualizado pela Igreja. Comunicando pela paciência nos sofrimentos de Cristo, ela vai-se convertendo de dia para dia segundo o espírito do Evangelho de Cristo, pelo exercício das obras de misericórdia e de caridade, tornando-se deste modo, no meio do mundo, sinal de conversão a Deus. É isto o que a Igreja exprime na sua vida e celebra na liturgia, na qual os fiéis se confessam pecadores e imploram o perdão de Deus e dos irmãos; é o que se faz nas celebrações penitenciais, na proclamação da Palavra de Deus, na oração, nos elementos penitenciais da celebração eucarística.
a. No sacramento da Penitência, os fiéis “obtêm da misericórdia de Deus o perdão da ofensa a ele feita, ao mesmo tempo que se reconciliam com a Igreja que haviam ferido com o seu pecado, a qual, pela caridade, exemplo e oração, trabalha pela sua conversão”.
b. A Igreja exerce o ministério do sacramento da Penitência através dos Bispos e presbíteros, os quais, mediante a pregação da Palavra de Deus, chamam os fiéis à conversão e, em nome de Cristo e pelo poder do Espírito Santo, lhes testificam e concedem a remissão dos pecados.
c. No exercício deste ministério, os presbíteros agem em comunhão com o Bispo e participam do seu poder e do seu múnus, dado ser ele o moderador da disciplina penitencial.
d. Por isso, é de toda a conveniência que o próprio Bispo tome parte no ministério da Penitência, pelo menos quando celebrada em forma mais solene, principalmente no tempo da Quaresma ou por ocasião da visita pastoral, bem como outras circunstâncias especiais da vida do povo de Deus.
CAPÍTULO V
SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS
535. Refere o evangelista São Marcos que os Apóstolos enviados por Cristo ungiam com óleo os enfermos. Nem é de admirar, pois, segundo a tradição bíblica e cristã, “a unção com óleo significa a misericórdia de Deus, remédio da doença, iluminação da mente”.
Ainda que os Bispos, sucessores dos Apóstolos, “impedidos por múltiplas ocupações, não possam ir ao encontro de todos os doentes”, como observa o papa santo Inocêncio I, continuam a desempenhar este ministério por meio dos presbíteros, que, segundo a tradição da Igreja latina, se servem para a unção dos enfermos do óleo que, fora do caso de necessidade, é benzido pelo Bispo.
536. Porém, quando a Unção é celebrada em grandes concentrações de fiéis, como é o caso das peregrinações e outros ajuntamentos de enfermos da diocese, da cidade, ou de alguma piedosa associação, tanto quanto lhe seja possível, convém que o Bispo presida ao rito. É este rito que a seguir se descreve.
537. Para se conseguir verdadeira eficácia pastoral desta celebração, é necessária se faça devida preparação prévia, quer dos doentes que hão de receber a Santa Unção, quer dos outros doentes eventualmente presentes, quer dos próprios fiéis que gozam de saúde.
Tenham-se também o cuidado de promover a plena participação dos presentes, preparando sobretudo os cantos oportunos, com os quais se estimule a comunhão dos fiéis, se fomente a oração comum e se manifeste a alegria pascal que deve transparecer em todo este rito.
538. Se os doentes que vão receber a Santa Unção forem muito numerosos, o Bispo pode designar alguns presbíteros que com ele tomem parte na celebração do sacramento.
Se a Unção é conferida dentro da Missa, convém que estes presbíteros concelebrem com o Bispo. Convém ainda que assista pelo menos um diácono e mais alguns ministros.
I. CELEBRAÇÃO DA SANTA UNÇÃO DENTRO DA MISSA
539. Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode-se dizer a Missa “Pelos doentes”, com as leituras próprias do rito da Unção e paramentos de cor branca.
a. Não se dizendo a Missa ritual, pode-se escolher uma das leituras de entre as que vêm no Lecionário para o Rito da Unção.
b. Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa do dia, com as respectivas leituras.
Na bênção final, usa-se a fórmula própria do rito da Unção.
540. Coisas a preparar:
- Ritual Romano;
- Vasos com óleo dos enfermos;
- as coisas necessárias para lavar as mãos;
- cálice de tamanho suficiente para a comunhão sob as duas espécies.
541. Bispos e presbíteros revestem os paramentos requeridos para a celebração da Missa. O diácono vai paramentado com as vestes sagradas da sua ordem; os restantes ministros, de alva ou de outra veste para eles aprovada.
Os presbíteros que não concelebrem com o Bispo, vestem a sobrepeliz por cima do hábito talar ou alva e estola.
542. Os doentes são acolhidos por aqueles que para isso foram designados, e instalados nos respectivos lugares, antes da entrada do Bispo.
543. Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra fazem-se como de costume. Após o Evangelho, o Bispo sentado da cátedra, de mitra e báculo, se não lhe parecer melhor de outra maneira, faz a homilia. Servindo-se do texto das leituras, explica o significado da doença humana na história da salvação e a graça do sacramento da Unção.
544. A celebração da Unção dos enfermos começa depois da homilia. E pode-se realizar de duas maneiras, assim esquematizadas:
A B
− Ladainha − Imposição das mãos
− Imposição das mãos − Bênção do óleo
− Bênção do óleo − Unção
− Unção − Ladainha, seguida da
− Oração conclusiva. oração eucarística
545. Depois da homilia, o Bispo depõe a mitra, levanta-se e profere a introdução à ladainha indicada no Ritual, no caso de se recitar nesta altura. A seguir, ele e todos os presbíteros que irão administrar a Santa Unção impõem cada um as mãos sobre alguns dos doentes, sem dizer nada.
546. Nesta celebração, pode o Bispo benzer o óleo para a Unção, o que fará logo a seguir à imposição das mãos, recitando a oração Ó Deus, Pai de toda consolação.
No caso de se utilizar óleo já abençoado diz a oração de ação de graças sobre o óleo: Bendito sejais, ó Deus.
547. Depois o Bispo senta-se e recebe a mitra. O diácono apresenta-lhe o vaso ou vasos com óleo bento, e o Bispo entrega-os aos presbíteros que o vão ajudar a administrar a Santa Unção.
O Bispo e os presbíteros aproximam-se de cada doente e ungem um por um na fronte e nas mãos, pronunciando uma só vez para cada um deles a fórmula: Por esta santa unção.
548. Enquanto se vai fazendo a Unção dos doentes, e depois de os presentes terem ouvido a fórmula uma vez pelo menos, pode-se executar algum canto.
549. Terminadas as unções, o Bispo volta para a cátedra e os presbíteros para as suas cadeiras, e lavam as mãos.
550. Depois, o Bispo, de pé, sem mitra, de mãos estendidas, diz a oração conclusiva do rito da Unção, escolhendo o formulário mais apropriado de entre os que vêm no Ritual. No caso de a ladainha não se ter recitado antes, o Bispo, depois de lavar as mãos, recita a introdução e a oração conclusiva.
Em seguida, a Missa continua como de costume, com a preparação das oferendas. Os doentes e as pessoas presentes podem comungar sob as duas espécies.
551. No fim da Missa, em vez da bênção habitual, o Bispo pode utilizar a fórmula solene indicada no Ritual. Neste caso, recebe a mitra e saúda o povo, com as palavras: O Senhor esteja convosco. Um diácono pode recitar a fórmula introdutória à bênção, e o Bispo, de mãos estendidas sobre o povo, profere as invocações da bênção. Depois, recebe o báculo e diz: Abençoe-vos, traçando o sinal da cruz sobre o povo.
II. CELEBRAÇÃO DA SANTA UNÇÃO FORA DA MISSA
552. O Bispo veste a alva, a cruz peitoral, a estola e o pluvial de cor branca, e recebe a mitra e o báculo. Os presbíteros que porventura a ele se associem põem a sobrepeliz sobre hábito talar ou a alva e estola. O diácono reveste os paramentos que lhe pertencem.
553. Os doentes são recebidos pelas pessoas para tal designadas e são instalados nos seus lugares antes da entrada do Bispo.
544. O Bispo entra na igreja enquanto se executa um canto apropriado. Depois saúda o altar e dirige-se para a cátedra. Terminado o canto, saúda com afabilidade os doentes e o povo.
Segue-se a liturgia da Palavra, da mesma forma e utilizando os mesmo textos indicados acima, nos.
555. O rito da Unção realiza-se como ficou indicado acima. Terminada a Unção e antes da oração conclusiva, o Bispo profere a introdução à oração dominical, que é recitada por todos.
556. A bênção final do Bispo é dado na forma acima descrita; no fim, o diácono despede o povo, dizendo: Vamos em paz, e todos respondem: Graças a Deus. É conveniente terminar a celebração com canto apropriado.
VI PARTE
OS SACRAMENTAIS
CAPÍTULO I
INSTITUIÇÃO DE LEITORES E ACÓLITOS
INTRODUÇÃO
557. Os ministérios de leitor e de acólito devem manter-se na Igreja latina. Estes ministérios podem ser confiados a fiéis leigos, homens e mulheres, não se considerando reservados unicamente aos candidatos ao sacramento da Ordem.
Os candidatos ao Diaconato e ao Presbiterado deverão receber os ministérios de leitor e de acólito, se os não tiverem já recebido, e exercê-los por tempo conveniente, a fim de melhor se prepararem para os futuros ministérios da Palavra e do Altar.
558. Os ministérios de leitor e de acólito não podem ser conferidos de uma só vez aos mesmos indivíduos; mas tem que haver entre um e outro os interstícios estabelecidos pela Sé Apostólica ou pela Conferência Episcopal.
559. Estes ministérios são conferidos pelo Bispo, ou, nos Institutos clericais de perfeição, pelo Superior maior, dentro da Missa ou de celebração da Palavra de Deus.
560. Na celebração deste rito, o Bispo terá a assisti-lo um diácono ou presbítero, para fazer a chamada dos candidatos, e mais outros ministros necessários.
a. O rito celebra-se na cátedra ou junto da sede, a não ser que, para facilitar a participação do povo, se julgue preferível dispor outra sede à frente do altar.
b. Sendo o rito dentro da Missa, o Bispo reveste os paramentos sagrados requeridos para a celebração eucarística e usa mitra e báculo. Sendo fora da Missa, pode pôr a cruz peitoral, a estola e o pluvial da cor conveniente sobre a alva, ou somente a cruz e a estola sobre o roquete e a mozeta. Neste caso, não usa mitra nem báculo.
I. INSTITUIÇÃO DE LEITORES
561. O leitor é instituído para o ministério que lhe é próprio, o qual é fazer a leitura da Palavra de Deus na assembleia litúrgica. E assim, tanto na Missa como nos outros atos sagrados, é ele quem profere as leituras da Sagrada Escritura, exceto o Evangelho.
Ademais, é-lhe confiada a missão especial, dentro do povo de Deus, de instruir na fé crianças e adultos para receberem dignamente os sacramentos.
562. Para este rito, preparar-se-á:
- se o ministério é conferido dentro da Missa, o necessário para a celebração da Missa; se não, as vestes indicadas mais adiante;
- Pontifical Romano;
- livro da Sagrada Escritura;
- sede para o Bispo;
- assentos para os que vão ser instituídos leitores, em lugar adequado no presbitério, dispostos de forma que os fiéis possam ver bem a ação litúrgica;
- se o rito for dentro da Missa e a comunhão for distribuída sob as duas espécies, um cálice de tamanho suficiente.
