Decreto de Demissão do Estado Clerical

BONIFATIUS, EPISCOPUS
PONTIFEX MAXIMUS
SERVUS SERVORUM DEI

A quantos a este Decreto lerem, saudação, paz e bênção apostólica.

Chegou-me, por meio do Decanato, a missiva de Sua Eminência Reverendíssima Dom Bruno Martini, solicitando a demissão do Estado Clerical.

Reconheço que Dom Martini, ao longo de seu ministério, sempre se mostrou solícito e prestativo para com os pontífices, desempenhando com zelo diversas funções. Todavia, seu histórico de sucessivos retornos, saídas e emeritações não favorece a estabilidade necessária ao exercício das responsabilidades eclesiásticas.

Mesmo confiando em sua pessoa e reintegrando-o ao Colégio dos Cardeais, após algumas horas de sua nomeação, Vossa Eminência solicitou a emeritação e, posteriormente, apresentou o pedido de demissão do Estado Clerical, sem oferecer qualquer justificativa ou explicação quanto aos motivos de sua decisão.

É profundamente constrangedor quando depositamos confiança em alguém e esta confiança não é correspondida, sobretudo quando atribuímos ofícios de relevância e estes são abandonados sem a devida conclusão. Ressalto que, inclusive, enfrentei resistências dentro do Colégio dos Cardeais para efetivar sua reintegração, e, no entanto, o gesto de Vossa Eminência acabou por desmerecer o voto de confiança que lhe foi concedido.

Na vida da Igreja, é imprescindível que todo ofício seja exercido com respeito, fidelidade e obediência, mesmo diante de opiniões divergentes. Os desafios e imperfeições presentes na instituição não se resolvem pelo abandono ou pela ruptura, mas pelo serviço perseverante e leal.

Todavia, sendo este Pontífice coerente e transparente em suas decisões, não prendo ao serviço da Igreja aqueles que não se sentem bem em permanecer nele. Assim, ACEITO oficialmente o pedido de renúncia apresentado e, ao mesmo tempo, DEMITO Vossa Eminência do Estado Clerical, vetando igualmente o retorno ao grau episcopal em eventual futuro ingresso, tendo em vista o histórico instável ora registrado. A partir desta data, passa ao estado leigo.

Agradeço, ainda assim, pelos trabalhos realizados e confio-o à proteção materna da Santíssima Virgem Maria, Mãe da Igreja, para que Ela o recompense pelos frutos que plantastes.

Dado em Castel Gandolfo, aos onze dias de agosto do ano jubilar da esperança de dois mil e vinte e cinco, primeiro do meu Pontificado.

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