Telegrama | Ao Arcebispo Gonçalo Bragança Mendes

BONIFATIUS, EPISCOPUS
PONTIFEX MAXIMUS
SERVUS SERVORUM DEI

Ao excelentíssimo Dom Gonçalo Bragança Mendes, Arcebispo de Fátima, e a todos os que este meu TELEGRAMA lerem, saudação, paz e bênção apostólica.

Recebi, com sincera consternação, a notícia do falecimento da vossa querida avó. Nesta hora marcada pelo silêncio eloquente da dor, elevo as minhas orações ao Senhor, pedindo-Lhe que a acolha no seio da Sua misericórdia e lhe conceda o descanso eterno prometido aos que O amam.

“Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus fiéis” (Salmo 116,15). Na fé que professamos, cremos firmemente que os que adormecem no Senhor não estão mortos, mas ressuscitados, triunfantes em Cristo, e que os laços do amor, forjados na terra, não se rompem na eternidade.

Uma avó é um sacrário de ternura e sabedoria, é uma presença silenciosa e constante que guarda em si a memória viva da família, a herança da fé e os traços da maternidade. “As avós são a memória viva da família, são aquelas que nos transmitiram a fé” – palavras do saudoso Papa Francisco, que ressoam, com particular verdade, neste momento do luto.

Uno-me, pois, à vossa Excelência em oração e recolhimento. Que as lembranças da vossa avó, vos seja conforto e força. Que Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Mãe de todas as consolações, vos ampare com o Seu manto, e vos conceda serenidade no pranto, luz na saudade e verdadeira esperança na ressurreição, que todos cremos e um dia também viveremos.

Recordo ainda o que São João Paulo II nos ensinava: “Na morte, a vida não é tirada, mas transformada”. Na certeza desta esperança, exprimo as minhas mais sentidas condolências e a minha proximidade, em nome de toda a Igreja.

Concedo-te, com paternal benevolência, um tempo de licença até domingo, dia 3 de agosto, para que, no recolhimento e no silêncio, possas fazer memória viva e grata do legado que dela recebestes. Recebe o nosso abraço fraterno, com o coração unido ao vosso, na oração.

Dado em Roma, aos trinta e um dias de julho do ano jubilar da esperança de dois mil e vinte e cinco, primeiro do meu Pontificado.

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