Instituição de leitores dentro da Missa
563. Pode-se celebrar a Missa “Pelos ministros da Igreja”, com as leituras próprias do rito da instituição, e paramentos brancos ou de cor festiva.
a. Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-9 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa do dia.
b. Quando não se celebra a Missa própria “Pelos ministros da Igreja”, pode-se escolher uma das leituras que vêm no Lecionário para o rito da instituição, salvo se ocorrer algum dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos.
564. Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive, fazem-se como de costume.
565. Proclamado o Evangelho, o Bispo senta-se na cátedra, ou na sede posta em lugar mais adequado, recebe a mitra e, se for conveniente, também o báculo.
Estando todos sentados, o diácono ou o presbítero para tal designado chama os candidatos, dizendo: Aproximem-se os que vão ser instituídos no ministério de Leitor. Os candidatos são chamados um por um pelos nomes. E cada um responde: Presente. Aproximam-se do Bispo, fazem-lhe a devida reverência e voltam para os seus lugares.
566. O Bispo profere então a homilia, na qual explica ao povo os textos lidos da Sagrada Escritura e o ministério do leitor. E conclui a homilia, dirigindo-se aos candidatos com as palavras do Pontifical ou com outras semelhantes.
567. Terminada a homilia, o Bispo depõe a mitra e o báculo e levanta-se. E todos se levantam. Os candidatos ajoelham-se diante dele. O Bispo, de mãos postas, convida os fiéis a orar, dizendo: Caríssimo irmãos, roguemos a Deus. Todos oram em silêncio durante certo espaço de tempo. Depois o Bispo, de pé, de mãos estendidas, recita sobre os candidatos a oração da bênção. Ó Deus, fonte de toda luz.
568. Em seguida, todos sentam. O Bispo senta-se e recebe a mitra. Os candidatos levantam-se e aproximam-se do Bispo. E este entrega a cada um o livro da Sagrada Escritura, com as palavras: Recebe o livro da Sagrada Escritura. Enquanto isso, sobretudo se os candidatos forem muitos, canta-se o Salmo 18 ou outro canto apropriado.
569. Feito isso, a Missa prossegue como de costume. Diz-se o Símbolo, conforme as rubricas, bem como a oração universal. Nesta, inserem-se súplicas especiais pelos leitores agora instituídos.
570. Os novos leitores, bem como seus pais e parentes, podem receber a comunhão sob as duas espécies.
571. Instituição de leitores com celebração da Palavra de Deus
572. O Bispo pode pôr sobre a alva a cruz peitoral, a estola e o pluvial da cor conveniente; ou somente a cruz e a estola sobre o roquete e a mozeta. No segundo caso, não usa mitra nem báculo.
573. Antes da saudação do Bispo, pode começar a celebração por antífona ou cântico apropriado. A seguir, pode-se recitar a coleta da Missa “Pelos ministros da Igreja”. A liturgia da Palavra desenvolve-se como na Missa, com os cantos interlecionais.
574. A instituição dos leitores efetua-se na forma acima indicada.
575. O rito da instituição termina com a oração universal e a oração dominical. Depois, o Bispo abençoa os presentes na forma habitual, indicada mais adiante; o diácono despede-se, dizendo: Vamos em paz. Todos respondem: Graças a Deus, e retiram-se.
II. INSTITUIÇÃO DE ACÓLITOS
576. O acólito é instituído para ajudar o diácono e ministrar ao sacerdote. É pois ministério seu cuidar do altar e auxiliar o diácono e o sacerdote nas ações litúrgicas, sobretudo na celebração da Missa. Pertence-lhe ainda, como ministro extraordinário, distribuir a sagrada comunhão. Além disso, em circunstâncias extraordinárias, pode ser encarregado de expor e repor a Sagrada Eucaristia para adoração pública dos fiéis, mas não de dar a bênção com o Santíssimo Sacramento.
577. A instituição dos acólitos faz-se unicamente dentro da Missa.
578. Para a celebração do rito, além das vestes sagradas, preparar-se-á:
- as coisas necessárias para a celebração da Missa;
- Pontifical Romano;
- um recipiente com pão ou vinho destinados à consagração;
- sede para o Bispo;
- assentos para os acólitos a instituir, dispostos em lugar conveniente do presbitério, de modo que os fiéis possam ver bem a ação litúrgica;
- cálice de tamanho suficiente para a comunhão sob as duas espécies.
579. Pode celebrar-se a Missa “Pelos ministros da Igreja”, com as leituras próprias do rito da instituição, e paramentos brancos ou de cor festiva.
a. Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-9 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa do dia.
b. Quando não se celebra a Missa ritual, pode-se escolher uma das leituras do Lecionário para o rito da instituição, salvo se ocorrer algum dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos.
580. Os ritos iniciais e a liturgia da palavra, até ao Evangelho inclusive, fazem-se como de costume.
581. Proclamado o Evangelho, o Bispo senta-se na cátedra ou na sede, disposta em lugar mais adequado, recebe a mitra e, se for conveniente, também o báculo. Estando todos igualmente sentados, o diácono ou o presbitério para tal designado faz a chamada dos candidatos, dizendo: Aproximem-se os que vão ser instituídos no ministério de Acólitos. Os candidatos são chamados um por um pelo nome. E cada um responde: Presente. Aproxima-se do Bispo, faz-lhe a devida reverência, e volta para o seu lugar.
582. O Bispo profere a homilia, na qual explica ao povo os textos lidos da Sagrada Escritura e o ministério do acólito. Conclui a homilia, dirigindo-se aos candidatos com as palavras do Pontifical ou com outras semelhantes.
583. Terminada a homilia, o Bispo depõe a mitra e o báculo e levanta-se; e todos se levantam. Os candidatos vão-se ajoelhar diante dele. O Bispo de mãos postas convida os fiéis a orar dizendo: Caríssimos irmãos, roguemos. Todos oram em silêncio, durante certo espaço de tempo; depois, o Bispo, de pé, de mãos estendidas, recita sobre os candidatos a oração da bênção: Ó Deus de suma bondade.
584. Em seguida, sentam-se todos. O Bispo senta-se e recebe a mitra. Os candidatos levantam-se e aproximam-se do Bispo. Este entrega a cada um o recipiente com o pão ou com o vinho a consagrar, dizendo: Recebe o pão (ou: o vinho). Enquanto isso, sobretudo se os candidatos forem muitos, canta-se um salmo ou outro canto apropriado.
585. Feito isto, a Missa prossegue como de costume. Diz-se o Símbolo, conforme as rubricas, bem como a oração universal. Nesta, inserem-se súplicas pelos acólitos instituídos.
586. Na preparação dos dons, os acólitos, ou alguns deles se forem muitos, apresentam a patena com o pão e o cálice com o vinho.
587. Os novos acólitos, bem como seus pais e parentes, podem receber a comunhão sob as duas espécies. Os acólitos recebem a comunhão logo após os diáconos.
588. O Bispo pode encarregar um dos acólitos, como ministro extraordinário da Eucaristia, de ajudar, na Missa em que foi instituído, a distribuir a Sagrada comunhão aos fiéis.
CAPÍTULO II
EXÉQUIAS PRESIDIDAS PELO BISPO
INTRODUÇÃO
589. É de toda a conveniência que o Bispo, na sua qualidade de mensageiro da fé e ministro da consolação, presida, quanto possível, às exéquias celebradas com grande concurso de povo, sobretudo se forem de Bispo ou presbítero defunto.
590. Para a celebração das exéquias, deverá preparar-se:
a) Na sacristia ou em local mais apto os paramentos sagrados de cor exequial:
− para o Bispo: alva, estola, cruz peitoral, pluvial para a procissão e celebração da Palavra de Deus, casula para a Missa, mitra simples, báculo pastoral;
− para os diáconos: alvas, estolas (dalmáticas);
− para os restantes ministros: alvas ou outras vestes devidamente aprovadas.
b) Em casa do defunto:
− Ritual Romano;
− cruz processional e castiçais;
− caldeirinha da água benta e aspersório;
− turíbulo com a naveta do incenso e a colher.
c) No presbitério:
− as coisas requeridas para a celebração da Missa ou da Palavra de Deus.
d) Junto do local onde se depõe o féretro:
− círio pascal;
− as coisas requeridas para o rito da encomendação, se não tiverem sido levadas na procissão desde a casa do defunto.
591. Na celebração das exéquias, além da distinção inerente ao ministério litúrgico ou à Ordem sacra, e as honras devidas às autoridades civis, de acordo com as leis litúrgicas, não se faça acepção alguma de pessoas privadas ou desta ou daquela condição, seja nas cerimônias, seja na pompa exterior.
É de louvar se conserve o costume de colocar o defunto na posição que lhe competia na assembléia litúrgica: ou seja, o ministro ordenado de face voltada para o povo, o leigo de face para o altar.
592. Na celebração das exéquias, observe-se em tudo nobre simplicidade. Assim, recomenda-se que o féretro seja colocado no chão e, junto dele, somente o círio pascal. Sobre o féretro, o livro dos Evangelhos ou da Escritura Sagrada ou uma cruz. Se o defunto for ministro ordenado, podem-se colocar, de acordo com os costumes locais, as insígnias da sua ordem.
O altar não se adorna com flores. O toque do órgão ou de outros instrumentos só é permitido para sustentar o canto.
DESCRIÇÃO DO RITO
593. Tratando-se principalmente do funeral de outro Bispo, atentos os costumes locais e motivos de conveniência, é preferível adotar o primeiro esquema das exéquias previsto no Ritual Romano, que compreende três etapas: em casa do defunto, na igreja e no cemitério, com duas procissões intermediárias. Neste caso, é de recomendar que o Bispo também presida à etapa na casa do defunto e à primeira procissão. No caso de o Bispo não ir pessoalmente à casa do defunto, e ali se fazer a respectiva etapa, esta será celebrada por um dos presbíteros a quem tal competir. O Bispo aguardará na igreja, na cátedra ou na sacristia.
594. No caso de o Bispo presidir à etapa em casa do defunto e à procissão para a igreja, paramenta-se em lugar adequado, com alva, cruz peitoral, estola e pluvial de cor exequial, mitra simples e báculo pastoral. Os concelebrantes, se os houver para a Missa, revestem-se logo de início com os paramentos prescritos. Diácono e ministros revestem as suas vestes próprias.
595. Em casa do defunto, o Bispo saúda com afabilidade os presentes, dirigindo-lhes uma palavra de conforto na fé. Depois, conforme os casos, recita-se um salmo adequado em forma responsorial. Em seguida, o Bispo depõe o báculo e a mitra e recita a oração conveniente das que vêm indicadas no Ritual Romano.
596. Se se fizer a trasladação do defunto para a igreja em procissão, por norma, vai à frente o turiferário com o turíbulo fumegando, a seguir o ministro com a cruz entre dois acólitos, com tochas, depois os clérigos e os diáconos revestidos de hábito talar e sobrepeliz, os presbíteros com seu hábito coral, depois os concelebrantes se os houver, por último o Bispo, de mitra e báculo, acompanhado por dois diáconos e, atrás deles, os ministros do livro e do báculo, adiante do féretro.
