CARTA PASTORAL
AO CLERO, POR OCASIÃO DOS 2 MESES DE PONTIFICADO
DO SUMO PONTÍFICE ROMANO PP. II
AOS VENERÁVEIS IRMÃOS CARDEAIS, BISPOS, CLÉRIGOS, E A TODOS OS FIÉIS LEIGOS DA IGREJA UNIVERSAL,
SAUDAÇÃO, PAZ E BÊNÇÃO APOSTÓLICA.
“Gratidão não é apenas a maior das virtudes, mas a mãe de todas as outras”, ensinava Cícero. É com o coração profundamente comovido, transbordando de gratidão ao Senhor Todo-Poderoso, que vos dirijo estas palavras, nos dias em que a minha missão entre vós ainda é jovem, mas já fecunda em sinais de esperança e amor.
Nestes dois meses que se passaram desde o início do nosso caminho comum, vejo em cada canto da Igreja Universal a manifestação concreta da obra do Espírito Santo, que nunca cessa de renovar a face da terra (Sl 104,30). Como o Apóstolo Paulo exortava os primeiros cristãos, “é justo que eu tenha este sentimento para convosco, pois vos trago no coração” (Fl 1,7).
Nestes dias abençoados, testemunhei com os meus próprios olhos a dedicação incansável dos clérigos, dos religiosos e dos leigos. Desde as grandes catedrais até as mais humildes capelas, vós tendes mantido acesa a chama da fé. A todos vós, que servis a Igreja com simplicidade e fervor, dirijo as palavras de Santa Teresa d’Ávila: “Nada te perturbe, nada te espante; tudo passa, Deus não muda. A paciência tudo alcança; quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta.”
Não posso deixar de contemplar o rosto alegre e esperançoso dos jovens, da caridade das mãos que cuidam dos pobres, dos doentes e dos pequeninos. São vós, amados filhos e filhas, os verdadeiros sinais vivos de Cristo Ressuscitado em meio ao mundo tão necessitado de paz e misericórdia.
“Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos” (Fl 4,4). Estas palavras de Paulo devem ressoar em cada coração, pois só na alegria que brota do Cristo Vivo encontraremos a verdadeira força para perseverar. Nestes tempos de desafios e incertezas, somos chamados a ser “faróis de esperança” e “pontes de reconciliação”, levando o amor de Deus até os confins da terra.
Recordemos também a advertência de Santo Agostinho: “Se queres ser grande, começa pelo último lugar. Se desejas o mais alto, pensa primeiro no mais baixo.” A humildade e o amor servirão como colunas inquebrantáveis para sustentar o edifício da nossa fé.
Às vezes, pode parecer que as trevas se adensam sobre o mundo, mas Cristo é a nossa luz que jamais se extinguirá. Ele nos prometeu: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20). Com esta certeza, convido-vos a perseverar com coragem e esperança. Que nenhum obstáculo vos detenha, que nenhuma dor vos paralise, que nenhum medo vos afaste do amor de Cristo.
De modo especial, quero dirigir uma palavra à comunidade da Igreja Católica no Habblet Hotel, que tem manifestado com fervor e criatividade a beleza da nossa fé nos ambientes virtuais. A vós, que levais o nome de Cristo ao coração de tantos jovens e buscadores da verdade, agradeço pelo testemunho de amor e dedicação. Continuai firmes, sendo luz onde houver sombras e anunciando com coragem o Evangelho da paz.
Nestes primeiros meses de ministério, tenho contado com o vosso carinho, orações e testemunho fiel. Confio a cada um de vós à intercessão da Santíssima Virgem Maria, Mãe da Igreja, que nos guia com ternura e nos ensina a seguir o Seu Filho com coração puro e ardente.
Assim, queridos filhos e filhas, caminhai firmes, mantendo o olhar fixo em Jesus Cristo, autor e consumador da nossa fé (Hb 12,2). A minha oração vos acompanha sempre. Que o Deus Uno e Trino vos fortaleça em todas as vossas obras, e que a paz do Senhor habite em cada lar, em cada comunidade e em cada coração.
Roma, aos 18 de dezembro do Ano Santo e Jubilar de 2024, primeiro do meu Pontificado, na comemoração dos dois meses de Pontificado.
+ ROMANO PP. II