Exortação Apostólica | Unitas et Remissio

 

EXORTAÇÃO APOSTÓLICA
"UNITAS ET REMISSIO"
DO SANTO PADRE
SISTO
SERVO DOS SERVOS DE DEUS
PONTÍFICE MÁXIMO 

AOS NOSSO AMADO CLERO E A TODOS OS DEMAIS MEMBROS 
DE OUTROS APOSTOLADOS VIRTUAIS , 



Introdução


"Onde há amor e caridade, aí está Deus" (Cântico de São Francisco de Assis). Estas palavras, ecoadas pelo Pobrezinho de Assis, resumem a essência da vida cristã: o amor que une e o perdão que reconcilia. Em um mundo cada vez mais fragmentado por conflitos, desigualdades e divisões, a Igreja é chamada a ser um farol de esperança, promovendo a unidade na diversidade e o perdão como caminho de cura e renovação.

Esta exortação apostólica busca inspirar todos os fiéis a refletirem sobre a urgência de viver a unidade e o perdão, não apenas como ideais, mas como práticas concretas que transformam vidas e sociedades. Inspirados pelo testemunho de São Francisco de Assis, pelas Sagradas Escrituras,  e pelo documento Apostolatum Unitatis do Papa Romano II, somos convidados a aprofundar nossa compreensão desses temas e a colocá-los em ação no mundo de hoje.

A Unidade na Fé e na Caridade


A unidade é um dom do Espírito Santo, que nos foi deixado por Cristo como herança: "Para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste" (João 17, 21). São Francisco de Assis, em sua simplicidade e humildade, compreendeu que a unidade não é uniformidade, mas comunhão na diversidade. Ele chamou todos os seres de "irmãos e irmãs", reconhecendo a presença de Deus em toda a criação.

O Saudoso Papa Romano II, em seu documento Apostolatum Unitatis, recorda que "a unidade da Igreja não é um fim em si mesma, mas um sinal visível da unidade que Deus deseja para toda a humanidade. Ela é chamada a ser uma luz nas trevas, guiando os povos para a reconciliação e a paz" (Apostolatum Unitatis, n. 12). Esta unidade deve ser construída sobre o alicerce da verdade e da caridade, que nos impele a superar egoísmos e barreiras.

O Perdão como Caminho de Reconciliação


O perdão é o coração do Evangelho. Jesus nos ensinou a rezar: "Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido" (Mateus 6, 12). São Francisco, em seu Cântico das Criaturas, exalta o perdão como uma expressão do amor divino, capaz de transformar corações e restaurar relações.

O Papa Romano II, em Apostolatum Unitatis, destacou que "o perdão é a chave que abre as portas da reconciliação, não apenas entre indivíduos, mas entre nações e culturas. Ele é o antídoto para o ciclo interminável de violência e ódio" (Apostolatum Unitatis, n. 27). O perdão não é um ato de fraqueza, mas de coragem, que liberta tanto o ofendido quanto o ofensor.

A Igreja como Sacramento de Unidade e Perdão

A Igreja, como sacramento universal de salvação, é chamada a ser instrumento de unidade e perdão no mundo. No documento Apostolatum Unitatis, encontramos um apelo à Igreja para que seja "uma casa de portas abertas, onde todos possam encontrar refúgio e reconciliação". Este documento ressalta a importância do diálogo ecumênico e inter-religioso, bem como da promoção da justiça e da paz como expressões concretas do perdão.

O Papa Francisco, em sua exortação Evangelii Gaudium, nos lembra que "a unidade prevalece sobre o conflito" (n. 226). A Igreja deve ser uma mediadora de reconciliação, levando a luz do Evangelho às situações de divisão e ódio.


Chamado à Ação


Inspirados por São Francisco de Assis, que disse: "Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível", somos convidados a:

Promover a unidade na família, na comunidade e na sociedade, superando preconceitos e divisões.

Praticar o perdão no cotidiano, reconciliando-nos com aqueles que nos ofenderam e buscando a paz.

Engajar-nos no diálogo e na cooperação com pessoas de outras tradições religiosas e culturais, construindo pontes de compreensão mútua.

A Espiritualidade da Unidade e do Perdão


A espiritualidade da unidade e do perdão é uma espiritualidade de comunhão. Ela nos convida a viver em profundidade o mistério da Igreja, que é o Corpo de Cristo, e a ser sinais visíveis do amor de Deus no mundo. São Francisco de Assis, com sua vida de pobreza e simplicidade, nos mostra que a verdadeira unidade e o perdão só são possíveis quando nos esvaziamos de nós mesmos e nos abrimos à ação do Espírito Santo.

O Papa Romano II, em Apostolatum Unitatis, nos exorta a "viver a espiritualidade da unidade e do perdão como um caminho de santidade, que nos leva a ser testemunhas autênticas do Evangelho no mundo" (Apostolatum Unitatis, n. 35).

Conclusão


Que o exemplo de São Francisco de Assis, que abraçou a pobreza e a reconciliação como caminhos para a santidade, e o ensinamento do Papa Romano II em Apostolatum Unitatis nos inspirem a viver a unidade e o perdão de maneira radical. Que Maria, Mãe da Igreja, interceda por nós e nos ajude a ser instrumentos da misericórdia de Deus.

Que o Espírito Santo, que é o laço de amor entre o Pai e o Filho, nos conceda a graça de sermos testemunhas autênticas da unidade e do perdão, levando a todos a alegria do Evangelho.

Dado em Roma, junto a São Pedro, no 3º dia do mês de fevereiro do Ano Jubilar da Esperança de 2025, primeiro do nosso Pontificado.

+ SIXTUS, PP.
Pontifex Maximus
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