Enquanto isso, vão-se entoando salmos ou outros cantos apropriados, como vem indicado no Ritual Romano.
Não havendo etapa em casa do defunto, o Bispo ou um dos presbíteros fará à porta da igreja tudo como se disse acima para a casa do defunto.
597. À entrada da igreja e no princípio da Missa, executa-se um só canto, como vem no Missal. Todavia, se razões de ordem pastoral o exigirem, pode-se acrescentar um dos responsórios indicados no Ritual Romano.
598. Chegado ao altar, o Bispo depõe o báculo e a mitra, faz a devida reverência e, conforme a oportunidade, incensa o altar. Segue para a cátedra, e ali tira o pluvial e reveste a casula. Se o julgar mais conveniente, o Bispo pode também deixar o pluvial e revestir a casula ao chegar ao altar, antes de lhe fazer reverência.
Enquanto isso, o defunto é colocado à frente do altar, em lugar conveniente, na posição que lhe compete, conforme ficou dito acima.
599. A Missa exequial celebra-se segundo o rito comum a todas as Missas. Nas Orações eucarísticas II e III inserem-se as intercessões próprias.
600. Finda a Oração depois da comunhão, mesmo que o Bispo não tenha celebrado ou, quando não tenha havido Sacrifício eucarístico, no fim da liturgia da Palavra, o Bispo revestido, conforme o caso, da casula ou do pluvial, recebe a mitra e o báculo e dirige-se para junto do féretro. Ali, voltado para o povo, com o diácono e os ministros da água benta e do incenso junto de si, efetua o rito da última encomendação e despedida.
Se a sepultura estiver na própria igreja, convém que este rito se realize junto dela. Faz-se então a procissão, durante a qual se executam os cantos indicados no Ritual Romano.
601. O Bispo, de pé junto do féretro, depõe o báculo e a mitra e formula o convite à oração: Conforme o costume cristão, ou com outras palavras semelhantes. Todos oram por uns momentos em silêncio. Depois, o Bispo asperge e incensa o corpo. Enquanto isso, canta-se Santos de Deus, vinde, ou outro responsório, indicado no Ritual Romano. A aspersão e incensação também se podem fazer depois do canto. Por fim, o Bispo diz a oração: Nas vossas mãos, ou outra oração adequada.
602. Se o corpo for logo conduzido da igreja para o cemitério, o Bispo espera na cátedra, enquanto o corpo é levado da igreja ou volta imediatamente para a sacristia. No caso de o próprio Bispo acompanhar processionalmente o funeral, desenrola-se procissão como na primeira “etapa”, podendo cantar-se salmos e antífonas como vem no Ritual Romano.
603. Chegando ao cemitério, o Bispo, se for o caso, benze a sepultura, tendo antes deposto o báculo e a mitra.
Dita a oração do Ritual Romano, asperge, se for costume, com água benta e incensa o túmulo e o corpo do defunto.
604. O sepultamento faz-se imediatamente ou no fim do rito, segundo os costumes locais. Enquanto se deposita o corpo no sepulcro, ou noutro momento oportuno, o Bispo pode fazer a monição: Como Deus todo-poderoso, do Ritual Romano.
605. A seguir, o Bispo pode iniciar a oração dos fiéis, com a monição introdutória. O diácono profere as intenções, e o Bispo diz a oração conclusiva: Pai de misericórdia ou outra do Ritual Romano. No fim, diz o versículo: Dai-lhe, Senhor. Pode-se depois executar algum canto, segundo os costumes locais.
606. No caso de o Bispo não celebrar, presidirá à liturgia da palavra na cátedra, revestido de pluvial. O mesmo fará se em vez do Sacrifício eucarístico, se celebrar somente a Liturgia da Palavra, como vem indicado no Ritual Romano.
Na celebração das exéquias, tanto de crianças como de adultos, segundo os outros esquemas previstos no Ritual Romano, o Bispo deve proceder na forma acima descrita, com as oportunas alterações.
CAPÍTULO III
DEDICAÇÃO DA IGREJA
607. Desde a antiguidade dá-se o nome de “igreja” também ao edifício em que a comunidade cristã se reúne para ouvir a Palavra de Deus, orar em comum, frequentar os sacramentos e celebrar a Eucaristia.
A igreja, desde que construída como edifício destinado unicamente e de modo estável a reunir o povo de Deus e a realizar os atos sagrados, torna-se casa de Deus. Por isso, de acordo com antiquíssimo costume da Igreja, convém seja dedicada ao Senhor mediante rito solene. Se porém, não for dedicada, pelo menos deve ser abençoada, segundo o rito adiante descrito. Quando a igreja é dedicada, tudo o que nela se encontra, fonte batismal, cruz imagens, órgãos, sinos, estações da “via-sacra”, deve considerar-se abençoado e erigido com o próprio rito da dedicação, não sendo precisa nova bênção ou ereção.
608. Toda igreja dedicada deve ter um Titular. Este poderá ser: a Santíssima Trindade, Nosso Senhor Jesus Cristo sob a invocação de algum mistério da sua vida ou de algum nome já em uso na sagrada liturgia, ou o Espírito Santo; a Santa Virgem Maria, sob algum título também já adotado na sagrada liturgia; os santos Anjos; ou, finalmente, algum Santo inscrito no Martirológio Romano ou em seu Apêndice devidamente aprovado; nunca, porém, um Beato, sem indulto da Sé Apostólica.
a. O Titular da igreja deve ser um só, salvo tratando-se de Santos inscritos conjuntamente no Calendário. Convém se mantenha a tradição da Liturgia Romana de encerrar sob o altar relíquias dos Mártires e de outros Santos. Note-se, porém, o seguinte.
b. As relíquias a depor devem ser de tamanho tal que se veja serem partes de corpos humanos. Evitar-se-á, portanto, encerrar relíquias minúsculas de um de muitos Santos.
c. Verificar-se-á com o máximo cuidado, se as relíquias a depositar são autênticas. É preferível dedicar um altar sem relíquias a depositar nele relíquias de autenticidade duvidosa.
d. O cofre das relíquias não se deve colocar nem por cima do altar nem na mesa do altar, mas, tendo em conta a forma deste, depositar-se-á por baixo da mesa do mesmo.
609. É ao Bispo, que tem a seu cargo a cura pastoral Igreja particular, que compete dedicar a Deus as novas igrejas construídas dentro da sua diocese.
No caso de ele próprio não poder presidir ao rito, deverá confiar essa missão a outro Bispo, mormente ao Bispo seu coadjutor ou auxiliar na cura pastoral dos fiéis para quem a nova igreja foi construída. Em casos absolutamente excepcionais, pode confiar essa missão a presbítero, ao qual dará delegação especial.
610. Para a dedicação da nova igreja, escolher-se-á um dia em que os fiéis possam acorrer em maior número, de modo particular o domingo. Como neste rito o significado da dedicação deve impregnar tudo, a dedicação da nova igreja não se pode realizar em dias em que se comemora um mistério que de maneira nenhuma pode ser esquecido, como seja: Tríduo pascal, Natal do Senhor, Epifania, Ascensão, Domingo do Pentecostes, Quarta-feira de Cinzas, dias da Semana Santa, Comemoração de todos os fiéis defuntos.
611. A celebração da Missa está intimamente ligada ao rito da dedicação da igreja. Por isso, quando se dedica a igreja, põem-se de parte os textos litúrgicos do dia e utilizam-se os textos próprios, tanto na liturgia da Palavra como na liturgia eucarística.
Convém que o Bispo concelebre a Missa com os presbíteros que a ele se associam no desenrolar dos ritos da dedicação e com aqueles a quem foi confiada a missão de dirigir a paróquia ou a comunidade para a qual a igreja é edificada.
612. Celebra-se o Ofício da Dedicação da igreja, que principia com as I Vésperas. Onde se realizar o rito da deposição das relíquias, muito convém se realize uma Vigília junto das relíquias do Mártir ou de outro Santo que vão ser depositadas sob o altar; e a melhor maneira será celebrar o Ofício das Leituras, do Comum ou do Próprio respectivo. Para facilitar a participação do povo, esta Vigília pode ser convenientemente adaptada, respeitando o que está estabelecido na Introdução Geral à Liturgia das Horas.
613. Para que a participação dos fiéis no rito da dedicação, seja frutuosa, o reitor da igreja a dedicar e os outros que sejam peritos em matéria pastoral deverão instruí-los acerca da importância e alcance espiritual, eclesial e missionário da celebração.
614. Ao Bispo e aos que têm a seu cargo a celebração do rito compete:
estabelecer o modo da entrada na igreja (cf. adiante, os nn. 879-891);
definir a forma de entrega ao Bispo da nova igreja (cf. adiante, os nn. 883, 888, 891);
decidir sobre a oportunidade de colocar nela relíquias dos Santos; tendo em conta, nesta matéria acima de tudo o bem espiritual dos fiéis e o que acima se manda observar no n. 866.
Ao reitor da igreja, auxiliado pelos seus colaboradores na ação pastoral, pertence estabelecer e preparar tudo quanto respeita às leituras, ao canto, bem como aos subsídios de ordem pastoral destinados a favorecer a participação frutuosa do povo e decoro da celebração.
615. Para o rito da dedicação da igreja, preparar-se-á:
a) No local donde sai a procissão:
− Pontifical Romano;
− cruz processional;
− se as relíquias dos Santos forem levadas em procissão, o que vem indicado adiante, no n. 876a.
b) Na sacristia ou no presbitério ou no corpo da igreja a ser dedicada, conforme os casos:
− Missal Romano, Lecionário;
− caldeirinha de água benta e aspersório;
− vasos com o santo crisma;
− toalhas para limpar a mesa do altar;
− se for necessário, toalha de linho encerada ou uma tela impermeável, à medida do altar;
− bacia ou jarro de água, toalhas e todo o necessário para lavar as mãos do Bispo e dos presbíteros que ungirem as paredes da igreja;
− gremial;
− fogareiro para queimar o incenso e perfumes, ou grãos de incenso e velas finas para serem queimadas sobre o altar;
− turíbulos com a respectiva naveta de incenso e colher;
− cálice de tamanho suficiente, corporal, sanguinhos, manustérgio;
− pão, vinho e água para a celebração da Missa;
− cruz do altar, se não estiver já colocada no presbitério uma cruz, ou a cruz levada na procissão de entrada não venha a ser colocada junto do altar;
− véu de ombros, se tiver de ser inaugurada a capela do Santíssimo Sacramento;
− toalhas, velas, castiçais
− uma vela pequena que o Bispo há de entregar ao diácono; − flores segundo as conveniências.
616. É de louvar se mantenha o antigo costume de fixar nas paredes da igreja cruzes de pedra, bronze ou matéria adequada, ou de as esculpir nas próprias paredes. Neste sentido, preparar-se-ão doze ou quatro cruzes, conforme o número das unções, dispondo-as devidamente pelas paredes da igreja a altura conveniente. Por baixo de cada cruz cravar-se-á um suporte no qual se fixará um pequeno castiçal com vela para ser acendida.
617. Na Missa da dedicação da igreja, usam-se paramentos brancos ou de cor festiva. Preparar-se-ão, portanto:
− para o Bispo: alva, estola, cruz peitoral, dalmática, casula, mitra, báculo pastoral, pálio (caso tenha direito a ele);
− para os presbíteros concelebrantes: paramentos para a Missa;
− para os diáconos: alvas, estolas e dalmáticas;
− para os restantes ministros: alvas ou outras vestes devidamente aprovadas.
