Bula de Nomeação | Bispo Diocesano de Fátima

PIO, BISPO
SERVO DOS SERVOS DE DEUS

A todos os que esta lerem, 
saudação, paz, e benção apostólica.

Ao dileto filho em Cristo, Dom Philipe Mathaus Cardeal Scherer, até agora residente em Roma, eleito para governar a Igreja de Fátima, saudação, paz e bênção apostólica.

Aquele que é Princípio sem princípio, pastor eterno das almas e fundamento invisível da Igreja, quis edificar sobre o fundamento dos apóstolos o seu rebanho, constituindo um sacerdócio régio, confiando a homens mortais, pela ação do Espírito Santo, o ministério da reconciliação e da santificação do gênero humano. Pois está escrito: “Constituí-vos-ei vigias para a casa de Israel” (Ez 3,17), e ainda: “O Espírito Santo vos constituiu bispos para apascentardes a Igreja de Deus” (At 20,28).

A nós, que, pela disposição da divina providência, fomos elevados ao ministério petrino, cumpre velar continuamente por todas as Igrejas, a fim de que jamais lhes falte a presença viva daquele que ensina, governa e santifica em nome de Cristo. Movidos por esta solicitude apostólica, voltamos agora o nosso olhar para a Igreja Particular de Fátima, destinada a resplandecer como casa de oração, de penitência e de esperança no Coração Imaculado da Santíssima Virgem Maria.

Considerando que a Sé Diocesana de Fátima necessita ser provida de um Bispo que, fortalecido na fé católica, instruído na sagrada ciência e dotado de prudência pastoral, possa conduzir o povo que lhe é confiado pelos caminhos da verdade e da santidade, julgamos necessário proceder à sua provisão canônica.

Após madura ponderação, consulta aos que nos assistem no governo da Igreja Universal, e sobretudo confiando a decisão ao juízo de Deus pela oração humilde, reconhecemos como digno e idôneo aquele que agora chamamos ao ofício do episcopado.

Por isso, pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e pela plenitude do poder apostólico que exercemos na terra, NOMEAMOS, CONSTITUÍMOS e ESTABELECEMOS como BISPO DIOCESANO DE FÁTIMA o dileto filho em Cristo, Cardeal Philipe Mathaus Scherer, a quem confiamos plenamente o governo pastoral da referida Diocese, com todos os direitos, faculdades, honras, obrigações e encargos que, por direito divino e eclesiástico, competem à dignidade episcopal.

Concedemos-lhe a faculdade de ensinar a sã doutrina, de santificar o povo pelos sacramentos e de governar a Igreja que lhe é confiada conforme as normas do direito sagrado e a tradição apostólica.

Recordamos ao novo Bispo que lhe foi confiado o tríplice múnus de ensinar, santificar e governar, não em nome próprio, mas em nome daquele que disse: “Quem vos ouve, a mim ouve; quem vos rejeita, a mim rejeita” (Lc 10,16).

Exortamo-lo a ter constantemente diante dos olhos Aquele que não veio para ser servido, mas para servir (cf. Mt 20,28). Lembre-se de que o báculo pastoral não é sinal de domínio, mas de vigilância; não de honra vã, mas de serviço ao rebanho redimido pelo Sangue de Cristo.

Que seja manso com os fracos, firme diante do erro, paciente nas tribulações, constante na oração, assíduo na celebração dos divinos mistérios e perseverante na caridade. Pois está escrito: “Sede pastores do rebanho de Deus que vos foi confiado, não por constrangimento, mas de boa vontade” (1Pd 5,2).

Determinamos que, em tempo oportuno, o referido eleito tome posse canônica da Diocese de Fátima, segundo a forma prevista pelo sagrado direito, assumindo então publicamente o governo pastoral da Igreja que ora lhe confiamos.

Desde já lhe concedemos plena autoridade para todas as ações necessárias à preparação de sua entrada pastoral, conforme a disciplina da Igreja.

Tudo quanto por esta Nossa Bula decretamos, ordenamos e estabelecemos, nós o queremos firme, estável e válido perpetuamente, não obstante quaisquer disposições em contrário, ainda que dignas de menção especial. E se alguém ousar, consciente ou temerariamente, opor-se a esta nossa nomeação, saiba que incorre na justa censura prevista pelas leis da Igreja.

Dado em Roma, no dia 4 de dezembro do Ano Jubilar da Esperança de 2025, primeiro do meu Pontificado.

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