Boa noite! Bom domingo!
Hoje renovo o convite à oração — oração que deve ser fortaleza para a paz. A paz que tantas crianças ainda choram, que faz tremer os corações inocentes e fere a dignidade da humanidade. A paz que almejam os que fogem, os que se refugiam.
Vivemos o Jubileu da Esperança. É um tempo firme, no qual proclamamos: Cristo é a nossa Esperança. E, como filhos dessa esperança, somos chamados a acreditar e a renovar a nossa fé. A esperança nos une, nos reconhece, nos abençoa e nos move a agir. Pois, muitas vezes, a nossa esperança é a cruz. Olhemos diretamente para a cruz: nela está toda a resposta dessa esperança em Cristo vivo e ressuscitado.
Entendamos o sinal da esperança: ela se dá a todos. O Evangelho de hoje fala sobre o dom de Deus. Não se pode servir a dois senhores. E, no entanto, muitos, infelizmente, não conseguem servir bem nem ao próprio ego inflado. Nosso Senhor nos convida a centrarmos a vida em Deus. Não podemos agir conforme os nossos desejos, mas segundo a vontade divina.
Se é preciso para amar, então há espaço para tolerar quem outros não toleram, para amar quem outros não amam. Não sirvamos à guerra nem ao interesse. Sirvamos a Deus, através do amor.
Renovo, mais uma vez, este convite ao amor. Pode doer? Pode ferir? Mas o amor garante o céu. E o sofrimento revela o fruto da santificação. Não tenhamos medo de sofrer. Tenhamos, sim, medo de odiar ou de cometer injustiça contra aqueles que precisam ser abraçados.
A Igreja é de todos, mas não tolera tudo. E, como não tolera tudo, também não se molda ao gosto de cada um. Ou servimos a Deus, conscientes das leis e dos mandamentos, ou servimos a nós mesmos — e estamos condenados por nossas próprias leis. Ou escolhemos a herança do céu, ou o castigo do inferno. Ou escolhemos a alegria, ou o sofrimento eterno.
Olhando para este Evangelho, possamos acreditar que Deus deseja fazer, em cada um de nós, espaço e fonte de felicidade e santidade. Para isso, sejamos unidos e amemo-nos de todo o coração. Não guardemos ódio nem rancor.
Por isso, renovo outro novo apelo, para dia 7 de outubro: voltemos a rezar pela paz, a fazer jejum e oração. Conclamo, assim, a Igreja ao jejum e à oração: pela paz no mundo, pela conversão dos cristãos e pelo Ano Santo da Fraternidade, que se inicia no próximo ano.
Por fim, manifesto meu pesar pela morte do Abade Bernardo Mathaus, até então Abade da Ordem de São Bento. Que a família beneditina encontre, na promessa da Ressurreição, a esperança do céu e a glória da eternidade — onde o querido Bernardo agora vive e triunfa, até o juízo final.
Sejam todos bem-vindos! Rezemos...
Bom domingo, uma abençoada semana e um excelente jantar. Até para a semana!