Saudação do Decanato aos novos Cardeais

FR. LEOPOLDO JORGE CARDEAL SCHERER, CP.
POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA,
CARDEAL-BISPO DE PORTO-SANTA RUFINA E ÓSTIA
DECANO DO COLÉGIO DOS CARDEAIS.

CARTA AOS NOVOS CARDEAIS

Dirijo-me agora aos novos irmãos Cardeais que passam a integrar este Colégio: Dom Dominik Lacroix, Dom José Maria da Cruz e Dom Gaspar Bruch; saudação, paz, misericórdia e benção.

Como Decano do Colégio dos Cardeais, não poderia deixar passar este momento sem lhes dirigir uma saudação fraterna e de acolhimento.

Meus irmãos, o Senhor sabe a quem escolhe. E, hoje, não tenho a menor dúvida de que Ele chama aqueles de coração atento, solícito e comprometido. Assim como os discípulos de Emaús caminhavam e sentiam arder os corações ao sentir Cristo caminhando a seu lado, hoje ardem os vossos corações ao receberdes o chamado do Santo Padre para integrar este Colégio.

Recordai, irmãos Cardeais: o cardinalato não é benefício, nem honra, nem poder, nem governo. O cardinalato é serviço, martírio e obediência. As vestes vermelhas que, a partir de agora, revestis, são sinal do sangue dos Santos Apóstolos, derramado por amor a Cristo e à sua Igreja.

O que vos peço, irmãos, é que sejais Cardeais que se doam inteiramente, que defendam a Igreja com a própria vida, com coragem e fidelidade — como outrora o fizeram os Apóstolos.

O Cardeal é também Padre. Que os vossos corações desçam a este lugar: ao sacerdócio.

Num tempo em que o apostolado virtual é por vezes tomado por jogos de poder e vaidades, precisamos ser luz e esperança para aqueles que ainda desejam um compromisso autêntico com Cristo e com o envio missionário da Igreja ordenado por Ele (Mc 16,15).

Em tempos em que a guerra toca os corações, em que há divisão e indiferença, sejamos nós as vozes que ecoam a união e a fraternidade.

Coloco-me à disposição dos senhores no que me for viável e possível auxiliar. Desejo-lhes, de coração, boas-vindas ao Colégio dos Cardeais, e elevo minhas orações pelo vosso ministério.

Datado em Roma, Cidade Eterna, no décimo oitavo dia de junho do ano jubilar de Esperança do segundo milésimo vigésimo quinto, no primeiro do nosso Pontificado.

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