618. No caso de se deporem relíquias dos Santos debaixo do altar, preparar-se-á o seguinte:
a) No lugar de onde sai a procissão:
− cofre com as relíquias, rodeado de flores e tochas. No caso de fazer a entrada simples, o cofre pode colocar-se no presbitério em lugar adequado, antes de se dar início ao rito;
− para os diáconos que hão de transportar as relíquias: alva, estola de cor vermelha, tratando-se de relíquias de Mártir, ou de cor branca nos outros casos, e dalmáticas, se as houver. No caso de as relíquias serem transportadas por presbíteros, preparar-se-ão casulas para estes, em vez das dalmáticas.
As relíquias podem também ser transportadas por outros ministros, revestidos de alva ou de sobrepeliz sobre o hábito talar ou outras vestes devidamente aprovadas.
b) No presbitério:
− uma pequena mesa na qual ficará colocado o cofre com as relíquias, durante a primeira parte do rito da dedicação.
c) Na sacristia:
− betume ou argamassa para fixar a tampa da cavidade. Deve estar presente um pedreiro para, no devido momento, fechar o sepulcro das relíquias.
- Redigir-se-á a ata da dedicação da igreja em dois exemplares, a serem assinados pelo Bispo, pelo reitor da igreja e pelos representantes da comunidade local. Um dos exemplares guardar-se-á no arquivo da diocese, outro na Sede do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos .
- Se houver deposição das relíquias, haja terceiro exemplar da ata para ser incluído no relicário. Na ata deve mencionar-se o ano, o mês e o dia da dedicação da igreja, o nome do Bispo que celebra o rito, o Titular da igreja, bem como, se for o caso, os nomes dos Mártires ou dos Santos cujas relíquias são depositadas debaixo do altar.
- Além disso, colocar-se-á em local apropriado da igreja uma inscrição com a indicação do dia, mês e ano da dedicação, Titular da igreja e nome do Bispo que celebrou o rito.
619. Para melhor realçar a importância e dignidade da Igreja particular, festejar-se-á o aniversário da dedicação da sua igreja catedral: na própria igreja catedral, com o grau de solenidade; nas restantes igrejas da diocese, com o grau de festa. Isto, no próprio dia em que ocorrer o aniversário da dedicação. Se esse dia estiver perpetuamente impedido, esta celebração será fixada no dia livre mais próximo.
O aniversário da dedicação de igreja própria será, nela, celebrada com o grau de solenidade.
ENTRADA NA IGREJA
620. A entrada na igreja, que vai ser dedicada, realiza-se, conforme as circunstâncias de tempo e lugar, de uma das três formas a seguir descritas.
Primeira forma: Procissão
− cofre com as relíquias, rodeado de flores e tochas. No caso de fazer a entrada simples, o cofre pode colocar-se no presbitério em lugar adequado, antes de se dar início ao rito;
− para os diáconos que hão de transportar as relíquias: alva, estola de cor vermelha, tratando-se de relíquias de Mártir, ou de cor branca nos outros casos, e dalmáticas, se as houver. No caso de as relíquias serem transportadas por presbíteros, preparar-se-ão casulas para estes, em vez das dalmáticas.
As relíquias podem também ser transportadas por outros ministros, revestidos de alva ou de sobrepeliz sobre o hábito talar ou outras vestes devidamente aprovadas.
b) No presbitério:
− uma pequena mesa na qual ficará colocado o cofre com as relíquias, durante a primeira parte do rito da dedicação.
c) Na sacristia:
− betume ou argamassa para fixar a tampa da cavidade. Deve estar presente um pedreiro para, no devido momento, fechar o sepulcro das relíquias.
- Redigir-se-á a ata da dedicação da igreja em dois exemplares, a serem assinados pelo Bispo, pelo reitor da igreja e pelos representantes da comunidade local. Um dos exemplares guardar-se-á no arquivo da diocese, outro na Sede do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos .
- Se houver deposição das relíquias, haja terceiro exemplar da ata para ser incluído no relicário. Na ata deve mencionar-se o ano, o mês e o dia da dedicação da igreja, o nome do Bispo que celebra o rito, o Titular da igreja, bem como, se for o caso, os nomes dos Mártires ou dos Santos cujas relíquias são depositadas debaixo do altar.
- Além disso, colocar-se-á em local apropriado da igreja uma inscrição com a indicação do dia, mês e ano da dedicação, Titular da igreja e nome do Bispo que celebrou o rito.
619. Para melhor realçar a importância e dignidade da Igreja particular, festejar-se-á o aniversário da dedicação da sua igreja catedral: na própria igreja catedral, com o grau de solenidade; nas restantes igrejas da diocese, com o grau de festa. Isto, no próprio dia em que ocorrer o aniversário da dedicação. Se esse dia estiver perpetuamente impedido, esta celebração será fixada no dia livre mais próximo.
O aniversário da dedicação de igreja própria será, nela, celebrada com o grau de solenidade.
ENTRADA NA IGREJA
620. A entrada na igreja, que vai ser dedicada, realiza-se, conforme as circunstâncias de tempo e lugar, de uma das três formas a seguir descritas.
Primeira forma: Procissão
621. A porta da igreja a ser dedicada deve estar fechada. À hora marcada, o povo reúne-se numa igreja vizinha ou noutro local adequado, de onde partirá a procissão para a igreja. Se houverem de ser depositadas sob o altar relíquias dos Mártires ou dos Santos, estas deverão estar já preparadas no local onde se reúne o povo.
622. Bispo e presbíteros concelebrantes, diáconos e ministros, revestidos dos respectivos paramentos, dirigem-se para o local onde o povo está reunido.
Depostos o báculo e a mitra, o Bispo, voltado para o povo, diz: Em nome do Pai. E saúda o povo, dizendo: A graça e a paz, ou outras palavras de preferência tomadas da Sagrada Escritura. O povo responde: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo, ou com outras palavras semelhantes, em seguida, o Bispo fala ao povo com estas palavras ou outras semelhantes: Com grande alegria estamos aqui reunidos.
623. Terminada a monição, o Bispo recebe a mitra e o báculo e inicia-se a procissão para a igreja a ser dedicada. Não se levam velas, a não ser as que rodeiam as relíquias dos Santos. Não se queima incenso na procissão, nem na Missa antes do rito da incensação e iluminação do altar e da igreja. O cruciferário vai à frente, sem os ceroferários que costumam acompanhá-lo; seguem primeiro os ministros; em seguida, os diáconos ou presbíteros com o relicário ladeado por ministros ou fiéis com tochas acesas; depois os presbíteros concelebrantes e o Bispo acompanhado de dois diáconos e os ministros do livro e da mitra, e, por fim, os fiéis.
Durante a procissão, canta-se o Salmo 121, com a antífona: Alegres iremos ou outro canto apropriado.
624. No limiar da igreja, todos param. Os delegados daqueles que se dedicaram à construção da igreja (fiéis da paróquia ou da diocese, benfeitores, arquitetos, operários) entregam o edifício ao Bispo. Oferecem-lhe, conforme as circunstâncias, instrumentos jurídico de posse do edifício ou as chaves, ou maquete da igreja ou livro contendo o desenrolar da obra e os nomes dos que a dirigiram e dos operários. Um dos delegados dirige breves palavras ao Bispo e à comunidade, realçando oportunamente algo do que a nova igreja quer exprimir pela arte e a forma peculiar. Em seguida, o Bispo ordena ao presbítero, a quem compete o múnus pastoral da igreja, que abra a porta.
625. Aberta a porta, o Bispo convida o povo a entrar, com estas palavras ou outras semelhantes: Entrai pelas portas do Senhor. Com o cruciferário à frente, o Bispo e todos entram na igreja. Enquanto entra a procissão, canta-se o Salmo 23 com a antífona: Ó portas, levantai vossos frontões, ou outro canto apropriado.
626. O Bispo, sem beijar o altar, vai diretamente para a cátedra. Os concelebrantes, diáconos e ministros dirigem-se para os lugares que lhes estão destinados no presbitério. As relíquias dos Santos são depostas em lugar conveniente do presbitério, rodeadas de tochas. Em seguida, benze-se a água, segundo o rito adiante descrito.
622. Bispo e presbíteros concelebrantes, diáconos e ministros, revestidos dos respectivos paramentos, dirigem-se para o local onde o povo está reunido.
Depostos o báculo e a mitra, o Bispo, voltado para o povo, diz: Em nome do Pai. E saúda o povo, dizendo: A graça e a paz, ou outras palavras de preferência tomadas da Sagrada Escritura. O povo responde: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo, ou com outras palavras semelhantes, em seguida, o Bispo fala ao povo com estas palavras ou outras semelhantes: Com grande alegria estamos aqui reunidos.
623. Terminada a monição, o Bispo recebe a mitra e o báculo e inicia-se a procissão para a igreja a ser dedicada. Não se levam velas, a não ser as que rodeiam as relíquias dos Santos. Não se queima incenso na procissão, nem na Missa antes do rito da incensação e iluminação do altar e da igreja. O cruciferário vai à frente, sem os ceroferários que costumam acompanhá-lo; seguem primeiro os ministros; em seguida, os diáconos ou presbíteros com o relicário ladeado por ministros ou fiéis com tochas acesas; depois os presbíteros concelebrantes e o Bispo acompanhado de dois diáconos e os ministros do livro e da mitra, e, por fim, os fiéis.
Durante a procissão, canta-se o Salmo 121, com a antífona: Alegres iremos ou outro canto apropriado.
624. No limiar da igreja, todos param. Os delegados daqueles que se dedicaram à construção da igreja (fiéis da paróquia ou da diocese, benfeitores, arquitetos, operários) entregam o edifício ao Bispo. Oferecem-lhe, conforme as circunstâncias, instrumentos jurídico de posse do edifício ou as chaves, ou maquete da igreja ou livro contendo o desenrolar da obra e os nomes dos que a dirigiram e dos operários. Um dos delegados dirige breves palavras ao Bispo e à comunidade, realçando oportunamente algo do que a nova igreja quer exprimir pela arte e a forma peculiar. Em seguida, o Bispo ordena ao presbítero, a quem compete o múnus pastoral da igreja, que abra a porta.
625. Aberta a porta, o Bispo convida o povo a entrar, com estas palavras ou outras semelhantes: Entrai pelas portas do Senhor. Com o cruciferário à frente, o Bispo e todos entram na igreja. Enquanto entra a procissão, canta-se o Salmo 23 com a antífona: Ó portas, levantai vossos frontões, ou outro canto apropriado.
626. O Bispo, sem beijar o altar, vai diretamente para a cátedra. Os concelebrantes, diáconos e ministros dirigem-se para os lugares que lhes estão destinados no presbitério. As relíquias dos Santos são depostas em lugar conveniente do presbitério, rodeadas de tochas. Em seguida, benze-se a água, segundo o rito adiante descrito.
