BONIFATIUS, EPISCOPUS
PONTIFEX MAXIMUS
SERVUS SERVORUM DEI
A quantos a esta minha Carta Apostólica lerem, saudação, paz e bênção apostólica.
No coração da Igreja, Esposa de Cristo, sempre ressoa o clamor do Evangelho que nos chama a ser construtores de paz e testemunhas do amor de Deus entre os povos. Contudo, em nosso tempo, somos dolorosamente confrontados com os sinais da discórdia, da violência e da guerra, que devastam as famílias, as comunidades e as nações.
É diante desta hora grave que, em comunhão com a Igreja Universal, e respondendo ao convite do Papa Leão XIV, elevamos hoje a voz para conclamar todo o Povo de Deus a unir-se numa grande súplica ao Céu, pedindo o dom inestimável da paz.
Embora nosso apostolado seja no mundo virtual, no Habblet Hotel, sabemos que a comunhão da Igreja não conhece limites de espaço ou de tempo, pois todos os fiéis, unidos em Cristo, formam um só Corpo animado pelo mesmo Espírito (cf. 1Cor 12,12-13) e ouvindo o apelo do Santo Padre pela Paz jamais podemos ficar indiferentes.
Deste modo, na autoridade que me é confiada enquanto Pontífice, convoco toda a Igreja — Bispos, Presbíteros, Diáconos, Religiosos, Religiosas e Fiéis Leigos — a unirem-se, na próxima sexta-feira, dia 22 de agosto, Festa da Coroação da Bem-Aventurada Virgem Maria, Rainha do Céu e da Terra, a um dia de Jejum e Oração a fim de rogar ao Senhor pela tão esperada Paz.
Este gesto de penitência e de súplica, vivido em comunhão universal, seja expressão da fé viva do povo cristão, que deposita toda a confiança em Deus, Senhor da história e Príncipe da Paz.
Exortamos as Arquidioceses, Dioceses e Paróquias a organizarem, neste mesmo dia, a exposição do Santíssimo Sacramento, para que os fiéis O possam adorar em silêncio e interceder pela paz entre as nações, pedindo a reconciliação dos corações endurecidos e a conversão dos que semeiam violência.
Pedimos aos Ordinários Locais que convoquem os seus Auxiliares, Presbíteros e Diáconos a se unirem, junto ao povo, na celebração da Santa Missa com a intenção específica de implorar a paz, conforme as normas litúrgicas próprias.
Recomendamos também que os fiéis, conforme as possibilidades de cada comunidade, organizem momentos de oração, como também a recitação do Santo Rosário e outros piedosos exercícios, todos voltados para a súplica unânime da paz.
Recordamos que a oração e o jejum, unidos à caridade fraterna, são armas espirituais de grande poder, conforme nos ensina a Sagrada Escritura: “Este gênero de mal não se expulsa senão pela oração e pelo jejum” (cf. Mt 17,21).
A Virgem Santíssima, coroada no Céu como Rainha e Mãe de Misericórdia, intercede incessantemente por seus filhos e oferece ao mundo o Seu Filho Jesus, único Salvador. Confiamos a Ela, Rainha da Paz, o fruto deste dia penitencial, certos de que, por Sua intercessão, a paz há de florescer como dom de Deus e compromisso dos homens.
Queremos que este apelo seja acolhido com docilidade e zelo, e que, onde quer que se encontrem, os filhos e filhas da Igreja, unidos em um só coração e uma só alma, deem testemunho da esperança que não decepciona (cf. Rm 5,5).
Sem jamais esquecer que também na realidade estejamos comprometidos e obrigados para com este pedido, fazendo o jejum e oração constante nas nossas comunidades.
Assim, toda a Igreja, peregrina na terra, se apresentará diante de Deus como oferta viva, santa e agradável (cf. Rm 12,1), rogando a paz que o mundo não pode dar, mas que Cristo Ressuscitado concede aos seus discípulos (cf. Jo 14,27).
Confiamos este apelo ao vosso coração pastoral e à vossa generosidade cristã, para que, no dia 22 de agosto, a Igreja se eleve como um só coro de súplicas, pedindo a paz para todos os povos.