Carta de Esclarecimento em relação à antiga Carta “Ferro e Fogo”

ROMANUS, EPISCOPUS
SERVUS SERVORUM DEI

Aos que lerem este esclarecimento, saudação, paz e bênção apostólica.

Venho, por meio desta, trazer a público um esclarecimento necessário e doloroso acerca da recente carta intitulada “Ferro e Fogo”. Sou compelido a tornar claras as circunstâncias que envolveram a sua redação e publicação, bem como a retirada subsequente, na esperança de que a verdade traga alívio e preserve a unidade de nossa Igreja.

Infelizmente, fui coagido, sob a ameaça direta de Sua Eminência Joseph Betori, a redigir e publicar tal carta. Caso eu me recusasse a fazê-lo, fui advertido de que ele próprio abandonaria a Igreja, um ato que ameaçaria gravemente a estabilidade e comunhão eclesial. Essa pressão, temo, possa ter sido uma das causas que desencadearam a divisão que hoje enfrentamos.

Após a publicação, aconselhado por um cardeal próximo e refletindo mais profundamente sobre o ocorrido, decidi suprimir a carta. Lamento informar que fui vítima das intenções de alguém tomado por uma sede nociva de poder, o qual se valeu de sua posição para corromper a unidade inestimável do Corpo Eclesiástico. É com o espírito de humildade e sincero desejo de edificação que apresento esta explicação pública, reconhecendo e agradecendo o apoio que recebi de tantos entre vós, em espírito de comunhão e unidade.

Lastimavelmente, nosso clero e fiéis têm sido alvo de calúnias e falsidades disseminadas por aqueles envolvidos em um movimento cismático, cujo propósito parece ser minar nossa unidade e atrair outros para o mesmo erro. Destaco com pesar o caso de Thallys, ex-clérigo, que justificou seu afastamento por motivos de saúde, mas que, sob a influência de Luís Miguel, veio a envolver-se em esforços divisionistas. Ademais, surgem acusações infundadas de que eu seria uma “conta fake” de Enrico Montini, uma narrativa forjada com o intuito de desviar a atenção e confundir nosso clero.

Neste momento, considero imprescindível que tal esclarecimento seja feito, pois, tristemente, “os lobos estão à solta” para enganar e semear o engano entre muitos.

Reitero aqui meu compromisso com a verdade, com a integridade do Corpo da Igreja e com a unidade que Cristo nos confiou. Que possamos, unidos em oração e vigilância, atravessar juntos este momento de provação, amparados pela fé e pela graça de Deus.

Dado em Roma, junto a Cátedra de São Pedro, ao trigésimo primeiro dia de outubro do ano do senhor de dois mil e vinte e dois, primeiro do meu Pontificado.

† ROMANVS, PP. II
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