Segunda forma: Entrada solene
627. Se a procissão não se puder fazer ou se não for oportuno fazê-la, os fiéis reúnem-se à porta da igreja que vai ser dedicada, onde, se for o caso, já terão sido depostas, em forma privada, as relíquias dos Santos.
a. O Bispo e os presbíteros concelebrantes, os diáconos e ministros, cada qual paramentado com as vestes próprias, procedidos do cruciferário, dirigem-se para a porta da igreja, onde o povo está reunido. Para que este rito exprima a verdade do ato, convém que a porta da igreja esteja fechada.
b. O Bispo, os concelebrantes, os diáconos e outros ministros dirigem-se para lá por fora da mesma. Se tal não for possível, o Bispo com os que o acompanham sai da própria igreja, ficando a porta aberta.
628. O Bispo, depõe o báculo e a mitra, e saúda os presentes, dizendo: A graça e a paz, ou outras palavras adequadas, de preferência da Sagrada Escritura. O povo responde: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo, ou com outra fórmula apropriada. Depois, o Bispo dirige-se ao povo, dizendo: Com grande alegria estamos aqui reunidos, ou outra monição de sentido semelhante.
a. Após a monição o Bispo retoma a mitra e, se for oportuno canta-se o Salmo 121 com a antífona: Alegres iremos, ou outro canto apropriado. Entretanto, os representantes dos que colaboraram na construção da igreja (fiéis da paróquia ou da diocese os que deram sua contribuição, arquitetos, operários) fazem entrega da igreja ao Bispo.
b. O Bispo recebe o báculo e convida o povo a entrar na igreja, dizendo: Entrai pelas portas do Senhor, ou outras palavras adequadas. E faz-se a procissão da entrada, como se disse acima. Todos vão ocupar os seus lugares. As relíquias dos Santos são depostas em lugar adequado do presbitério, rodeadas de tochas. Em seguida, benze-se a água segundo o rito adiante descrito.
Terceira forma: Entrada simples
629. Não se podendo fazer a entrada solene, faz-se a entrada simples. Reunido o povo na igreja, o Bispo, os presbíteros concelebrantes, diáconos e ministros, devidamente paramentados, precedidos do cruciferário dirigem-se da sacristia, através da nave da igreja, para o presbitério.
a. No caso de se haverem de depositar, sob o altar, relíquias dos Santos, estas são transportadas para o presbitério na própria procissão da entrada, seja da sacristia, seja da capela onde, já desde a véspera, tenham ficado expostas à veneração dos fiéis. Havendo justa causa, podem-se depositar, antes de iniciado o rito, em lugar adequado do presbitério, com tochas acesas em volta.
b. Durante a procissão canta-se a antífona da entrada: É assim o nosso Deus, ou Alegres iremos, com o Salmo 121 ou outro canto apropriado.
630. Chegada a procissão ao presbitério, as relíquias dos Santos são depostas em lugar adequado, cercadas de tochas acesas. Os presbíteros concelebrantes, diáconos e ministros vão ocupar os lugares que lhes estão destinados. O Bispo, sem beijar o altar, vai diretamente para a cátedra. Depõe o báculo e a mitra, e saúda o povo, dizendo: A graça e a paz, ou outras palavras adequadas, tomadas de preferência da Sagrada Escritura. O povo responde: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo, ou com outra fórmula apropriada. Em seguida, os representantes dos que colaboraram na construção da igreja (fiéis da paróquia ou da diocese, os que deram a sua contribuição, arquitetos, operários) fazem a entrega da igreja ao Bispo.
CAPÍTULO IV
DEDICAÇÃO DE IGREJA ONDE JÁ SE COSTUMA CELEBRAR O CULTO
a. No caso, porém, de se fazer a dedicação de igrejas em que normalmente se celebrem já os sagrados mistérios, o Ritual a seguir é o que ficou descrito acima
b. Além disso, não sem motivo se devem distinguir igrejas novas, nas quais o significado da dedicação se apresenta com mais clareza, das igrejas há muito construídas. Para a dedicação destas últimas, requer-se:
− que o altar nunca tenha sido consagrado, pois, segundo o costume e o direito litúrgico, com razão se proíbe dedicar igreja sem a dedicação do altar, dado que a dedicação do altar é a parte mais importante de todo o rito;
− que haja no templo algo de novo ou substancialmente modificado (por ex., ter sido a igreja totalmente restaurada, ou restaurado o presbitério de acordo com as normas acima enunciadas, ou ter sido alterada sua condição jurídica (por ex., ter a igreja passado a paroquial).
632. Tudo quanto acima se disse, é aplicado igualmente a este Ritual, salvo se em manifesta discrepância com as circunstâncias previstas neste mesmo Ritual ou quando neste se indicar outra coisa.
Este Ritual diverge do descrito acima principalmente nos seguintes pontos:
omite-se o rito de abertura das portas da igreja , uma vez que já está aberta aos fiéis; a entrada faz-se, portanto, em forma de “entrada simples”. Tratando-se, porém, da dedicação de igreja que esteve muito tempo fechada ao culto e agora é aberta de novo às celebrações sagradas, pode-se fazer este rito, pois neste caso, ele tem pleno sentido;
633. O rito da entrega da igreja ao Bispo pode, segundo os casos, manter-se ou omitir-se, ou então adaptar-se de modo a condizer com a situação da igreja dedicada (por ex., convém que se conserve na dedicação de igreja recentemente construída; mas deverá omitir-se na dedicação de igreja antiga em que nada da sua estrutura tenha sido alterado; o rito será adaptado na dedicação de igreja antiga profundamente restaurada);
634. Omite-se o rito da aspersão das paredes da igreja com água benta , dado o seu caráter lustral;
635. Omite-se o que é específico da primeira proclamação da Palavra de Deus, pelo que a liturgia da Palavra se faz como de costume; em vez do capítulo 8 do livro de Neemias, com o Salmo 18 e seu responsório, escolher-se-á outra leitura apropriada.
CAPÍTULO IV
BÊNÇÃOS DADAS PELO BISPO
INTRODUÇÃO
636. O mistério da bênção está ligado a uma forma peculiar do sacerdócio de Cristo, exercido segundo o lugar e o ofício que compete a cada um dentro do povo de Deus. Neste sentido, cabe ao Bispo presidir sobretudo àquelas celebrações que dizem respeito a toda a comunidade diocesana e que, por isso mesmo, ele pode reservar para si, podendo, no entanto e de forma geral, delegar também um presbítero, que presidirá em seu nome.
Ao Bispo compete igualmente o encargo de instruir o povo de Deus acerca do sentido exato dos ritos e preces usados pela Igreja para dar a bênção, de forma que, nas celebrações sagradas, nada se introduza que, por superstição ou por uma mistura de vã crendice, possa de algum modo prejudicar a pureza da fé.
637. A celebração típica da bênção nos livros litúrgicos é constituída de duas partes principais: primeira, leitura da Palavra de Deus; segunda, louvor da bondade divina e impetração do auxílio celeste. Contudo, salvaguardadas a estrutura e a ordem destas partes principais, nos vários Rituais se concedem faculdades no sentido de promover devidamente uma consciência, ativa e adequada participação. E assim, ter-se-á sempre em vista a mensagem da salvação, a comunicação da fé, o louvor de Deus, a oração, conteúdo este que é inerente a qualquer bênção enquanto celebração, ainda quando algumas coisas sejam benzidas com simples sinal da cruz.
I. BÊNÇÃO COMUM
638. Ao fim da Missa estacional, o Bispo abençoa o povo, na forma acima descrita.
639. Nas outras Missas e ações litúrgicas (por ex., no fim de Vésperas ou de Laudes, no fim de procissão em que não se leva o Santíssimo Sacramento, etc.), ou também fora das ações litúrgicas, o Bispo pode dar a bênção, usando uma das seguintes fórmulas:
Primeira modalidade:
640. O Bispo recebe a mitra, se a usar, e, abrindo as mãos, saúda o povo dizendo: O Senhor esteja convosco; e todos respondem: Ele está no meio de nós. O Bispo, estendendo as mãos sobre os fiéis a abençoar, continua: A paz de Deus, que supera todo entendimento, guarde os vossos corações e vossas mentes no conhecimento e no amor de Deus e seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. E respondem: Amém. Em seguida, o Bispo recebe o báculo, se o utilizar, e diz: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, e fazendo um tríplice sinal da cruz sobre o povo, acrescenta: Pai e Filho e Espírito Santo.
Segunda modalidade
641. O Bispo, depois de saudar o povo, como acima, diz: Bendito seja o nome do Senhor, e todos respondem: Agora e para sempre. Em seguida acrescenta: A nossa proteção está no nome do Senhor, ao que todos respondem: Que fez o céu e a terra. Por fim, diz: Abençoe-vos, como acima. no n.640.
II. BÊNÇÃO APOSTÓLICA
642. Dentro da sua diocese, o Bispo pode dar a Bênção Apostólica, com indulgência plenária, três vezes por ano, nas festas solenes por ele designados, mesmo quando ele apenas participa da Missa.
Os outros prelados por direito equiparados aos Bispos diocesanos, ainda que não revestidos da dignidade episcopal, podem, desde o início do seu múnus pastoral, conceder a bênção papal, com a mesma indulgência, dentro do respectivo território, três vezes por ano, nas festas solenes por eles designadas. Esta bênção é dada no fim da Missa, em vez da bênção habitual. Para ela se deve já orientar o ato penitencial no princípio da Missa.
643. Na monição introdutória ao ato penitencial, o Bispo avisa os fiéis da bênção, com indulgência plenária, que vai dar no fim da Missa, e convida-os a arrependerem-se dos seus pecados e a disporem-se para participar desta indulgência.
a) Em vez da fórmula com que habitualmente se conclui o ato penitencial, emprega-se o seguinte:
Pelas preces e méritos da Bem-aventurada sempre Virgem Maria, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e de todos os Santos, o Senhor todo-poderoso e cheio de misericórdia vos conceda tempo de verdadeiro e frutuoso arrependimento, coração sempre penitente e emenda da vida, perseverança nas boas obras, e, perdoando todos os vossos pecados, vos conduza à vida eterna.
R. Amém!
b) Na oração universal, não se omita a intenção pela Igreja e junte-se outra especial pelo Romano Pontífice.
c) Terminada a oração após a comunhão, o Bispo põe a mitra. O diácono anuncia a bênção com estas ou outras palavras semelhantes:
Caros irmãos, o nosso amado Pastor, N., por graça da Sé Apostólica, Bispo desta santa Igreja N., em nome do Sumo Pontífice, dará a bênção com a indulgência plenária a todos aqui presentes, verdadeiramente arrependidos, confessados e restaurados pela sagrada comunhão.
Rogai a Deus pelo Santo Padre, o Papa N., por nosso Bispo N. e pela santa Mãe Igreja, e esforçaivos por viver em sua plena comunhão e santidade de vida. R. Amém!
d) A seguir o Bispo, de pé, com mitra, estende as mãos e saúda o povo, dizendo: O Senhor esteja convosco; e todos respondem: Ele está no meio de nós. O diácono pode proferir as palavras de convite: Inclinai-vos para receber a bênção, ou outras palavras semelhantes. E o Bispo, com as mãos estendidas sobre o povo, profere a fórmula da bênção solene que vem no Missal. Depois, recebe o báculo e conclui a bênção com estas palavras:
Pela intercessão dos santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo. R. Amém!
Ao proferir estas últimas palavras, traça o sinal da cruz sobre o povo.
