Bula Pontifícia - Através da qual se removem três antipapias


R O M A N U S,  E P I S C O P U S
S E R V U S  S E R V O R U M  D E I

A todos os que lerem esta Bula Pontificia, saúde, paz, misericórdia e benção apostólica.

Dirigimos aos fiéis, com espírito de misericórdia e reconciliação, conforme as palavras do Apóstolo: “E tudo isto vem de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação” ( cf. II Cor. 5, 18).

Com o firme propósito de honrar a memória dos que serviram à Igreja e, por amor à verdade, restaurar o que foi obscurecido pelas tribulações da história, promulgamos este decreto.

Proemio

Ao longo dos séculos, a Igreja, depositária da graça divina e da verdade eterna, enfrentou épocas de conflitos internos e externos que, por vezes, deram origem a julgamentos que careciam da equidade e da caridade exigidas pela lei de Cristo. 

Reconhecemos que entre os pastores da Cátedra de Pedro, alguns foram injustamente julgados e, em sua memória, sobrevieram condenações que devem agora ser reparadas.

Inspirados pelas palavras de Cristo: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (cf. Mt. 5, 6), e movidos pela obrigação pastoral de corrigir as feridas da história, declaramos o seguinte, decreto:

1. Por esta Bula, e com a autoridade conferida à Cátedra de Pedro, declaramos removidas todas as condenações de antipapias outrora impostas aos Papas Bento VI, Bonifácio II e João XII, reconhecendo-os como legítimos Sucessores de Pedro e pastores da Igreja universal.

2. Determinamos que toda mancha ou suspeita lançada contra a memória desses pontífices seja considerada nula e sem efeito, e que seus nomes sejam inscritos e honrados entre os legítimos Bispos de Roma.

3. Ordenamos que os arquivos da Igreja sejam devidamente ajustados, e que a honra e a dignidade desses pontífices sejam plenamente restauradas na memória histórica e na tradição da Igreja.

Ademais, convidamos todos os fiéis a unirem-se em oração por aqueles que dedicaram suas vidas ao serviço da Igreja, mesmo em tempos de grande tribulação. 

Que esta decisão seja um testemunho da busca incessante pela verdade e pela justiça que deve guiar a Igreja em todas as épocas, conforme o mandamento do Senhor: “Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (cf. Lc. 6, 36).

Promulgue-se, ordene-se e arquive-se para memória perpétua.

Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 16 de janeiro, no Jubileu da Esperança em 2025, no primeiro do nosso pontificado.

+ Romanus, II
Pontífice Máximo
Servus Servorum Dei

Eu o subscrevo,
Card. Scherer, Leopoldo
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