B O N I F Á C I O , B I S P O
SERVO DOS SERVOS DE DEUS
PARA PERPÉTUA MEMÓRIA
Ao excelentíssimo Joaquim d'Aniello, até aqui, Custódio para a Terra Santa, eleito para Patriarca de Jerusalém, aos presbíteros e membros desta circunscrição eclesiástica, saúde, paz e bênção do Senhor.
Ad regendum Ecclesiam Dei - para reger e apascentar o povo de Deus com zelo pastoral e fidelidade ao Evangelho (cf. Jo 21,15–17), requer-se daqueles que recebem o cuidado das almas prudência, caridade ardente e firme adesão à Sé Apostólica.
Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu Pastores para guiar sua Igreja e, pelo Espírito Santo, continua a prover ministros para edificar o Corpo de Cristo (cf. Ef 4,11–12). Seguindo essa divina vontade, e atentos às necessidades espirituais dos fiéis, devemos prover cuidadosamente o governo das Igrejas particulares.
Recentemente, decidimos reativar a Custódia da Terra Santa, mantendo Joaquim d'Aniello como seu Custódio. Visando os bons frutos, decide agora o Santo Padre elevá-la à dignidade de Patriarcado Latino de Jerusalém, o que agora também requer a eleição de um Patriarca para conduzi-la.
Para consolidar esta estruturação, assegurar a continuidade da disciplina eclesiástica e a promoção da vida sacramental, tornou-se necessário escolher, por ipso factum a sua elevação como Patriarcado, sendo ele idôneo e experimentado, dotado de sabedoria pastoral, zelo missionário e fidelidade à Santa Sé.
Em comunhão com o dito Dicastério e ouvindo nossos Conselheiros, reconhecemos em ti, Joaquim, até agora Custódio, as qualidades suficientes que se requer para um pastor, pois “Os Bispos, sucedendo aos Apóstolos, recebem do Senhor, a quem foi dado todo poder no céu e na terra, a missão de ensinar todas as nações, santificar os homens na verdade e apascentá-los” (Lumen Gentium, 19), e confiando na tua fidelidade e experiência pastoral, desejamos confiar-te este novo encargo.
Por autoridade apostólica e em virtude de nosso múnus, nomeamos e constituímos-te, dileto Filho, Joaquim D'Aniello, Bispo da Santa Igreja Romana, PATRIARCA LATINO DE JERUSALÉM, com todos os direitos, faculdades, deveres e obrigações que o sagrado cânon e os decretos da Santa Sé atribuem a este ofício.
Concedemos-te a plena autoridade ordinária sobre o rebanho desta grei para reger, ensinar e santificar os fiéis a ti confiados (cf. CIC, cân. 381 §1) como também ordenamos que tomes posse canônica conforme as normas vigentes, onde deve ser lavrada e assinada a ata de posse que deve ser por nós arquivada.
Confiamos-te a missão de restaurar a disciplina, consolidar a unidade dos fiéis, promover o apostolado leigo e o ministério sacerdotal, em fidelidade à doutrina católica e em comunhão plena com esta Sé Apostólica. Pedimos-te atenção especial aos pobres e afastados, seguindo o exemplo do Bom Pastor (Jo 10,11), para que nenhum dos pequenos se perca (cf. Mt 18,14). Recorda-te, Joaquim, que “O Bispo deve ser irrepreensível, como administrador de Deus” (Tit 1,7).
Que a Bem-Aventurada Virgem Maria, Nossa Senhora do Loreto, te acompanhe, sustente teu ministério e inspire em ti o zelo apostólico que a nova evangelização requer.