VII PARTE
DATAS MAIS IMPORTANTES NA VIDA DO BISPO
CAPÍTULO I
ELEIÇÃO DO BISPO
644. Logo que a Igreja local tenha sido notificada oficialmente da provisão canônica da mesma, celebrar-se-á em devido tempo, na igreja catedral, por convocação do Administrador da diocese, um ato litúrgico de ação de graças a Deus e de oração pelo eleito.
645. O próprio eleito deve quanto antes:
a) se residir em Roma ao tempo da sua eleição, ir apresentar-se ao Sumo Pontífice; caso contrário, enviar-lhe-á uma carta expressando-lhe a sua comunhão com ele e o seu acatamento, e encomendando-lhe a sua Igreja;
b) proferir a profissão de fé e o juramento de fidelidade à Sé Apostólica, perante o Cardeal para isso deputado, no caso de estar em Roma, caso contrário perante o delegado da mesma Sé Apostólica;
c)apresentar-se ao Metropolita ou ao mais antigo dos Bispos da província, para ser por ele informado do estado da sua diocese e, se for o caso, combinar com ele o dia da sua ordenação episcopal;
d) abandonar as tarefas a que antes se dedicava, para se entregar à oração e à meditação e assim se preparar para o seu novo ministério;
e) pedir ao Romano Pontífice o pálio, se ele tiver direito.
646. O eleito deve receber a ordenação episcopal e tomar posse canônica da sua diocese dentro do tempo estipulado pelo direito.
647. O eleito só poderá usar as vestes e insígnias episcopais a partir do momento da sua ordenação, de acordo com as prescrições litúrgicas.
CAPÍTULO II
ORDENAÇÃO EPISCOPAL
648. A não ser que se encontre legitimamente impedido, o eleito deve receber a ordenação episcopal dentro de sete dias a contar da recepção das Letras Apostólicas, e antes de tomar posse de sua função.
649. A ordenação do Bispo realiza-se dentro da Missa solene, segundo o rito e normas descritos no Pontifical Romano.
650. Muito convém que a ordenação do Bispo se realize na sua própria igreja catedral. Neste caso, toma posse da diocese com o próprio rito da ordenação, no qual se apresentam e se lêem as Letras Apostólicas e o ordenado se senta na sua cátedra, como se disse acima.
651. Em virtude de antiquíssima tradição da Igreja, e no sentido de manifestar a colegialidade episcopal, não podem ser menos de três os Bispo concelebrantes a sagrar o eleito, salvo dispensa da Sé Apostólica. Aliás, convém que todos os Bispos presentes sejam co-sagrantes.
652. Via de regra, o sagrante principal de sufragâneo seja o Núncio Apostólico; O metropolita, os bispos auxiliares, a não ser que na bula de nomeação o Romano Pontífice haja providenciado doutro modo ou deixe a escolha do que receberá o monus.
CAPÍTULO III
TOMADA DE POSSE DA DIOCESE
653. A não ser que se encontre legitimamente impedido, o promovido ao múnus de Bispo diocesano deve tomar posse canônica da sua diocese, dentro de duas semanas a contar da recepção das Letras Apostólicas, se ainda não tiver sido ordenado Bispo; se já tiver sido ordenado, dentro de dois meses a contar da sua recepção.
654. Se o Bispo for ordenado na sua própria igreja catedral, toma posse da diocese com o rito da ordenação, no qual são apresentadas e lidas as Letras Apostólicas e o ordenado se senta na sua cátedra, como acima se disse.
655. Se o Bispo tiver sido transferido doutra Igreja, ou não receber a ordenação na sua igreja catedral, toma posse da diocese, dentro do prazo estabelecido pelo direito, com o rito da recepção, como adiante se descreve.
CAPÍTULO IV
RECEPÇÃO DO BISPO NA SUA IGREJA CATEDRAL
656. Se o Bispo tiver sido transferido doutra Igreja ou não tiver recebido a ordenação episcopal na sua igreja catedral, convocada a comunidade diocesana, far-se-á a recepção com a celebração da Missa estacional, quando pela primeira vez entra na sua Igreja.
657. O Bispo é recebido à porta da igreja catedral pela primeira dignidade do cabido, ou, não havendo cabido, pelo reitor da mesma igreja, revestido de pluvial. Este apresenta-lhe o Crucifixo a beijar, e a seguir o aspersório da água benta, com o qual o Bispo se asperge a si mesmo e aos presentes. Depois, convém seja conduzido à capela do Santíssimo Sacramento, que adora, de joelhos, por alguns momentos. Em seguida, dirige-se para a sacristia, onde o mesmo Bispo, presbíteros concelebrantes, diáconos e restantes ministros se paramentam para a Missa, que será celebrada segundo o rito estacional.
658. Feita a reverência ao altar, o Bispo dirige-se para a cátedra. Terminado o canto de entrada, saúda o povo, senta-se e recebe a mitra. Um dos diáconos ou um dos presbíteros concelebrantes apresenta as Letras Apostólicas ao Colégio dos Consultores na presença do Chanceler da Cúria, que exara a respectiva ata. A seguir, do ambão, lê ao povo as referidas Letras Apostólicas, que todos escutam sentados. No fim, todos aclamam: Graças a Deus, ou outra aclamação apropriada. Nas dioceses recém-criadas, a comunicação das respectivas Letras Apostólicas é feita ao clero e ao povo presente na igreja catedral, e o presbítero mais velho de entre os presentes exara ata devida.
a. Depois, se o Bispo tiver direito ao pálio, este lhe é imposto segundo o rito descrito adiante.
Feito isto, se for costume, a primeira dignidade do cabido, ou não havendo cabido, o reitor da igreja dirige uma saudação ao Bispo.
b. Em seguida, de acordo com os costumes locais, o cabido e pelo menos parte do clero, e alguns fiéis e, se for oportuno, a autoridade civil porventura presente, aproximam-se do seu Bispo, para lhe manifestarem obediência e respeito.
c. Depois, omitidos o ato penitencial e, conforme os casos, o Senhor, tende piedade de nós, o Bispo depõe a mitra, levanta-se, e canta-se: Glória a Deus nas alturas, segundo as rubricas.
659. Na homilia, após o Evangelho, o Bispo dirige pela primeira vez a palavra ao seu povo. E a Missa prossegue como de costume.
660. Se o próprio Metropolita introduzir o Bispo em sua igreja catedral, à porta da igreja, ele apresenta o Bispo à primeira dignidade do cabido e preside à procissão de entrada. Saúda o povo na cátedra e manda que sejam apresentadas e lida as Letras Apostólicas. Terminada sua leitura e após a aclamação do povo, o Metropolita convida o Bispo a sentar-se na cátedra. Depois o Bispo se levanta e canta-se: Glória a Deus nas alturas, segundo as rubricas.
661. O nome do Bispo só deve ser proferido na Oração eucarística por todos os presbíteros que celebrem Missa dentro da diocese, inclusive nas igrejas e oratórios isentos após a posse.
662. O Bispo auxiliar ou coadjutor, que tenha sido ordenado fora da igreja catedral da sua diocese, convém que seja apresentado ao povo pelo próprio Bispo residencial, dentro de uma ação litúrgica.
CAPÍTULO V
IMPOSIÇÃO DO PÁLIO
Quando tal não se puder fazer, convém que a imposição do pálio se integre no rito da recepção do Bispo na sua igreja catedral. A imposição do pálio realiza-se dentro da celebração da Eucaristia na igreja catedral do Bispo ou noutra igreja mais adequada do seu território; e é feita pelo Bispo a quem a Sé Apostólica houver confiado esta missão e segundo o rito descrito a seguir.
664. A Missa é celebrada segundo o rito estacional. O pálio é levado na procissão de entrada por um dos diáconos, e colocado sobre o altar.
665. Em lugar adequado do presbitério, prepara-se uma sede digna para o Bispo a quem a Sé Apostólica houver confiado a missão da entrega do pálio.
Este preside à celebração até à imposição do pálio.
666. Terminado o canto de entrada, o Bispo a quem foi confiada a missão de impor o pálio saúda o povo como de costume e em breves palavras explica o significado do que se vai efetuar. Depois, se a entrega do pálio se inserir na recepção do Bispo na sua igreja catedral, o diácono vai ao ambão e lê o Mandato Apostólico, que todos escutam sentados e, no fim, aclamam: Graças a Deus, ou de outra forma mais adequada, segundo os costumes locais.
667. Lido o Mandato Apostólico ou, se a entrega do pálio não se fizer na recepção do Bispo na sua igreja catedral, logo a seguir à monição de quem preside, o eleito dirige-se ao Bispo incumbido da missão de impor o pálio e, de joelhos diante dele, que está sentado e de mitra, emite a profissão de fé e o juramento na forma constante das Letras Apostólicas.
668. Depois, o Prelado recebe do diácono o pálio e impõe-no sobre os ombros do eleito, dizendo esta fórmula:
Para a glória do Deus todo-poderoso e o louvor da Bem-aventurada sempre Virgem Maria e dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, em nome do Romano Pontífice, o Papa N., e da Santa Igreja Romana, nós te entregamos o pálio, que esteve guardado junto ao túmulo de São Pedro. Ele te é entregue para ornamento da Sé episcopal de N. a ti confiada, em sinal do poder de Metropolita, para que o uses nos limites de tua província eclesiástica. Que este pálio sirva para ti como símbolo de unidade e convite à fortaleza, para que, no dia da vinda e da revelação do grande Deus e príncipe dos pastores, Jesus Cristo, possas receber, com as ovelhas a ti confiadas, a estola da imortalidade e da glória eterna.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. R. Amém!
669. Depois, omitido o ato penitencial, e eventualmente o Senhor tende piedade de nós, o Arcebispo que recebeu o pálio entoa, se for o caso o hino: Glória a Deus nas alturas.
E a Missa prossegue como de costume.
CAPÍTULO VI
TRANSFERÊNCIA DO BISPO PARA OUTRA DIOCESE OU SUA RESIGNAÇÃO
670. O Bispo transferido para outra diocese ou cuja resignação foi aceita pelo Romano Pontífice fará bem em convocar o seu povo para uma ação litúrgica, a fim de se despedir dele e com ele dar graças pelos benefícios de Deus recebidos.
CAPÍTULO VII
MORTE E EXÉQUIAS DO BISPO
671. Afetado pela enfermidade ou doença, o Bispo deverá dar exemplo ao seu povo, recebendo os sacramentos da Penitência e da Eucaristia, e, se estiver gravemente doente, o da Unção dos enfermos.
672. Estando próximos da morte e tendo dela a certeza, pedirá e receberá o Sagrado Viático, segundo o rito descrito no ritual Romano.
O presbitério, e de modo particular o Colégio dos consultores ou o cabido da igreja catedral, terão a peito prestar assistência espiritual ao Bispo agonizante, cuidando sobretudo que junto dele se recitem as preces de encomendação, e em toda a diocese os fiéis orem por ele.
673. Quando o Bispo expirar, digam-se as preces do Ritual. Depois, revista-se o defunto com suas vestes de cor roxa e com as insígnias da Missa estacional, incluindo o pálio, no caso de ter direito a ele; mas não o báculo. Se o Bispo, transferido de outras dioceses, tiver recebido vários pálios, estes serão depostos no caixão do defunto, salvo se o próprio Bispo, em vida, tiver determinado outra coisa. Depois, até ser transferido para a igreja catedral para a celebração das exéquias, o corpo do Bispo deve ser exposto em lugar conveniente, onde os fiéis o possam visitar e orar por ele. Junto do féretro ou na igreja catedral, celebrar-se-á uma vigília ou a Liturgia das Horas pelos defuntos.
