Encíclica Apostólica '"Veritatis Cultus" - III Assembleia dos Bispos

 

ROMANO, BISPO

SERVO DOS SERVOS DE DEUS

BISPO DE ROMA

PARA PERPÉTUA MEMÓRIA 

ENCÍCLICA APOSTÓLICA

VERITATIS CULTIS

Culto Verdadeiro

RESOLUÇÃO DA PRIMEIRA SESSÃO

DA TERCEIRA ASSEMBLEIA EPISCOPAL

EM RELAÇÃO À LITURGIA,

A IMPORTÂNCIA DO EPISCOPADO NA LITURGIA,

PARA A REALIDADE DO HABBLET HOTEL

Aos Eminentíssimos Cardeais,

Aos Excelentíssimos Bispos,

Aos Reverendíssimos Padres,

Ao povo de Deus, saúde, paz e bênção apostólica.

PROEMIO

1. Em comunhão com o Colégio Episcopal e no espírito de renovação e unidade, dirigimo-nos a vós para tratar de um tema central para a vida da Igreja: a Liturgia e a importância do episcopado na sua celebração. Este momento, que marca a III Assembleia dos Bispos no Habblet Hotel, é ocasião propícia para renovar nosso compromisso com a fidelidade à Sagrada Liturgia, o coração pulsante da Igreja, e reafirmar o papel indispensável dos bispos como seus guardiões e promotores.

2. Como ensina o Concílio Vaticano II, “a Liturgia é a fonte e o ápice da vida cristã” (Sacrosanctum Concilium, 10). Ela é o espaço privilegiado no qual o povo de Deus participa do mistério pascal de Cristo, sendo expressão visível da fé e da unidade eclesial. Através desta Encíclica, exortamos os fiéis a redescobrir o valor da Liturgia e refletimos sobre o papel essencial do episcopado como pedra angular na condução das celebrações litúrgicas em nossa realidade eclesial.

I.

A LITURGIA COMO CULTO DA VERDADE

3. A Liturgia não é meramente um rito exterior, mas a própria manifestação do amor redentor de Deus na história. Conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica, “Cristo continua a agir em sua Igreja por meio da Liturgia” (CIC, 1076). Por isso, cabe a nós, sucessores dos Apóstolos, proteger sua integridade e assegurar que nela se exprima fielmente a fé apostólica.

4. Em um mundo digital como o Habblet Hotel, a celebração litúrgica exige uma atenção ainda maior para que não se dilua sua sacralidade. O Código de Direito Canônico determina que, “na sagrada Liturgia, a Igreja exerce a função sacerdotal de Cristo” (cân. 834 §1). Assim, qualquer celebração é uma ação do próprio Cristo e da Igreja, sendo indispensável que se mantenha sua dignidade e consonância com a tradição apostólica.

5. A preservação da Liturgia requer estrita observância às normas e zelo pastoral. É nosso dever, enquanto bispos, impedir inovações arbitrárias que possam comprometer a ortodoxia e o mistério da fé.

II.

O PAPEL DO BISPO NA CELEBRAÇÃO LITÚRGICA

6. O bispo, como “sumo sacerdote da sua Igreja particular” (cân. 835 §1), ocupa lugar central na vida litúrgica. Ele não é apenas um supervisor, mas o primeiro celebrante e guardião dos ritos sagrados. O Cerimonial dos Bispos nos recorda que a reverência do bispo na Liturgia é modelo para todo o povo de Deus.

7. A Liturgia Tridentina, resgatada em muitos contextos por seu simbolismo profundo, é um exemplo de como o episcopado deve promover a reverência e a continuidade da tradição. Conforme sublinhado no Summorum Pontificum, esta forma extraordinária do Rito Romano é uma expressão legítima e enriquecedora da fé católica. Que cada bispo saiba harmonizar sua promoção com o Novo Ordo, garantindo que ambas as formas coexistam em unidade.

8. “Ad orientem”, o sacerdote conduz o povo ao encontro de Deus, como Moisés guiava Israel. Esta orientação, ainda presente na Missa Tridentina, recorda o papel central do bispo como intercessor, aquele que se coloca à frente do povo para oferecer o sacrifício eucarístico em nome da Igreja Universal.

III.

A DISCIPLINA E A BELEZA NA LITURGIA

9. A beleza e a disciplina litúrgica não são detalhes secundários, mas elementos indispensáveis para conduzir os fiéis ao mistério divino. Como enfatizado pelo cân. 846 §1, “os ministros observem fielmente os livros litúrgicos aprovados pela autoridade competente da Igreja, e neles não acrescentem ou alterem nada por própria iniciativa.”

10. O bispo, como guardião da unidade, é chamado a corrigir abusos litúrgicos que possam obscurecer o culto a Deus. Assim, a disciplina não deve ser vista como rigidez, mas como zelo pastoral para preservar a fé e a reverência. “A participação plena, consciente e ativa” (SC, 14) não implica liberdade para alterar ritos, mas a inserção do fiel no mistério de Cristo, que transcende o tempo e a cultura.

IV.

A LITURGIA NO HABBLET HOTEL

11. No contexto do Habblet Hotel, um espaço digital que reúne fiéis de diferentes contextos, a Liturgia é um poderoso testemunho de unidade. Seja na celebração do rito ordinário ou do extraordinário, cabe ao bispo guiar com sabedoria e clareza, garantindo que a virtualidade não comprometa o real significado dos sacramentos.

12. As expressões digitais da Liturgia devem ser preparadas com a mesma reverência que as celebrações físicas. A centralidade da Eucaristia deve ser protegida de qualquer banalização, lembrando que mesmo no ambiente virtual, o sagrado permanece sagrado.

V.

O EPISCOPADO COMO VÍNCULO DE UNIDADE

13. A Liturgia é o vínculo da unidade e da caridade na Igreja. O bispo, ao celebrar a Eucaristia, manifesta sua comunhão com o Papa e com toda a Igreja Universal. Conforme o Concílio Vaticano II, “os bispos são sinais visíveis da unidade” (Lumen Gentium, 23).

14. O mistério eucarístico, celebrado com dignidade e obediência, é o maior testemunho de nossa fé. Que cada bispo renove seu compromisso em preservar a Liturgia como expressão da verdade e da unidade da Igreja.

CONCLUSÃO

15. Ao final da primeira sessão desta Assembleia, exortamos nossos irmãos no episcopado a serem fiéis guardiões da Liturgia, assegurando que cada celebração seja um reflexo autêntico da beleza e da santidade de Deus. Inspirados pelo exemplo de Cristo, o Sumo Sacerdote, e sustentados pela intercessão de Maria, Mãe da Igreja, perseveremos em nossa missão.

Que esta Encíclica seja para vós um guia e um alento. A Liturgia, bem celebrada, é a maior pregação que a Igreja pode oferecer ao mundo.

Dado em Roma, junto a São Pedro, no dia 15 de novembro do ano do Senhor de 2024, primeiro do meu pontificado.

+ ROMANUS PP. II

Com a colaboração dos documentos apresentados em sessão,

+ ENRICO JOSÉ CARD. MONTINI

+ THIAGO MARIA MONTINI