Seminare- Sobre a Formação Acadêmica e Pastoral dos Pretendentes ao Sacerdócio
Dom Lucas Cardeal ReysPrefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação.
INTRODUÇÃO
Inicio este documento com esta passagem, a fim de chamar a atenção para a nossa real missão nesta terra: Anunciar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo para todas as criaturas.
Com essas palavras em minha mente e com o desejo de melhor formar os nossos pretendentes ao sacerdócio, escrevo este para padronizar e deixar mais claro o processo de formação, afinal, devemos estar preparados e munidos com o conhecimento para isso.
I - DOS PRETENDENTES
A fim de melhor organizarmos e para o melhor convívio em comunidade, devemos seguir um critério, que deve ser atendido, para o ingresso em nossa Comunidade de Apostolado Virtual.
A) - DA IDADE DO ELEITO
Os pretendentes ao ingresso devem possuir a idade mínima de 12 anos, sendo esta a idade real do pretendente.
B) - DO TESTEMUNHO DE FÉ
Pede-se que o mesmo reconheça o motivo de seu desejo e professe a Fé Católica Apostólica Romana, uma vez que, para a nossa missão, não podemos levantar testemunhos que vão ao contrário da Santa Igreja e de seus ensinamentos.
Tendo cumprido estes dois requisitos mínimos, não há motivos para negarmos a entrada e dar início ao processo de formação dos mesmos.
II - DO PROCESSO DE FORMAÇÃO
Ao ser aprovado, cabe iniciar o processo de formação. Conforme já supracitado nessas letras, o intuito dessa formação é preparar o pretendente, que agora já podemos chamá-lo de Seminarista, para seu ministério e apostolado.
A) DO SEMINÁRIO
O seminário para a formação será único para todos. Sendo este, presente na Diocese de Roma. Sendo ele o único para a formação dos pretendentes.
B) - DO PROCESSO VOCACIONAL
O acolhimento dos vocacionados deve ocorrer por todas as Igrejas Particulares (Dioceses) que, de forma oficial, apresentarem seu Pretendente a esta Secção da Cúria Romana. Ao final do processo, serão encaminhados para as Dioceses que os acolheram e, neste ponto, apresentaremos (este Dicastério) ao Dicastério para o Clero, formalizando o fim de sua formação.
C) - DAS DIOCESES
Cabe a cada Administrador Apostólico de suas devidas Igrejas Particulares nomear e apresentar para este Dicastério uma pessoa para acompanhar a formação dos pretendentes no período de formação. Este deve apresentar ao Bispo Diocesano os progressos com o aval deste, para que, em reuniões específicas, possam ser debatidas mudanças.
D) DO PREFEITO PARA O DICASTÉRIO PARA A CULTURA E EDUCAÇÃO
Cabe ao Prefeito acompanhar de perto a formação, sendo a testemunha ocular da aptidão que o seminarista tem para o sacerdócio. Sendo o trabalho dele, dar o Ato de Fé ao Santo Padre sobre o quão bem formado está o Novo Sacerdote, alegando o futuro para o Apostolado.
E) DA GRADE EDUCACIONAL
Visando a preparação para termos sacerdotes capazes, a formação e a seleção das matérias de estudos são escolhidas de forma cautelosa e pensando na melhor compreensão. A apostila é o melhor rumo para o estudo e, neste caso, afirmamos que está completa e segue sendo o nosso norte até que seja convocada uma mudança. Porém, para melhor capacitação, será posto e, desde a publicação deste, se torna uma matéria fixa para a formação em Homilética.
A Homilética vem com o mesmo propósito do conhecido ensinar e auxiliar na preparação de Homilias, Sermões e Discursos em um teor Religioso. É fundamental a compreensão e a assertividade ao passar a mensagem, por isso se torna uma matéria fixa que deverá ser ensinada no primeiro ciclo de formação, antes da eleição ao Diaconato.
Fica sob responsabilidade de Dom Lucas Cardeal Reys o seu ensino.
F) DOS CICLOS FORMATIVOS
Serão realizados dois Ciclos Formativos, sendo o primeiro dado à Direção e preparação para o 1° Grau da Ordem (Diáconos) e o segundo em preparação para o 2° Grau da Ordem (Presbítero).
G) DA AULA PRÁTICA E PRESENCIAL
Toda semana, em um horário comum, haverá momentos de prática e uma reunião para que tudo o que foi debatido seja esclarecido.
H) - DOS MOMENTOS EM COMUM
Todas as semanas, deverá ser realizada uma celebração com a presença de todos os seminaristas e os formadores, presidida no seminário de forma privada e uma em forma pública, para que a comunidade seja fortalecida em oração.
Haverá momentos que sairão da formação, para que o sentimento fraterno seja posto em prática, tornando momentos de confraternização e lazer.
III - DAS PASTORAIS
Não somente uma formação acadêmica é necessária. O conhecimento recebido pelas apostilas é fundamental, mas é necessário mergulhar mais fundo e entender o estilo de vida. Por isso, será instituído que todos os seminaristas devem participar de forma ativa em suas dioceses-mães e em Roma, a fim de que compreendam na forma prática o exercício. E, cabe aos Bispos separar funções para que possam fazer e se sentir partes do Clero, antes de serem aceitos de forma oficial, pois, utilizando de Atos dos Apóstolos, as comunidades cristãs são por essência a convivência e a profissão de Fé, juntos e em prol de Cristo.
As Sagradas Escrituras sempre nos trazem essa reflexão: sempre que se tem um momento marcante para a nossa fé, os apóstolos estavam juntos. Estavam unidos e, citando Atos dos Apóstolos, “Todo o grupo dos que creram tinha um só coração e uma só alma”.
IV - DOS TESTES FINAIS
Ao final de todo ciclo, será aplicado pelo Prefeito deste Dicastério um teste o qual deverá ser atingido, para aprovação, uma marca de 70%. Sendo 10 perguntas com respostas interpretativas, além do teste prático e de Homilética.
Sendo o seminarista aprovado, uma ata oficial será publicada e pode-se prosseguir com a ordenação, observando sempre as rubricas e os ensinamentos da Santa Igreja.
CONCLUSÃO
Por fim, concluímos este documento solicitando que seja cumprido o que aqui está escrito. Não somente isso, como também seja colocado em prática para melhor capacitação e entendimento de nossa missão. Com isso em mente, devemos fazer tudo da melhor forma para Deus e, com isso, zelar pela Santa Igreja.
Que, por intercessão de São João Maria Vianney e Santo Estevão, possamos seguir retos em nossa missão, visando sempre a Cristo, nosso Salvador.
Dado em Roma, na Sede do Dicastério para a Cultura e a Educação, no dia 17, na memória de São Pascoal Bailão, de maio de 2025.