674. Em dia e hora convenientes, convocar-se-á o clero e o povo para a celebração das exéquias do Bispo na igreja catedral. As exéquias serão presididas pelo Presidente da Conferência Episcopal da região ou pelo Metropolita; e com ele deverão concelebrar outros Bispos e os presbíteros da diocese.
675. As exéquias celebram-se como ficou descrito acima.
676. À última encomendação preside somente o Bispo celebrante principal.
677. O corpo do Bispo diocesano defunto será sepultado na igreja, normalmente na igreja catedral da sua diocese. O Bispo que tiver resignado à sua diocese será sepultado na igreja catedral da sua última diocese, a não ser que tenha disposto doutro modo.
678. Todas as comunidades da diocese devem orar pelo Bispo defunto, seja celebrando a Missa ou a Liturgia das Horas dos defuntos, seja doutro modo consoante as possibilidades.
CAPÍTULO VIII
VACÂNCIA DA SEDE EPISCOPAL
679. Vagando a sede episcopal, o Administrador da diocese convidará o clero e o povo a fazer instantes preces, para que seja escolhido o pastor que assuma as necessidades da Igreja. Em todas as igrejas da diocese, celebrar-se-á, pelo menos ume vez, a Missa para a eleição do Bispo, desde que não ocorra um dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos.
CAPÍTULO IX
COMEMORAÇÃO DE ALGUNS ANIVERSÁRIOS
688. Todos os anos, na igreja catedral e nas outras igrejas e comunidades da diocese comemorar-se-á o aniversário da ordenação do Bispo, com a “Missa pelo Bispo”, desde que não ocorra algum dos dias indicados nos nn. 1-6 da tabela dos dias litúrgicos.
É de louvor que, nesta dia, o Bispo do lugar presida na igreja catedral à Missa estacional.
689. Por venerável tradição, comemora-se também todos os anos o aniversário de falecimento do último Bispo, a não ser que tenha sido transferido para outra diocese. Celebrar-se-á a Missa na igreja catedral, a qual é de louvar seja presidida pelo Bispo do lugar. Aconselhem-se os fiéis e sobretudo os sacerdotes a que se lembrem diante do Senhor dos seus prelados que lhes pregaram a Palavra de Deus.
VIII PARTE
CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS RELACIONADAS COM ATOS SOLENES DO MINISTÉRIO EPISCOPAL
CAPÍTULO I
CONCÍLIOS PLENÁRIOS OU PROVINCIAIS E SÍNODO DIOCESANO
690. Vem já da antiga tradição da Igreja o costume de os Concílios e o Sínodo diocesano incluírem a celebração de atos litúrgicos, a exemplo do que vem referido nos Atos dos Apóstolos (15,6-29). É que o governo da Igreja nunca deve ser considerado como ato puramente administrativo. Pelo contrário, visto que as suas assembleias se reúnem em nome de Deus e para seu louvor e glória sob o impulso do Espírito Santo, elas devem manifestar aquela unidade do Corpo de Cristo que ressalta principalmente na liturgia sagrada. Na verdade, os que têm encargo comum devem ter também oração comum.
691. Estas assembleias iniciar-se-ão com a celebração da Missa, para a qual deve ser convocado o povo e na qual é bom que todos os membros do Concílio ou do Sínodo concelebrem com o Presidente. Aqueles que não concelebrarem podem comungar sob as duas espécies. Celebra-se a Missa pelo Concílio ou pelo Sínodo, que vem no Missal entre as Missas pela várias necessidades, com paramentos de cor vermelha, desde que não ocorra nenhum dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos.
692. Se antes da Missa, conforme as circunstâncias, se efetuar a procissão até ao local da reunião, canta-se a antífona: Atendei-nos, Senhor, ou outro canto apropriado. Ali, o Presidente saúda o povo e, feita uma monição por ele próprio ou por um dos concelebrantes ou por um diácono, o Presidente recita uma das orações do Missal para reunião espiritual ou pastoral, ou pela Igreja, sobretudo local. Em seguida, coloca-se incenso no turíbulo e, depois de o diácono eventualmente convidar em voz alta: Prossigamos em paz, organiza-se a procissão, na qual é levado por um diácono, com todo o respeito, o livro dos Evangelhos. No decurso da procissão para a igreja canta-se a ladainha dos Santos. Nesta, antes da última invocação, acrescenta-se: Para que vos digneis visitar e abençoar este nosso concilio ou sínodo. Na devida altura, podem-se também inserir as invocações do Santo Padroeiro ou Fundador e dos Santos da Igreja local. Chegada a procissão à igreja, os concelebrantes fazem a devida reverência ao altar, e vão para os lugares a eles destinados. O Presidente faz também a reverência ao altar, incensa-o e dirige-se para a cátedra, onde, omitidos os outros ritos iniciais, recita a coleta da Missa.
693. Não havendo procissão, a Missa começa como de costume, segundo o rito da Missa estacional. Após o Evangelho, o Evangeliário coloca-se aberto numa estante apropriada, no meio do presbitério.
694. Feita a homilia pelo Presidente, recita-se ou canta-se sempre o símbolo. Segue-se a este o juramento dos membros do Concílio ou do Sínodo, incluindo o do próprio Presidente.
Recitada a Oração depois da comunhão, o Presidente dá a bênção, e o diácono despede o povo. Depois o Presidente começa a oração: Aqui estamos presentes, ou outra, que todos continuam.
695. Enquanto durar o Concílio ou o Sínodo, convém que, antes da reunião de cada dia, se concelebre a Missa, ou se cante a Hora da Liturgia das Horas correspondente ao tempo do dia, ou se faça uma celebração da Palavra de Deus.
a. Celebrando-se a Missa, o livro dos Evangelhos é respeitosamente levado na procissão de entrada dos concelebrantes e deposto sobre o altar, como na Missa estacional. Proclamado o Evangelho, o livro coloca-se aberto numa estante apropriada, no meio do presbitério.
b. Celebrando-se uma Hora da Liturgia das Horas, terminada esta, o livro dos Evangelhos é respeitosamente levado por um diácono, acompanhado dos acólitos com velas acesas, e, com o mesmo rito da Missa, lê-se um trecho adequado do Evangelho e, terminada a leitura, o diácono coloca o livro aberto numa estante apropriada, como se disse acima.
c. No caso de se fazer uma celebração da Palavra de Deus, faz-se tudo como ficou dito acima, observando o que se disse das honras devidas ao livro dos Evangelhos.
696. No fim da última sessão, canta-se o hino A vós, ó Deus (Te Deum), conclui-se com a bênção dada pelo Presidente e a despedida. No caso de se celebrar a Missa nesta ocasião, o canto do hino A vós, ó Deus executa-se antes da Oração depois da comunhão. Após a despedida, podem-se também, eventualmente, cantar as chamadas “Laudes régiae” ou “carolinae”.
697. O que se diz dos Concílios e do Sínodo diocesano, que constituem reuniões mais solenes, vale também, com as devidas adaptações, para as reuniões mais frequentes que se costumam convocar como fazendo parte do governo ordinário das Igrejas, tais como: reuniões da Conferência Episcopal, do Conselho presbiteral e outras do gênero.
CAPÍTULO II
VISITA PASTORAL
698. No exercício do seu ministério de visitar as paróquias ou comunidades locais da sua diocese, o Bispo não dê a impressão de desempenhar cargo puramente administrativo, mas proceda de modo que os fiéis reconheçam nele claramente o pregador do Evangelho, o doutor, o pastor, o grande sacerdotes do seu rebanho.
699. Para se alcançar mais eficazmente este objetivo, a visita do Bispo deve fazer-se, quanto possível, naqueles dias em que os fiéis possam acorrer em maior número. Além disso, estes devem ser, no devido tempo, preparados pelos seus presbíteros com uma catequese adequada. Quanto à visita em si mesma, deve ser um tanto prolongada, de modo que o Bispo possa avaliar, promover e incentivar o apostolado dos presbíteros e dos leigos bem como as obras de caridade, coordenar a sua atividade e presidir também às celebrações litúrgicas.
700. O Bispo, revestido com as vetes corais será recebido da melhor maneira, de acordo com as circunstâncias. Se for oportuno, seja recebido solenemente e saudado pelo clero, e o povo à porta da igreja ou dentro da própria igreja. Onde for possível e se julgar oportuno, seja mesmo acompanhado até à igreja com canto festivo. Uma sóbria solenidade na recepção do Bispo será sinal de amor e devoção do povo fiel para com o bom pastor.
701. À porta da igreja, o Bispo é recebido pelo pároco revestido de pluvial. Este dá-lhe o crucifixo a beijar e depois o aspersório com água benta, com o qual o Bispo se asperge a si mesmo e aos presentes. A seguir, e após uma breve oração em silêncio diante do Santíssimo Sacramento, o Bispo dirige-se para o presbitério, onde o pároco, de pé, diante do altar, convida os fiéis a orar pelo Bispo e, feita uma breve oração em silêncio, diz a coleta: Ó Deus, pastor eterno, ou: Ó Deus, pastor e guia de todos os fiéis como do Missal.
Depois o Bispo saúda o povo e expõe os objetivos da visita. Por fim, recita a oração do Titular da Igreja ou do Padroeiro do lugar, e abençoa o povo como de costume. E o pároco despede o povo.
702. Para que os fiéis vejam mais claramente ser o Bispo o principal dispensador dos mistérios de Deus, e o orientador e responsável de toda a vida litúrgica da igreja a ele confiada, procurar-se-á que, durante a visita pastoral, ele administre, não só o sacramento da Confirmação, mas também, uma vez por outra, os sacramentos, sobretudo na visita aos enfermos.
703. No caso de a visita se prolongar, organiza-se na igreja alguma celebração da Liturgia das Horas ou da Palavra de Deus, com homilia do Bispo e preces pela Igreja, tanto universal como diocesana.
Se houver oportunidade, o Bispo irá também ao cemitério, acompanhado do povo, e ali fará preces pelos fiéis defuntos, segundo o que ficou dito acima, nos nn. 399ss, a respeito da aspersão dos sepulcros.
CAPÍTULO III
TOMADA DE POSSE DO NOVO PÁROCO
704. Antes de o pároco fazer a sua entrada na paróquia ou no próprio ato da tomada de posse, deve, segundo as normas do direito, fazer a profissão da fé, na presença do Ordinário do lugar ou de seu delegado.
705. A apresentação do novo pároco é feita pelo Bispo ou seu delegado no dia e à hora mais indicadas, depois de terem sido avisados os fiéis, de acordo com os costumes locais ou se parecer oportuno, na forma a seguir descrita.
706. Convém que a apresentação se efetue com Missa. Esta pode ser a Missa do dia, a Missa votiva do Titular da igreja ou do Espírito santo, segundo as rubricas. O Bispo presidirá à Missa, concelebrando com ele o novo pároco e alguns presbíteros da mesma paróquia ou circunscrição.
