PROEMIO
Desde o início do nosso pontificado, temos enfatizado a importância de uma Igreja unida e em comunhão, que caminha juntos como um único corpo em Cristo. Inspirados pelas palavras do Senhor, "Eu vos envio como Pastores para apascentares o rebanho" (cf. Jo 21, 17), convocamos esta III Assembleia dos Bispos para fortalecer e renovar nosso compromisso pastoral e ministerial.
A Igreja, como nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, é chamada a ser "o sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano" (CIC, 775). Esta convocação para a assembleia é um testemunho do nosso desejo de promover esta unidade e comunhão, reforçando o nosso papel como guias e pastores do Povo de Deus.
Num mundo em rápida mudança e cheio de desafios, a missão dos bispos é ainda mais crucial. Como nos recorda São Paulo, "Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; e há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo" (1 Cor 12, 4-5). Reunindo-nos, podemos partilhar as nossas experiências, aprender uns com os outros e discernir, juntos, as respostas pastorais mais adequadas para os nossos tempos.
A nossa responsabilidade pastoral e ministerial, tal como delineada no Código de Direito Canônico, exige que sejamos "mestres de doutrina, sacerdotes do culto sagrado e ministros do governo" (CDC, c. 375 §1). Esta assembleia será uma oportunidade para aprofundarmos a nossa compreensão e prática desta missão, abordando temas cruciais como a evangelização, a catequese, a liturgia e a administração dos sacramentos.
Com esta assembleia, aspiramos a renovar o nosso compromisso com o Evangelho e a edificação do Corpo de Cristo, garantindo que a nossa missão pastoral esteja sempre em sintonia com os ensinamentos de Cristo e as necessidades do povo de Deus.
CONVOCAÇÃO
A missão do episcopado, como nos ensina o Catecismo da Igreja Católica, é uma chamada a "uma peculiar participação na missão de Cristo, Pastor e Cabeça, e que são legítimos Pastores" (CIC, 893). A nossa vocação pastoral exige de nós um compromisso contínuo e uma dedicação incansável ao serviço do Evangelho e da Igreja.
Segundo o Código de Direito Canônico, "os Bispos, que, por instituição divina, sucedem aos Apóstolos, são constituídos Pastores na Igreja, para serem mestres de doutrina, sacerdotes do culto sagrado e ministros do governo" (CDC, c. 375 §1). À luz desta responsabilidade, a III Assembleia dos Bispos será uma oportunidade para aprofundarmos a nossa compreensão e prática da missão pastoral e ministerial. Debateremos assuntos pertinentes à evangelização, à catequese, à liturgia, e à administração dos sacramentos, bem como os desafios contemporâneos que afetam a nossa missão.
Lembremo-nos das palavras de São Pedro: "Apascentai o rebanho de Deus que vos é confiado, velando sobre ele, não por constrangimento, mas de livre vontade, como Deus quer; não por torpe ganância, mas com dedicação" (1 Pd 5, 2). Estas palavras devem inspirar-nos durante os nossos debates e reflexões, guiando-nos a servir com coração generoso e espírito renovado. A nossa missão é tornar visível o amor de Cristo através de um serviço pastoral que responda às necessidades do povo de Deus.
A vossa presença e participação são indispensáveis para o sucesso desta assembleia, pois "onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles" (Mt 18, 20). Que o Espírito Santo nos ilumine e nos conduza, para que possamos discernir e responder com sabedoria e coragem aos desafios do nosso tempo. A nossa comunhão e unidade como bispos é essencial para fortalecer a fé dos fiéis e promover a justiça e a paz no mundo.
Além dos temas mencionados, discutiremos também a importância da formação contínua do clero e dos leigos, a promoção da justiça social e o cuidado com a criação, em conformidade com o ensinamento social da Igreja. Como nos recorda o Papa Francisco na encíclica Laudato Si’, "não há duas crises separadas, uma ambiental e outra social, mas uma única e complexa crise socioambiental" (LS, 139). A nossa missão pastoral deve integrar esta visão holística para promover o bem comum e a dignidade de todas as pessoas.