Nota de Esclarecimento | Sobre o status canónico do sr. Carlos Saxum

JOÃO PAULO, BISPO
SERVO DOS SERVOS DE DEUS

Roma, 18 de junho de 2025.

Estimados irmãos e irmãs que esta lerem, saudação, paz e bênção apostólica lhes sejam concedidas abundantemente.

Chegaram-nos diversas interrogações acerca do senhor Carlos Saxum. Circulam relatos de que ele teria divulgado que fora por mim exonerado, o que é falso. Passamos a expor os fatos de maneira clara e fundamentada.

Carlos Saxum ingressou em nosso clero, vindo de cisma, ainda durante o pontificado do Papa Romano II, sendo padre e sendo ainda nomeado para o múnus episcopal. O referido prelado manifestava constante ambição pelo poder, buscando sua nomeação ao cardinalato. O Papa Leão V, meu predecessor de memória, nomeou-o cardeal publicamente. Contudo, ao ser indagado pelo Colégio Cardinalício sobre a legitimidade dessa nomeação, dado que tradicionalmente cabe ao Colégio, em consistório, com a aprovação do Pontífice, eleger os cardeais (cf. Codex Iuris Canonici can. 351 §1), foi necessária a nossa imposição para que Leão V anulasse tal criação, reconhecendo a irregularidade do ato.

Importa ressaltar que, mesmo permanecendo nomeado, o referido clérigo recusava-se a participar dos eventos habituais, no Habblet Hotel, alegando enfermidade — fato posteriormente constatado como inverídico — e não concelebrava nenhuma celebração desde então, contrariando o dever ministerial de unidade e da comunhão. (cf. LG 27).

No início do meu pontificado, considerei a possibilidade de validar novamente a bula do meu predecessor e efetivar sua criação como cardeal. Todavia, sua ausência continuada e falta de compromisso foram evidentes. Quando convocado o Colégio Cardinalício para a minha entronização, ele respondeu publicamente no grupo: “Não vou, somente irei quando você quiser me criar cardeal” (sic). Tal postura gerou incertezas e divisões, o que levou os cardeais a reafirmar a nulidade da bula do predecessor.

Ao ser comunicado da anulação oficial, o Sr. Carlos Saxum insultou-me no grupo do Colégio dos Cardeais, chamando-me de “Papa ditador” e acusando-me de “favorecer apenas os interesses que lhe convêm”, afastando-se em seguida e unindo-se a uma outra organização cismática, incorrendo assim em excomunhão latae sententiae (cf. Codex Iuris Canonici can. 1364 §1) reservada à Santa Sé Apostólica.

Recentemente, o mesmo foi visto em nossos aposentos vestido de praticante de macumba e abrindo um terreiro de candomblé, um fato que não apenas revela sua ruptura com a fé católica como também o expõe à grave prática de superstições condenadas pela Igreja (cf. Deuteronômio 18, 10-12; Catecismo da Igreja Católica §§2117-2118).

Além disso, seguiu influenciando clérigos com inverdades e sua conduta demonstrou total desinteresse pelo apostolado verdadeiro, pautado no anúncio de Cristo e no serviço ao povo de Deus. Em vez disso, buscou somente poder e egoísmo, erigindo um novo cisma com o intuito de atacar esta Sé Apostólica, em paralelismo com o comportamento de certos grupos que abduziram, de veneranda memória, o meu predecessor, diversas vezes.

Por isso, esclarecemos que o Sr. Carlos Saxum encontra-se formalmente EXCOMUNGADO e, portanto, está proibido de manter comunhão conosco, adentrar nossos territórios e manter qualquer contato, salvo se este for para trazê-lo de volta à plena comunhão com a Santa Igreja Católica Apostólica Romana (cf. Codex Iuris Canonici can. 1331; Suma Teológica, II-II, q. 33, a. 4).

Solicitamos ao Dicastério para a Justiça que torne oficial e pública esta excomunhão, conforme determina a legislação canônica.

Manifestamos, entretanto, nossa vontade fraterna de tê-lo novamente entre nós e elevamos nossas orações para sua conversão pessoal. Que ele possa compreender que o apostolado não é um mero jogo ou “RPG”, mas uma verdadeira missão, conforme o mandamento de Cristo: "Ide pelo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (São Marcos 16,15).

Lembramos que o ministério é um serviço divino, um múnus operandi, que exige fidelidade, humildade e compromisso sincero com a missão evangelizadora. Reduzir o clero a um simples entretenimento ou rpg ofende gravemente os ensinamentos de Nosso Senhor e a santidade da Igreja (cf. Suma Teológica, II-II, q. 183, a. 6).

Que o Senhor nos dê luz e força para manter a unidade e a verdade da Santa Igreja Romana, à qual todos devemos fidelidade.

Sem nada mais a acrescentar.


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