707. Se, por justa causa, o Bispo participar da Missa, mas não celebrar, convém ao menos seja ele quem preside à liturgia da Palavra; e, no fim da Missa, dê a bênção como acima se disse.
708. Seguir-se-ão os costumes locais, se os houver. Aliás, conforme os casos, adotar-se-ão, no todo ou em parte, os ritos a seguir descritos.
709. Onde as circunstâncias o permitirem, o Bispo e o novo pároco serão recebidos nos limites da paróquia e acompanhados em procissão até à porta da igreja. Aqui, o Bispo faz em breves palavras a apresentação do novo pároco e entrega-lhes as chaves da igreja. A apresentação pode também ser feita no princípio da Missa, após a saudação, mormente quando, no princípio da Missa, após a saudação do Bispo, for lido o documento de nomeação e o pároco prestar o juramento segundo as normas do direito.
710. É conveniente que o Evangelho seja anunciado pelo próprio pároco, o qual se aproxima primeiro do Bispo e dele recebe o livro e lhe pede a bênção.
711. Na homilia, o Bispo expõe aos fiéis a missão do pároco e explica o significado dos ritos que se vão seguir após a homilia.
712. Terminada a homilia, é de recomendar que o novo pároco renove as promessas que fez na sua ordenação, respondendo às perguntas do Bispo:
Filho caríssimo, diante do povo que será entregue aos teus cuidado, renova o propósito que prometeste na ordenação.
Queres desempenhar sempre o teu encargo, como fiel cooperador da Ordem Episcopal, apascentando o rebanho do Senhor sob a direção do Espírito Santo ? R. Quero !
Queres celebrar com devoção e fidelidade os mistérios de Cristo para louvor de Deus e santificação do povo cristão, segundo a tradição da Igreja ? R. Quero !
Queres unir-te, cada vez mais ao cristo, Sumo Sacerdote, que se entregou ao Pai por nós, e ser com ele consagrado a Deus para a salvação dos homens ? R. Quero !
Queres com dignidade e sabedoria desempenhar o ministério da palavra, proclamando o
Evangelho e ensinando a fé católica ? R. Quero, com a graça de Deus !
Prometes reverência e obediência a mim e aos meus sucessores ? R. Prometo !
Deus que inspirou este bom propósito te conduza sempre a perfeição.
713. Em seguida, se for oportuno, pode organizar-se uma procissão através da igreja, com turíbulo, cruz, velas e ministros. Nesta, o Bispo, à medida que vão andando, vai entregando ao pároco os locais que virão a ser consagrados pelo seu ministro: sede do presidente, capela do Santíssimo Sacramento, batistério, confessionário. Pode também convidar o pároco a abrir a porta do sacrário e a incensar o Santíssimo. Pode também, fazer a incensação do batistério. Além disso, se for fácil, poderá ainda convidar o pároco a tocar o sino.
Tudo isto se pode executar, também, antes da Missa, conforme as circunstâncias.
714. Na oração universal, inserir-se-á uma intenção especial pelo Bispo e pelo novo pároco.
715. No rito da paz, o pároco dará a paz a alguns dos fiéis que representem a comunidade paroquial.
716. Dita a Oração depois da comunhão, o Bispo convidará o pároco a dirigir breve alocução à comunidade.
APÊNDICES
APÊNDICE I
VESTES PRELATÍCIAS
I. VESTES DOS BISPOS
Vestes corais
717. O Bispo usa sempre o anel, sinal da fé e união nupcial com a Igreja sua esposa.
As vestes corais do Bispo, quer dentro quer fora da sua diocese, são: hábito talar de cor violeta; faixa de seda violeta, guarnecida de franjas igualmente de seda nas duas extremidades (mas sem frocos); roquete de linho ou de outro tecido semelhante; mozeta de cor violeta (sem capuz); cruz peitoral pendente de cordão de cor verde entrançado de ouro sobre a mozeta; solidéu também de cor violeta; barrete da mesma cor, com borla. Meias também de cor violeta.
718. A capa magna de cor violeta, sem arminho, pode usar-se nas festas mais solenes, mas só dentro da diocese.
719. Sapatos usuais, pretos, sem fivelas, meias violáceas.
720. As veste acima referidas usam-se sempre que o Bispo se dirige publicamente para a igreja ou dela regressa, quando participa, sem presidir, de uma celebração litúrgica ou de um ato sagrado, e noutros casos previstos neste Cerimonial.
Vestes em atos solenes fora das celebrações litúrgicas
721. As vestes episcopais a usar em ocasiões solenes fora das celebrações litúrgicas são: hábito talar de cor preta, avivada de cordão vermelho, com orla, costuras, caseado e botões igualmente vermelhos, mangas sem dobra; sobre ela, pode-se usar a romeira, igualmente avivada de cordão vermelho; faixa de seda de cor violeta, guarnecida de franjas também de seda nas duas extremidades; cruz peitoral pendente de cordão; solidéu e barrete de cor violeta.
a. É inteiramente livre o uso de meias de cor violeta com batina negra.
b. O Chapéu, de aba larga, de felpo preto, pode eventualmente ser adornado com cordões e borlas de cor verde.
c. O uso do manto talar amplo, de seda de cor violeta, é reservado para as circunstâncias mais solenes. Além destas vestes, pode-se usar uma capa digna, de cor preta, à qual é permitido acrescentar uma romeira.
d. Para cerimoniar os bispos usam batina violácea, sobrepeliz, e cruz peitoral.
Vestes de uso corrente
722. O traje comum ou de uso diário pode ser batina preta, não guarnecida de cordão e cor violeta. Os Bispos pertencentes a uma família religiosa podem usar o hábito próprio dela. Com este hábito talar, usam-se meias pretas; mas pode-se usar o cabeção, o solidéu e a faixa de cor violeta. A cruz peitoral é sustentada por uma corrente. Traz-se sempre o anel.
II. VESTES DOS CARDEAIS
723. Tudo quanto acima se disse acerca das vestes dos Bispos aplica-se às vestes dos Cardeais, salvo o seguinte:
- o que, para os Bispos, é de cor violeta, é para os Cardeais, de cor vermelha;
- a faixa, o solidéu e o manto talar amplo são de seda ondeada;
- o cordão da cruz peitoral e os cordões e borlas do chapéu são de cor vermelha e ouro;
- o barrete, de seda vermelha ondeada, só se pode usar com as vestes corais, ou ferraiolo é batina negra, e não como cobertura ordinária da cabeça.
III. VESTES DE OUTROS PRELADOS
724. Os prelados equiparados pelo direito aos Bispo diocesanos, ainda que não revestidos da dignidade episcopal, podem usar as mesmas vestes que os Bispos.
725. Os Prelados Superiores dos Dicastérios da Cúria Romana não revestidos da dignidade episcopal, os Auditores da Rota Romana, o Promotor geral da justiça e o Defensor do vínculo no Supremo tribunal da Assinatura Apostólica, os monsenhores e os Clérigos da Câmara Apostólicas:
a) Como hábito coral usam veste talar de cor violeta com faixa violeta guarnecida de franjas de seda, roquete, mantelete violeta e barrete preto com borla vermelha;
b)Em atos solenes fora da liturgia, usam vestes talar preta, com “debruns” e outros ornatos vermelhos, sem romeira, faixa violeta como acima, manto talar amplo de cor violeta (que, no entanto, não é obrigatório). Meias pretas e sapatos comuns sem fivelas.
726. Os Monsenhores:
a) Como hábito coral, usam veste talar de cor violeta ou faixa de seda da mesma cor, guarnecida de franjas, sobrepeliz, mozeta preta e barrete preto com borla violácea;
b) As vestes talarares dos monsenhores são: Batina preta ou violácea, faixa talar violácea, sapatos e meia violácea ou preta.
c) O monsenhores para cerimoniar usam apenas batina negra ou violácea e sobrepeliz, é reservada1 apenas aos monsenhores fora da missa o uso do mantelete.
IV. VESTES DOS CÔNEGOS
727. Nas celebrações litúrgicas, como hábito coral, usam batina negra, faixa violácea preta, sobrepeliz, mozeta preta, barrete preto com borla vermelha das celebrações litúrgicas, usam o traje correspondente à sua condição.
a) Como vestes talares os cônegos usam batina negra, com botões vermelhos, faixa negra, meias pretas e sapato
APÊNDICE II
TABELAS DOS DIAS LITÚRGICOS
1. Segundo sua ordem de precedência:
I
1. Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor.
2. Natal do Senhor, Epifania, Ascensão e Pentecostes.
Domingo do Advento, da Quaresma e da Páscoa.
Quarta-feira de Cinzas.
Férias da Semana Santa, de Segunda a Quinta-feira inclusive.
Dias dentro da oitava da Páscoa.
3. Solenidades do Senhor, da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos inscritos no calendários geral.
Comemoração de todos os fiéis falecidos.
4. Solenidades próprias, a saber:
a) Solenidade da Festa da SICAR/Habblet
b) Solenidade do Padroeiro principal do lugar ou da cidade;
c) Solenidade da Consagração e do aniversário de Consagração da igreja própria;
d) Solenidade do Titular da igreja própria;
e) Solenidade do Titular, do Fundador, ou do Padroeiro principal da Ordem ou Congregação.
___________________________________________________________________________________
II
5. Festas do Senhor inscritas no calendário geral.
6. Domingos do tempo do Natal e domingos do tempo comum.
7. Festas da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos do calendário geral.
8. Festas próprias, a saber:
a) Festas do Padroeiro principal da diocese;
b) Festa do aniversário de Consagração da igreja catedral;
c) Festa do Padroeiro principal da região ou província, da nação ou de um território mais amplo;
d) Festa do Titular, do Fundador, do Padroeiro principal da Ordem ou Congregação e da província religiosa, salvo o prescrito no n. 4;
e) Outras festas próprias de uma Igreja;
f) Outras festas inscritas no Calendário de alguma diocese ou Ordem ou Congregação.
9. As férias do Advento, de 17 a 24 de dezembro inclusive:
Dias dentro da oitava do Natal.
Férias da Quaresma.
___________________________________________________________________________________
10. Memórias obrigatórias do calendário geral.
11. Memórias obrigatórias próprias, a saber:
12. Memórias do Padroeiro secundário do lugar, da diocese, da região ou província, da nação, de um território mais amplo, da Ordem ou Congregação e da província religiosa;
a) Outras memórias obrigatórias próprias de uma Igreja;
b) Outras memórias obrigatórias inscritas no calendário de uma diocese, Ordem ou Congregação;
12. Memórias facultativas, que podem contudo ser celebradas também nos dias de que fala o n. 9, segundo o modo descrito nas Instruções sobre a Missa e o Ofício,
Do mesmo modo, as memórias obrigatórias, que costumam ocorrer nas férias da Quaresma, poderão ser celebradas como memórias facultativas.
13. As férias do Advento até 16 de dezembro inclusive.
a) As férias do tempo do Natal, do dia 2 de janeiro até o sábado depois da Epifania.
b) As férias do tempo pascal, de segunda-feira depois da oitava da Páscoa até ao sábado antes de Pentecostes inclusive.
c) As férias do tempo comum.
Dado e Passado em Roma, aos 15 dias do ano de 2021.
Dom Pedro Henrique Cardeal Montini
Bispo de Velletri-Segni e Óstia
Prefeito do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos
