R O M A N V S, E P IS C O P V S
SERVUS SERVORVM DEI
Aos estimados irmãos e irmãs que esta minha CARTA ler, saudação, paz, misericórdia, consolo e esperança.
Dirijo-me a todos com o coração profundamente tocado pela dor e pela reflexão, diante dos últimos acontecimentos que abalaram o nosso orbe. Como pastor desta grei, é meu dever falar em nome da Igreja e de todos os que buscam a paz e a justiça sob a luz de Cristo.
Nos últimos dias, os templos sagrados, locais que transcendem meras construções de pedra e que, por gerações, têm sido o refúgio das almas em busca de esperança, foram alvo de ataques e destruição. Estes atos não só violam o respeito que todos devemos às casas de Deus, mas também afrontam os valores que sustentam nossa convivência: amor, fraternidade e reverência pelo divino. Repudiamos, com veemência, tais ações, que atentam contra a sacralidade da fé e da harmonia entre os povos.
Contudo, como cabeça visível da Igreja de Cristo, também me coloco diante de vós com humildade e responsabilidade. Se, por qualquer eventualidade, houve envolvimento, direto ou indireto, de membros da nossa Igreja em atos que contribuíram para tal devastação ou violência, peço, em nome de todos, perdão. Que possamos reconhecer nossos erros, aprender com eles e buscar a verdadeira conversão que a fé nos chama a ter.
O ensinamento de Jesus, que nos exorta a amar nossos inimigos, a sermos mansos e humildes de coração, deve ser o guia da conduta de cada cristão. A Igreja deve ser sempre uma fonte de paz, uma defensora da verdade e uma luz que inspira reconciliação. Por isso, faço um chamado ao diálogo e ao entendimento mútuo, para que o ciclo de violência cesse e a santidade dos locais de culto seja restaurada e respeitada por todos.
Imploro aos líderes de todas as esferas e aos fiéis que nos unamos em oração e em ação pela paz. Que cada gesto, cada palavra e cada decisão nossa seja um testemunho vivo do amor de Deus. Que o Espírito Santo nos conduza na reconstrução não apenas de templos, mas de pontes que nos ligam como irmãos e irmãs em um só coração.
Que a graça de Deus nos fortaleça, e que Maria, nossa Mãe, interceda por nós nestes tempos desafiadores. Que a justiça e a misericórdia caminhem juntas, e que possamos todos encontrar no perdão a chave para um futuro mais brilhante e mais unido.
Em Cristo, nosso Senhor, envio-vos a minha bênção e a promessa das minhas orações incessantes.
Dado em Roma, no Gabinete Apostólico, no dia 03 de novembro do ano do Senhor de 2024, primeiro do meu Pontificado.
+ ROMANVS PP. II