B O N I F A T I V S , E P I S C O P U S
SERVUS SERVORUM DEI
Ao amado povo de Deus que estas letras apostólicas lerem, saúde, paz e bênção apostólica.
Cumpre-me o dever de tornar pública a decisão, por minha parte — enquanto Sumo Pontífice — relativa ao senhor Ludovico Soares (anteriormente conhecido como José Martins), que incorreu na pena de excomunhão, devidamente ratificada pelo Cardeal Bruno Martini.
Importa destacar a insistência do referido senhor em nossas comunicações privadas, solicitando constantemente algum retorno. O seu histórico enquanto membro do nosso clero — legítimo no sólio habbletiano —, aliado à sua simultânea comunhão com um grupo cismático e formalmente excluído da plena comunhão com a Igreja Católica, levou, de forma inevitável, à sua excomunhão, decretada por manifesta desobediência e desorientação.
Durante muito tempo, a Igreja abriu as portas àqueles que demonstravam aparente arrependimento. Contudo, muitos persistiram no erro. A Igreja deve, sim, ser uma casa sem portas — acolhedora e aberta a todos —, mas não pode ser um refúgio para os que insistem em repetir os mesmos desvios, sob a falsa capa do perdão. Podemos recordar outras figuras que, por diversas vezes, tentaram retornar, sem nunca verdadeiramente se desvincularem do cisma. Entre elas, destacam-se Thiago Montini e Dimitri Abramov — clérigos cujo extenso histórico de excomunhões perdura até os dias de hoje.
A persistência em acolher pessoas que não possuem o equilíbrio necessário para discernir o lado em que devem estar, procurando apenas ambientes onde possam ocupar posições hierárquicas mais elevadas, resultou num lamentável histórico de sanções e rupturas. É oportuno lembrar que a excomunhão não é uma brincadeira. Tampouco se trata de uma “tipografia” a ser explorada em livros. A excomunhão é uma medicina eclesiástica, aplicada temporariamente àquele que se desvia, para que, excluído da comunhão, possa refletir sobre os seus erros, mudar de conduta e tornar-se obediente à Igreja.
Vivemos um tempo em que vozes de excomungados de outros apostolados — por escândalos ou atos que comprometeram a integridade do ministério — tentam desestabilizar a barca de Pedro. São tempos difíceis, em que também somos provados por Deus, que nos chama à fidelidade: ou permanecemos ao lado da Sua Igreja, seguindo o caminho da verdade, ou tomamos o caminho do adversário — aquele que semeia a divisão e cujo único propósito é derrubar a Igreja.
Diante disso, esclareço que, ipso facto, a excomunhão de Ludovico Soares Gaspar permanece em vigor. A mesma não será levantada enquanto não houver demonstração autêntica e pública de arrependimento. Devem observar-se, rigorosamente, as normas estabelecidas pelo Dicastério para a Justiça em relação a este caso. O senhor Ludovico permanece proibido de pisar em nosso solo e impedido de celebrar os sacramentos ou de receber a Eucaristia.
A Igreja deve ser justa. Não pode, em nome de uma falsa misericórdia, acolher todos indistintamente e permitir que, depois de se servirem dela para satisfazer os próprios interesses, a abandonem com ingratidão. A Igreja é de Cristo. Sendo eu o seu servo e sucessor de Pedro, cabe-me agir com discernimento e fidelidade, tomando as decisões que o Espírito Santo me inspira, em nome da verdade e da unidade da fé.